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Amor & Guerra (23)
A Bárbara e a Sara continuavam a descobrir a bonita cidade de Lunda, tendo como guia o Firmino, que estava admirado da Bárbara não ficar grávida
Não sabia como abordar o assunto, uma vez que ela já tinha tido a Sara, talvez o problema não fosse dela. Quando, ainda, não provaram que são reprodutivas, o que se pensa é que o problema é da mulher, o que não era o caso da Bárbara, que já tinha dado à luz uma linda menina
Mas, como desejava muito ter uma filha ou um filho dela, teve de se encher de coragem e dizer-lhe que estranhava ela não ficar grávida
Ela disse-lhe que, também, estava admirada. Mas, como já tinha tido a Sara, não lhe tinha dito nada, porque o problema poderia não ser dela
Perguntou-lhe se se lembrava de ter tido papeira. Respondeu-lhe que tinha tido e que estivera muito mal
Aconselhou a ir ao médico, para ver o que dizia, e se lhe mandava fazer exames, porque quando a papeira atinge os testículos, pode provocar a infertilidade
Quando pensou que o problema poderia não ser dela, não sentiu a tristeza, que se abateu sobre ele, quando ela lhe disse que a papeira provocava infertilidade, coisa que não sabia
Decidiu marcar uma consulta, queria ter a certeza, se podia ou não ser pai, o que tanto desejava
Foi ao médico, que lhe prescreveu as análises. Feitas as análises, estava ansioso que chegasse o dia de saber os resultados. A Bárbara tudo fazia para o animar. Mas, nada o animava, desde que soubera, que a papeira lhe poderia ter provocado a infertilidade, que não era o mesmo homem
Ao receber os resultados, o pior cenário concretizou-se, não poderia ser pai. A Bárbara tentou suavizar-lhe a dor, dizendo que já tinham uma linda filha, e que ela nem conhecia outro pai
O Firmino concordou, a partir daquele momento, a Sara seria a única filha deles, e tudo faria para ser um pai exemplar
Daí em diante, a alegria voltou a reinar, era preciso aproveitar todos os momentos com a sua rainha e a princesa, tinha de lhes proporcionar dias felizes
Só não podiam passear mais tempo juntos, porque a Sara não podai faltar às aulas, como aluna exemplar e muito inteligente, tinha um lugar guardado numa das melhores Universidades
Na cabeça da Bárbara e do Firmino já se construíam grandes cenários, para o futuro brilhante da Sara, enquanto ela ainda estava completamente descansada sobre o assunto, não sabendo, ainda, o que escolher para o seu futuro
Muitos pais não deixam os filhos ser crianças, sobrecarregam-nos, com tantas atividades, extra curriculares não permitindo que brinquem em liberdade, não tendo oportunidade de saborear o ar livre, da rua
Hoje, os bebés nascem, já, com um horário a cumprir, têm de se levantar cedo, para irem para o berçário, não os deixam dormir até o sono sorrir.
Continua.
Bela
Bela é a lua
Que ilumina a rua
Onde nasce e fica nua
Bela é a vizinha
Que me prende
Sempre que vem à janela
Mas nunca falei com ela
Na esperança de que um dia
Ela adivinhe o quanto gosto dela.
Bela é a que encontra uma companhia
Com quem partilha a tristeza e a alegria
Cuja felicidade brilha mais que a luz do dia.
José Silva Costa
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