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A chuva
O verão já ia longo
Não queria dar lugar ao outono
O vento acordou do sono
Trouxe a chuva ao ombro
Que há muito tinha adormecido
Que não deu por estar atrasada
Costumava chegar pelo quinze de agosto
Este ano chegou um mês atrasada
Depois, ainda, tirou mais um mês de férias
Espero que não queira, agora, chover tudo de uma vez
Ainda temos mais meio mês de outubro
E meses sem fim, que gostam de ser lavados
Mas com água suave, para os massajar
Sem pressas, nem vagares, na medida certa
Para que a possamos apreciar, guardar, admirar
Sem ela não há vida, mas também tem tirado muitas vidas
Temos de atribuir à água mais valor
Não podemos continuar a desperdiça-la como se não valesse nada
Se lhe atribuirmos o valor do ouro
Será mais difícil estragá-la
Talvez, até faça com que passemos a poupá-la
Cai do céu, mas nem sempre
E, nós todos os dias a utilizamos
Sem ela não há vida!
José Silva Costa
Dia da Mãe, de 2022
Mãe, mãe, mãe, mãe, mãe!
A mais bela e bonita flor
Aquela que pare o amor
Que suporta com sorriso a dor
Que me transmitiu o amor
Que me beijou como se fosse a única flor
Que partilhava a minha dor
Que transbordava de bondade e amor
Que me gerou quando ainda era tão menina
Que me deu à luz quando fez os seus verdes 18 anos
Mas que maturidade e serenidade!
Que não correspondiam à sua idade
Que me transmitiu uma inabalável confiança
Uma força e perseverança que me acompanham
Uma calma e tolerância
Nunca me acordou esperou sempre que acordasse
Uma paz que as vidas de hoje não permitem
Compensava a pobreza com beijos
Apesar disso, nunca demonstrou pensamentos negativos
Eram tão bonitos os seus sorrisos
Mãe, palavra tão doce, tão bonita, tão amorosa
Tão bonita rosa, tão perfumada flor, o mais puro amor
Mãe, palavra com tão doce sabor, a transbordar de amor
Tão doloroso gesto de dor, tudo suportado pelo amor
Mãe, a palavra mais pronunciada, a mais amada, a mais beijada
Tão gloriosa missão, a de ser mãe, que bonita e delicada mão
Aquela que segura a vida, que a guia, que todos os dias a rega até florir
Que ensina o sorrir, a boca a abrir, que embala o sono e sonho
Tudo ensina, em troca de nada, tudo o que quer é ver florir a vida
Mãe, palavra tantas vezes repetida, é luz, é esperança
Mãe, mãe, mãe querida, devo-te tudo, devo-te a vida!
Um dia muito feliz para todas as Mães!
José Silvas Costa
As cores do outono
Não percas as cores do outono
São suaves, chamam o sono
São lindas, as cores do outono
Não te percas no sono
Aproveita para veres as cores do outono
Não espantes o sono
Admira as cores do outono
Não sejas mono
Acorda, chegou o outono!
A semente germina no outono
Quando a terra acorda do sono
Para grande alegria do dono
Que não quer que a seara lhe tire o sono
Que quer que seja um bom outono
Para que a colheita seja um bom abono
Que lhe permita ter bom sono
A fome tem ruim dono
A abastança permite bom sono
Agarra as cores do outono
Deita-te nelas, e tem um bom sono!
José Silva Costa
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