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A Coletânea “ERA UMA VEZ…ALENTEJO” é uma obra que inclui poemas, fotografias, ou obras artísticas originais cujo tema e foco principal seja o Alentejo, e está abrangida no projeto europeu “Antologias Digitais”. Tendo a cidade de Évora sido recentemente nomeada Capital Europeia da Cultura 2027, faz todo o sentido homenagear não só a cidade como também toda a beleza circundante e riqueza cultural da região, e observar as maneiras como estas inspiram as pessoas de vários pontos do globo.
Mais 3 blogueres com participações nesta Coletânea: https://cotoviaecompanhia.blogs.sap... - Mafalda Carmona
P J Cortes
https://aquemtejo.blogs.sapo.pt
https://apeadeirodamata.blogs.sapo.pt - Francisco Carita Mata, a quem agradeço a publicitação, nos seus blogs, da realização desta coletânea e o incentivo para que participasse .
Coletânea "ERA UMA VEZ...ALENTEJO"
Desilusão - uma das minhas 2 participações nesta Colectânea
Sol, sul, terra quente
Mescla de muita gente
Espigas douradas, semente
Planície, um doce ventre
Um povo resplandecente
Um pouco diferente
Quanto a calma consente
Num severo ambiente
De amplitudes térmicas
De muitas desigualdades
De grandes herdades
Onde gerações de trabalhadores
Nasceram e morreram
Sem nunca terem nada de seu
Foi o que aconteceu
Enquanto durou a ditadura, que morreu
Na manhã de Abril
Que deu alento a quem tinha uma vida vil
Promessas foram mil
Mas já se sabe o que são promessas
Resta-nos a Liberdade.
José Silva Costa, Lisboa - Portugal
A seca (2022)
Fevereiro quente traz o diabo no ventre
Fevereiro sem chuva não germina a semente
A Natureza toda se sente
Sem água, toda fica doente
Sem água, morre a semente
Não há vida, não há gente
Não há chuva, não há vida
A chuva, que tanta gente detesta
Faço-lhe uma festa
Venha chuva, com conta e medida
Não quero que morra a vida!
Se continuar esta seca
Na Primavera não haverá festa
As flores não desabrocharão
E os animais morrerão
À fome! Não há nada para a sua alimentação
A chuva não é agradável, não!
Mas é indispensável à vida
Temos de aprender a usar a água
Não podemos continuar a desperdiça-la.
José Silva Costa
Flor
Estrela Polar
Num Mundo Lunar
És Rosa
És Mar.
Espiga de Verão
Temperada pelo Sol
És flor
És pão.
Ave reluzente
Num céu atraente
És fogo
És ventre.
José Silva Costa
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