Voltar ao topo | Alojamento: Blogs do SAPO
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Faz-de-conta
Todos os anos, aquando da apresentação do Orçamento Geral do Estado
Governantes e Deputados brincam ao faz-de-conta
Uma brincadeira de que tenho tão boas recordações
A minha neta mais velha; que tive a felicidade de tomar conta até quase aos 3 anos
Enquanto os pais iam trabalhar, ficava a ler e ouvir a sua respiração até ela acordar
A certa altura começou a fazer sopas invisíveis, instantâneas, que me oferecia, e eu fazia-de-conta que estavam maravilhosas, o que fazia com que ficasse muito contente
Também, todo país fica muito contente, quando os Ministros das Finanças apresentam o Orçamento:
Muitos mil milhões para a educação, para a saúde, para a justiça …….
Mas, muitos daqueles milhões não são para gastar, é mais um faz-de-conta
São as famosas cativações, que fazem com que muitos milhões não sejam utilizados
O resultado do faz-de-conta está bem à vista nos Serviços Públicos:
Serviços hospitalares fechados, fazendo com que os doentes não saibam a quem recorrer
As grávidas não sabem onde os seus bebés irão nascer
Os médicos e professores estão zangados, de promessas, cansados
A justiça está parada, o que dá muito jeito a certos arguidos, que querem que os seus processos prescrevam
Os investimentos e as infraestruturas marcam passo, como tem acontecido com a ferrovia, os novos hospitais .....
O aumento dos juros virou do avesso a vida de muitas pessoas
A inflação matou todas as esperanças, mesmo que queira descer
É nos produtos alimentares, que continua a crescer, fazendo com que alguns produtos, de primeira necessidade, tenham subido cinquenta por cento ou mais
Os sem-abrigo, em Lisboa, quase que duplicou, e para eles ninguém olhou
O Governo deu algumas esmolas, mas fê-lo sem critério, deu mais a quem não precisava, talvez a intenção tenha sido a compra de votos
É triste ver o país, sempre, de mão estendida e de miséria escondida
Os jovens são os primeiros a darem o corpo ao manifesto, não adormecem ao som das balelas, pintam a manta
Os pobres não têm dinheiro para a janta
Os políticos continuam com as promessas e a propaganda.
José Silva Costa
Votação!
Oitenta por cento dos votos de emigrantes do círculo da Europa foram anulados
Mais uma vergonha, sem castigo!
Ninguém pergunta como é que isto foi possível!
Quem foram os responsáveis?
Explicaram aos eleitores, que tinham de enviar uma cópia do documento de identificação?
Fiados no acordo de cavalheiros, juntaram os votos válidos com os nulos, na convicção de que todos seriam validados
Uma grande trabalhada, como é habitual em Portugal
Uma eleitora, que vive na Austrália, disse que teria de percorrer 900 km, para votar!
À boa maneira portuguesa, os partidos, antes das eleições, acordaram validar todos os votos, passando por cima do cumprimento da lei
São os mesmos que fazem e fiscalizam as leis!
São os mesmos que partilham os códigos para picarem o ponto, na Assembleia da República
Como se costuma dizer, o PSD “roeu a corda”, sem se saber porquê
Teria sido para obter mais umas décimas, e com isso subir a subvenção estatal de financiamento dos partidos políticos?
Quase meio-século de democracia, tudo isto se mantem, porque os partidos têm os mandatos assegurados, quer votem 10% ou 90%
Como se sentirão os eleitores, que saíram de casa para irem votar, cumprir com o seu dever cívico, para verem os seus votos deitados ao lixo?
Os deputados, em relação ao ordenado mínimo, são bem pagos, à volta de 5.000 euros
Os subpresidentes da Assembleia da República têm direito a carro, motorista, gabinete, secretário e um subsídio
José Silva Costa
Fiquem em casa
Aproxima-se o Natal
Um Natal em casa fechado
Por todo o Mundo, o confinamento é recomendado
Na Europa fecham-se fronteiras, proíbem-se voos
As infeções aumentam por todo o lado
Os mortos não param de aumentar
Os Governantes estão alarmados
Não sabem o que fazer
Com receio de perderem votos
Não proibiram as deslocações
Pedem às famílias para não se reunirem
Para abrirem portas e janelas, mesmo que esteja um frio de rachar
Para só tirarem as máscaras, para comerem
Para ficarem pouco tempo à mesa
Ao que isto chega!
Para manterem as distâncias
Enviam mensagens para os telemóveis
Rezam para que tudo corra bem
Na passagem de ano, puxão o travão de mão
Só espero que não seja tudo em vão
Acatem as recomendações
Feliz Natal, para todos!
José Silva Costa
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.