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Barbárie
Aperta a mão ao teu irmão
Não mates o teu irmão
Tu e ele têm coração
As guerras são horrores em contramão
Nenhuma terá razão
Só matam, não dão pão
As vitórias são uma ilusão
Não sejas carne para canhão
Dá a mão ao teu irmão
Quem vos manda para a guerra não entra nela
O heroísmo é uma balela
O mundo morre por causa dela
A bala vai e vem
Mata o homem, a mulher e a criança, também
Tanta destruição de tanta habitação
Tanto suor em vão
O trabalho e o sonho de uma vida
Tanta canseira, num segundo destruída
Por seres mais forte, não espezinhes o teu vizinho
Porque podes ficar sozinho
Sem teres quem te dê a mão
Numa dura e triste ocasião
A vida é mais importante que toda a raiva arrefecida
E que todo o ódio acumulado, extravasado, pelo tempo adiado
Nada justifica a brutalidade das invasões
Nem retaliações, para matar as populações.
José Silva Costa
Lua cheia
Primeira super lua cheia, deste ano
Maior que o normal
Lua do Trovão
Aproveitem e vibrem com este clarão
É preciso não desperdiçar esta ocasião
olhem para a lua cheia com toda a paixão
Namorar a lua tem muito de emoção
É como querer alcançar uma coisa, onde não chega a mão
Tem muito de sonhos e de ilusão
Quem é que não gosta de viver na lua
Tirar os pés do chão!
Quem não conseguir admirar esta
Tem outra super lua a 1 de agosto
A Lua do Esturjão.
José Silva Costa
Cumbre Vieja
Vulcão
Sonhos interrompidos
Vidas paradas
Lares queimados
Por um vulcão zangado
A mais bonita ilha: La Palma
Transformada num inferno
Meio século a dormir
Acordou estremunhado
Para matar tudo
Raivoso de lava
Não para de tudo ameaçar
Onde pode um sonho descansar?
Que não se levante um vento para o acordar
Ter de tudo abandonar
Para a vida salvar
O trabalho de uma vida entregue ao ar
Até que a lava o venha buscar
Ver o mar chorar
Por o fogo o queimar
Sem ar para respirar
O fumo a impedir os aviões de levantar
Rios de lava encosta abaixo
O desespero de um mar de gente
Impotente para lhe fazer frente.
José Silva Costa
Lua Cheia!
Não encendeis a minha candeia
Há noite, depois da ceia
A tua magia aumenta a fantasia
Não durmo como dormiria
A tua luz os olhos fere!
Uma energia, que os impede de se fecharem
Sei que interferes nas ondas do mar
Como me impedes de, os meus sonhos, navegar
Tenho de esperar que te deites
Para poder, enfim, descansar
Lua de quatro fases e de outras tantas faces
Ao longo dos séculos, quantos encantaste?
Quem amaste!
Misteriosa, bela, encantadora
Todos te têm cantado
Inspiradora de almas noturnas
Que não obedecem à noite
Que não adormecem
Que se portam como se o sol nunca se pusesse.
José Silva Costa
Na silhueta de quem traz a salvação
Oiço o barulho do clarão
Os lábios aceleram o bater do coração
Os olhos trocam mensagens de emoção
O sol e a lua já sabem a nossa reação
Vamos de encontro à sedução
Os corpos parecem um vulcão
Ardem como estrelas, sem solução
Amanhã consertamos o coração
Porque sem ele não há continuação
A vida pode esperar por outra estação
Nós é que não podemos perder a ocasião
De viver o amor desta paixão
Que arde como estrelas, sem solução!
José Silva Costa
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