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Abril de 2024
Reedição
Cinquenta anos em Liberdade a beber o vento
Mais tarde ou mais cedo tinha de chegar este momento
Há muito que o rumo tem muito de apoquento
Há forças a remar contra qualquer entendimento
O mundo sofrerá por não travar este recuamento
A defesa da Liberdade merecia muito mais tento
Mas, aqueles que sempre a tiveram, só pensam no sustento
Acham que nunca a perderão, não pensam no evento
Os novos ventos, para alguns, são um deslumbramento
Mas, para os que muito sofreram com o tormento
Nunca darão, a tais ideias, consentimento
Sabem que foi muito longo e duro o ensinamento
Todo o progresso é feito de muito trabalho e talento
Para comermos o pão, temos de juntar à farinha, o fermento
Se queremos viver em paz, não podemos escolher o vento turbulento
Teremos de acarinhar os que defendem a solidariedade e o alinhamento
Que colocam as pessoas no centro, contra a ganancia do enriquecimento
As sociedades mais felizes são as que vivem em entendimento
Onde não há grandes desigualdades, não há motivos para envenenamento
Em vez de ódio, cultivam a paz, a amizade, o respeito, o contentamento
Se quisermos viver em Liberdade, temos de lutar contra o constrangimento
De quem no-la quer tirar, por a odiar, está nas nossas mãos o cumprimento
Dos nossos deveres: irmos votar. Mas em pessoas com pensamento
Para que mais tarde, não tenhamos de fazer, nenhum lamento
Manter a paz é o melhor que o homem faz, a guerra é um mar sangrento
José Silva Costa
Abril de 2024
Cinquenta anos em Liberdade a beber o vento
Mais tarde ou mais cedo tinha de chegar este momento
Há muito que o rumo tem muito de apoquento
Há forças a remar contra qualquer entendimento
O mundo sofrerá por não travar este recuamento
A defesa da Liberdade merecia muito mais tento
Mas, aqueles que sempre a tiveram, só pensam no sustento
Acham que nunca a perderão, não pensam no evento
Os novos ventos, para alguns, são um deslumbramento
Mas, para os que muito sofreram com o tormento
Nunca darão, a tais ideias, consentimento
Sabem que foi muito longo e duro o ensinamento
Todo o progresso é feito de muito trabalho e talento
Para comermos o pão, temos de juntar à farinha, o fermento
Se queremos viver em paz, não podemos escolher o vento turbulento
Teremos de acarinhar os que defendem a solidariedade e o alinhamento
Que colocam as pessoas no centro, contra a ganancia do enriquecimento
As sociedades mais felizes são as que vivem em entendimento
Onde não há grandes desigualdades, não há motivos para envenenamento
Em vez de ódio, cultivam a paz, a amizade, o respeito, o contentamento
Se quisermos viver em Liberdade, temos de lutar contra o constrangimento
De quem no-la quer tirar, por a odiar, está nas nossas mãos o cumprimento
Dos nossos deveres: irmos votar. Mas em pessoas com pensamento
Para que mais tarde, não tenhamos de fazer, nenhum lamento
Manter a paz é o melhor que o homem faz, a guerra é um mar sangrento
José Silva Costa
Flores de Outono
Cores de outono, suaves e doces
Dos amarelos aos castanhos e aos roxos
As árvores ficam sem rostos
Despidas e nuas no frio inverno
Os seus braços esguios espantam o frio
Bonitas e límpidas águas correm no rio
As geadas congelam o vento, que não floriu
As manhãs brancas são perfume, que sorriu
Já ninguém lava a roupa no brilho das águas, que correm a fio
As aves fazem acrobacias nos ares aquecidos pelo sol
Há uma paleta de cores na sombra de um assobio
O outono tem um sol muito fugidio
Aparece, desaparece, volta a aparecer, vai se embora sem nada dizer
Quem o quiser apanhar tem de estar atento, mas não o consegue prender
A qualquer momento, foge, vai-se deitar com o vento
Cada vez deita-se mais cedo, gosta muito do sossego
Do escuro não tem medo, quer ficar no seu aconchego
Nestes dias de chuva, de vento e frio cinzento
Em que para enfrentar o mau tempo, é preciso muito talento
Soltar as amarras do vento, pôr as nuvens em movimento
Aparar com as duas mãos as suas prateadas lágrimas
Para, a todos dar de beber e o mundo ver viver
A Água é um tesouro, é ouro a cair do céu.
José Silva Costa
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