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O sonho fechado
No frio da rua, fixas o olhar
Rua deserta, onde ninguém anda a caminhar
As aves tomaram conta dos espaços
Ensaiam novas coreografias
Livres, disputam o pouco alimento
Neste inverno cinzento
Assustadas por não verem movimento
O frio entra-nos pelos ossos adentro
Preparamos mais um confinamento
O vírus e o frio voltam a fechar o hemisfério norte
Para todos, boa sorte!
Vamos dispor de mais tempo
Que deve ser bem aproveitado
Nem que seja para um novo cozinhado
Temos de manter um treino aturado
Para mantermos a saúde em bom estado
Para que quando o sonho for libertado
O podermos beijar em qualquer lado
Não adianta mal dizer do fado!
O melhor é encara-lo com agrado
Aceita-lo, é meio caminho andado.
José Silva Costa
Verão cinzento
Há nuvens negras, neste agosto cinzento
Há quem tenha de trabalhar
Todos os dias, de sol a sol, para angariar o sustento
Há quem viva à conta do Orçamento
Que busque, lá fora, o que não tem cá dentro:
Espetadores, porque as praias têm estado entregues ao tempo
Que tenha forçado um evento
Para uma exibição contra o momento
Que exemplo!
A política deveria ser um exercício exemplar
Mas, tornou-se num espetáculo nojento
Muito pouco compatível com este tempo
Em que, muitos povos, correm de um lado para o outro
À procura de segurança, pão, casa, paz
À procura de um coração que os abrace
À procura de um sítio onde nasça a esperança.
José Silva Costa
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