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Primavera, 20/03/20
Chegou a Primavera
Ficou em casa
Sem campos floridos, nem perfumes
Mas, solidária!
Trouxe-nos água
Para podermos continuar a lavar as mãos
A lembrar-nos que os tempos mudaram
Que estamos todos no mesmo barco
Que nunca estivemos tão ligados
E, o que nos liga não escolhe entre ricos e pobres
Que não se justifica, uns terem tudo e os outros só fome
Que chegou a hora de respeitar a Natureza
Não a destruindo com a força rude da ganancia
Numa exploração desenfreada, matando tudo, não deixando nada
Numa ambição desmesurada, que nunca está saciada
Aproveitamos este interregno, para mudar de rumo
Construir um novo futuro
Aproveitando os novos recursos
Para aprender e trabalhar
A partir de outros locais
Onde a presença não seja vital
Para os transportes não sobrecarregar
Um novo estilo de vida temos de inventar.
José Silva Costa
Euro 2004
Dez novos campos de futebol de uma assentada
Num país rico, não custou nada
Todos os que encheram o Estádio nacional
Todos vestidos de igual
Deveriam ser condecorados pelo Presidente da República
Porque evitaram que o custo desses estádios fosse gasto em Hospitais, escolas, creches e em tudo o que supérfluo, neste país
Não se queixem por não construírem o hospital pediátrico do Porto, por as escolas continuarem cobertas de amianto, material fatal, para a vida
O dinheiro é como o cobertor, quando é curto, quando tapa a cabeça, destapa os pés, quando tapa os pés, destapa a cabeça
Para quem pensa que essa foi a melhor opção, saiba que ainda faltam pagar cento e sete milhões e quatrocentos mil euros
Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga.
José Silva Costa
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