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Dia Internacional da Mulher (2021)
Mulheres, flores, amores, delicados perfumes
Mães, amores, flores, delicados furores
Companheiras, canseiras, delicadas amantes
Parceiras fora e dentro de casa
São flores
São amores
São tudo!
São ar
São fogo
São perfume
São raio de luz!
São mulheres
São mães
São futuro
São tudo!
São quem gera a vida
São quem dá colo
São quem muda a era
São braços em esfera
São lábios à espera de alguém
São tudo o que mais ninguém é!
São o sonho invisível da luz
São o pão, o sal e a cruz
São tudo o que, na Terra, reluz.
José Siva Costa
Terra Materna
No amanhecer de um dia
Quando sol ainda dormia
Tanta gente morria
Por tanta tirania
Que a ambição incendeia
A guerra é a face feia
Que nos rouba o Sol
Que nos rouba a vida
Que nos faz migrar
Quem pode não gritar!
Quando, aos filhos, não sabemos explicar
Por que razão a nossa terra temos de abandonar
Fugir sem saber para onde
Porque ninguém nos quer
A não ser para moeda de troca
Põem-nos em campos de concentração
À espera da ocasião
De nos atirarem contra outra nação
Que não aceite a reivindicação
Homens, mulheres e crianças são armas de arremesso
Dos senhores que se julgam donos dos Povos
Os ditadores de que muitos gostam!
Porque lhes prometem tudo, sem faltar o orgulho
Como se isso fosse possível!
Foi e será, sempre, assim que os ditadores conquistam o voto
Para difundirem o ódio e lhes estimular o orgulho
E, de seguida implantam uma ditadura.
José Silva Costa
Frio!
No vazio do frio
A lua sorriu
Unimos os nossos corpos
Galgamos os sótãos
Acasalámos os sonhos
Aquecemos o futuro
Na ilusão de uma lareira
Sentados numa cadeira
Dormimos a noite inteira
Como se estivéssemos nas asas do vento
Tudo tão calmo, reconfortante, suave
Os nossos corpos estavam leves como penas
Rodopiamos no espaço como se fossemos pássaros
Foi um sonho, só podia ser!
Para acordarmos ao entardecer
Antes da noite cair
Abraçados, sempre a sorrir
Como se séculos tivessem passado
Beijamo-nos, e o encanto ficou acordado.
José Silva Costa
A quem morreu por sonhar
A vida, pelo sonho
O sonho comanda a vida
Sonham com a liberdade
Respirar em liberdade
Trabalhar em liberdade
Escolher em liberdade
Viver em liberdade
Dormir em liberdade
Estudar em liberdade
Fugir da arbitrariedade
Ter personalidade
Fugir da pena de morte
Fugir da prisão perpétua
Deixar de ser, só, mais um
Poder sonhar voar
Poder decidir
Poder ir à lua
Poder dormir, livremente, na rua
Para tudo isto fazer
Só uma coisa pode acontecer
Fugir!
E, há sempre, alguém que queira ajudar
Que nos proponha, num camião, viajar
A melhor maneira de, num país livre, entrar
Quando não temos autorização, para lá estar
Mas, esqueceram-se de, o frigorífico, desligar
Todos os sonhos ficaram por realizar
Quantos sonhos acabaram por matar!
Mas, os sonhos nunca vão acabar.
José Silva Costa
Mulher
À Natureza, foste buscar a beleza
És uma flor delicada e perfumada, mas tesa
Capaz de comandar o Mundo
Com a tua inteligência, humanidade e certeza
De que só quem tem a missão de embalar o Mundo
Pode compreender a energia de uma vida
No choro e no riso da criança parida
Quando fores mais compreendida!
Então, o Mundo terá uma nova vida
Uma ambição de amor e paz
Dentro de ti, trazes, escondida
Porque tu dás à luz a vida
A dádiva, mais valorosa, conhecida
Tu tens de ser admirada toda a vida
Tu tens sido, ao longo dos séculos, muito ofendida
Mesmo assim, tens sempre a mão estendida
Para ajudar, acarinhar, salvar uma vida
É contigo que tudo aprendemos
E quando ao fim de poucos meses
De coração desfeito em lágrimas
A outros nos, tens de entregar
Por força dos compromissos
São quase sempre, mulheres que nos continuam a embalar
Desde o momento, que dás à luz, uma vida
Nunca mais vais deixar de te preocupar com ela
Mãe, nunca esquecerei quanto sofreste, para me dares a vida!
José Silva Costa
r
Jo Cox
Primeiro a vida!
A única coisa que temos
Todos nascemos livres e iguais
Sem muros nem quintais
Todos somos animais
Nem todos racionais
Senão, não nos sentiríamos desiguais!
Só alguns conseguem compreender que somos todos iguais!
Ao longo dos séculos, grande tem sido a luta
Para que os que se julgam superiores
Admitam que somos todos inferiores
Senão, não haveriam tantas lutas, tantas mortes, tantas dores !
Só em Dezembro de 1948, em Paris, 48 Estados então representados nas Nações Unidas , aprovaram a Declaração Universal de Direitos Humanos, nenhum votou contra, 40 votaram a favor, oito abstiveram-se: os seis países comunistas, a África do Sul e a Arábia Saudita.
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