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Flores de outono

por cheia, em 06.11.23

Flores de Outono

 

Cores de outono, suaves e doces

Dos amarelos aos castanhos e aos roxos

As árvores ficam sem rostos

Despidas e nuas no frio inverno

Os seus braços esguios espantam o frio

Bonitas e límpidas águas correm no rio

As geadas congelam o vento, que não floriu

As manhãs brancas são perfume, que sorriu

Já ninguém lava a roupa no brilho das águas, que correm a fio

As aves fazem acrobacias nos ares aquecidos pelo sol

Há uma paleta de cores na sombra de um assobio

O outono tem um sol muito fugidio

Aparece, desaparece, volta a aparecer, vai se embora sem nada dizer

Quem o quiser apanhar tem de estar atento, mas não o consegue prender

A qualquer momento, foge, vai-se deitar com o vento

Cada vez deita-se mais cedo, gosta muito do sossego

Do escuro não tem medo, quer ficar no seu aconchego

Nestes dias de chuva, de vento e frio cinzento

Em que para enfrentar o mau tempo, é preciso muito talento

Soltar as amarras do vento, pôr as nuvens em movimento

Aparar com as duas mãos as suas prateadas lágrimas

Para, a todos dar de beber e o mundo ver viver

A Água é um tesouro, é ouro a cair do céu.

 

José Silva Costa

 

 

 

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publicado às 07:54

Flores de Verão!

por cheia, em 04.09.23

Flores de verão

 

O sol acende o brilho das flores

Os namorados acendem um beijo

Num canteiro escondido e perfumado

Esquecem-se que o dia está quase terminado

Para a lua embevecida, nem um olhado

Absortos no seu beijo estrelado

Não viram o mundo passar a seu lado

Ficaram presos na melodia de um fado

Como se a vida se tivesse esgotado

Não deram pela presença do sol, acordado

Só quando um sorriso apressado

Lhes entrou no peito, cansado

Os braços se abriram, mostrando o seu estado

Acordando-os do sonho encantado

Abandonaram o banco, pelo perfume esmagado

Caminharam de braço dado

Por todo o jardim, de lado a lado

Alimentando-se do perfume inalado

Como quem vive do olhar do seu amado

De um encanto nunca acabado

Numa casa com o teto enfeitado

E flores como telhado

Onde repousa o ar, parado

Como é bom viver enamorado!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:55

O sol

por cheia, em 10.04.23

Praias

 

Em Abril o sol é mais feliz

São muitas horas de sol

Os teus olhos são a luz dos dias

Há cegonhas esguias

Que chocam os ovos nos ninhos, quentes

No silêncio de um céu transparente

As praias estão cheias de gente

Tu és o culpado desta enchente

Mas alguns vão na corrente

O mar podia ser mais prudente

Já que as pessoas nem sempre o são

A culpa é toda tua!

Quando aqueces, as pessoas esquecem-se

Que o mar é muito perigoso

Só pensam em refrescar-se

O que lhes dá muito gozo  

Tanto faz ser jovem, ou idoso

Mas, tu oh sol radioso!

Que és tão sensato e bondoso

Não permitas que o mar seja tão manhoso

Que leve as pessoas ao engodo

Não aqueças, quando vires que o mar está perigoso

Vais ver que deixamos de ver, todos os anos, esta mortandade

De pessoas, ainda, na juventude da idade

Que deixam tantas saudades

E causam tanta tristeza e dor

A vida não tem preço, mas tem muito valor.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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publicado às 07:55

Primavera

por cheia, em 27.03.23

A chegada da Primavera

 

 

Sons e perfumes são raios de luz

Tens a alegria e o brilho que a todos seduz

Em Março todos queremos o teu abraço

Trazes a esperança da renovação

És a mais bonita Estação

Muitas e bonitas flores enchem os nossos olhos

Toda a Natureza se enfeita para te receber

As aves ensaiam bonitas melodias

Para te oferecerem ao nascer dos dias

Que é quando se constroem as harmonias

E se houve as mais bonitas sinfonias

É quando as flores acordam e se beijam

Dando as boas vindas ao sol

Tão importante para todas as vidas

São noites mal dormidas

Para te prepararem as boas vindas

Mais ninguém é recebido com tanto carinho

São flores, são perfumes, são sinfonias e hinos.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:56

Mãos de fada

por cheia, em 05.12.22

Mãos de fada

 

Mãos que abraçam e confortam

Sombras nuas em noite de luar

Olhos que iluminam a escuridão

Beijos em noites de solidão

Que queimam o coração

Noturnos silêncios em combustão

Corpos que sublimam na perfeição

A natureza a sorrir de tanta pureza

Rios que nos embalam os sonhos

Com os seus bonitos olhos risonhos

Vertical amanhecer da madrugada

Como se fosse uma noiva dourada

Sol quente na terra molhada

A lavar-nos os lábios da noite suada

Uma rosa vermelha, perfumada, para a namorada

Corpos fundidos a respirarem o ar quente

Terra ávida de sol, água e semente

Temos uma longa e bonita vida pela frente.

 

 

 

José Silva Costa

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publicado às 08:00

Bem-vindo, Outono!

por cheia, em 26.09.22

Bem-vindo, Outono!

 

Menos horas de sol

Mais tempo para o sono

É importante acompanhar e respeitar a Natureza

Não devemos tentar enganar o sono

Tomando substâncias para o afugentar

Pode não querer voltar!

É muito importante descansar

Não podemos querer tudo abarcar

O outono e o inverno são para recuperar

Das loucuras do verão

Em que o sol nos obriga a desrespeitar os bons hábitos

”Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer”

Com a invenção da eletricidade é dia todo o dia

E, não pararam as invenções a apelarem-nos para que as descubramos

Para nos mantermos sempre à tona e não ficarmos para trás

Tantos séculos, tantos progressos!

Mas, o tempo continua na mesma, nem mais um segundo!

Como conseguir dar atenção a todas a solicitações?

Temos de fazer escolhas

A melhor é fazer uma vida saudável

Sem saúde as escolhas ficam muito limitadas

Com os anos, temos de ir abandonando algumas autoestradas

Todos os dias devemos fazer o que podermos

Não deixar para quando estivermos reformados

Podemos chegar atrasados

Não conseguindo fazer o que tínhamos planeado

O nosso tempo está cronometrado.

 

Hoje, fazemos 57 anos de casados.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:57

Olhos encantadores!

por cheia, em 12.09.22

Olhos encantadores!

Formosos olhos, que encantaram os meus

Que toldaram os céus e o sol

O momento em que te vi, nunca mais o esqueci

Todos os dias corro atrás de ti

Queria-te dizer quanto te amo

Mas, tu não ouves os meus lamentos

Passam por ti como os ventos

São terríveis os momentos

Em que tento captar a tua atenção

Mas todas as tentativas têm sido em vão

As mulheres são como o pão

Para o conseguir, mil voltas se dão

Um dia finjo que perdi a visão

Vou contra ti, como quem perdeu o pé

Flutua ao sabor das ondas e da maré

Esperando que me salves e me dês fé

Que me ressuscites para a vida

Que compreendas que sou a outra metade de ti

Que não poderemos viver um sem o outro

Que o amor é mais forte que o sol-posto

Que é tão lindo o teu rosto!

Capaz de ensombrar o luar de Agosto

Que nunca mais ficaremos longe um do outro

Que só a morte nos separará a contra gosto.

 

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:56

O futuro é hoje (9)

por cheia, em 26.11.21

O futuro é hoje (9)

 

A Filomena estava de acordo com o fecho das centrais a carvão. O dia 19/11/2021 seria recordado como o dia em que a produção da eletricidade ficou mais verde

Mas, preocupava-a o futuro dos trabalhadores, ainda que o ministro tivesse dito que ia acompanhar a situação, ao que um trabalhador respondeu:” quero ver se ele me vai pagar as contas”  

Mas, o futuro tem sido, sempre assim, nunca se preocupou ou preocupará com quem atropele ou atire para a berma, para ele passar. Avançou e avançará contra tudo e contra todos, sem que ninguém o consiga parar

Temos muito vento e sol, o problema é se os conseguiremos aproveitar. É muito bom utilizar energias renováveis, mas não são controláveis, como acontecia com as centrais a carvão

Há muito que aproveitamos o vento, foi muito importante na moagem de cereais e outras utilizações, mas caiu em desuso

Agora voltou, em força, para outro fim: a produção de energia elétrica, contribuindo com mais de cinquenta porcento da energia elétrica produzida em Portugal

O sol, aproveitamo-lo há menos tempo, começámos pelo aquecimento de água, e agora estamos a espalhar painéis fotovoltaicos, por todo o lado, porque a eletricidade é a energia do futuro

É um privilégio, viver nestes tempos, em que conseguimos utilizar o sol e o vento, para acabar com a muita poluição, que as cidades têm dentro

Por todo o lado e por todo o mundo, os fabricantes de automóveis e aviões estão a tentar, motores elétricos, fabricar

Novos aviões e carros elétricos vão testando, para evitar a poluição para a atmosfera

Porque o planeta não pode ficar mais tempo à espera.

 

 

 

Nova Deli fecha escolas e pondera confinamento por causa da poluição

A capital indiana é considerada uma das mais poluídas do mundo, com uma mistura perigosa de emissões provenientes de fábricas e veículos, além de fumo de queimadas agrícolas

Nova Deli instalou torres anti-fumo para diminuir o efeito nevoeiro provocado pela poluição

As autoridades de Nova Deli anunciaram este sábado o encerramento de escolas durante uma semana e disseram estar a considerar um "confinamento contra a poluição" para proteger os cidadãos dos elevados níveis de poluição tóxica na cidade.

"As escolas serão fechadas para que as crianças não tenham que respirar este ar poluído", disse o ministro-chefe de Nova Deli, Arvind Kejriwal.

A capital indiana é considerada uma das mais poluídas do mundo, com uma mistura perigosa de emissões provenientes de fábricas e veículos, além de fumo de queimadas agrícolas, a pairar sobre seus 20 milhões de habitantes a cada inverno.

Neste sábado, o Supremo Tribunal sugeriu impor um confinamento em Nova Deli para combater a crise da qualidade do ar. "Como vamos continuar a viver desta forma?" questionou o Supremo.

Kejriwal, o governante local, disse que o seu governo iria considerar a sugestão do tribunal após consultar as partes interessadas.

"Um confinamento devido à poluição nunca aconteceu antes. Será um passo extremo", disse o governante, que adianto ainda que as atividades de construção serão interrompidas durante quatro dias para reduzir a poluição provocada.

Os funcionários governamentais foram instruídos a trabalhar de casa e as empresas privadas também aconselhadas a optar pelo teletrabalho tanto quanto possível.

O Conselho Central de Controlo da Poluição aconselhou, na sexta-feira, as autoridades a prepararem-se "para a implementação de medidas na categoria de 'emergência'", acrescentando que a má qualidade do ar provavelmente continuará até pelo menos 18 de novembro, devido a "ventos fracos com condições calmas durante a noite"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poluição em Nova Deli

© EPA/RAJAT GUPTA

Neste sábado, os níveis de partículas de PM 2,5 - as menores e mais prejudiciais, que podem entrar na corrente sanguínea - ultrapassaram 300 no índice de qualidade do ar, o que é 20 vezes superior ao limite máximo diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde.

Os hospitais relataram um aumento acentuado no número de doentes com dificuldades respiratórias, informou o Times of India. "Recebemos entre 12 e 14 pacientes por dia na urgência, principalmente à noite, quando os sintomas causam sono perturbado e pânico", disse Suranjit Chatterjee, médico do Apollo Hospitals, ao jornal.

Problema das queimadas agrícolas

O governo de Nova Deli vem fazendo promessas de limpar o ar da cidade há vários anos. A queima de resíduos agrícolas nos estados vizinhos - um dos principais contribuintes para os níveis de poluição da cidade a cada inverno - tem continuado, apesar da proibição decretada pelo Supremo Tribunal.

Dezenas de milhares de agricultores ao redor da capital queimam os seus restolhos - ou resíduos da colheita - no início de cada inverno, limpando campos de arrozais recém-colhidos para dar lugar ao trigo.

O número de incêndios em fazendas nesta temporada foi o maior dos últimos quatro anos, de acordo com dados do governo.

A torre anti-fumo

No início deste ano, as autoridades de Nova Deli abriram a primeira "torre de smog" contendo 40 ventiladores gigantes que bombeiam 1.000 metros cúbicos de ar por segundo através de filtros.

A instalação que teve um investimento de dois milhões de dólares reduz para metade a quantidade de partículas nocivas no ar, mas apenas dentro de um raio de um quilómetro quadrado.

Poluição em Nova Deli

© EPA/RAJAT GUPTA

Um relatório de 2020 da organização suíça IQAir descobriu que 22 das 30 cidades mais poluídas do mundo estavam na Índia, com Nova Deli sendo considerada a capital mais poluída do globo.

No mesmo ano, a revista Lancet disse que 1,67 milhão de mortes foram atribuídas à poluição do ar na Índia em 2019, incluindo quase 17.500 na capital.

Nos últimos dias, o rio que fluía por Delhi, o Yamuna, também estava obstruído por uma espuma branca contaminante. O governo da cidade atribuiu a praga ao "esgoto e resíduos industriais" despejados no rio mais a montante.

 Diário de Notícias – 13/11/2021

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Outono

por cheia, em 23.09.21

Bem-vindo  outono

 

Chegaste nos braços da noite

Nas asas da lua cheia

Mal chegaste, escondeste o sol

Começaste a despir as árvores

Para que a primavera as vista de novo

Com a futura moda: a da Natureza!

Aquela que consegue combinar todas as cores

Todas as flores, com toda a harmonia

Como uma melodia: uma sifónia

Que nos embala todos os sentidos

Que nos transporta para o paraíso

Mas, quanto mais despes as árvores

Mais camadas de roupa visto

E quando te despedes e deixas-nos, ao inverno, entregues

Mais camadas de roupa visto

E a quantos mais invernos assisto

Mas camadas de roupa visto

É assim o outono da vida

Tão diferente do outono da Natureza!

Que todos os anos se despe

Para se voltar a vestir de beleza

De flores perfumadas

De novos, doces, frutos

De dias de lutos

De radiosos dias de sol

De radiosos dias de chuva

De novas vidas a darem vivas à vida!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 08:34

Chuva!

por cheia, em 15.08.21

Chuva de estrelas!

 

Do céu caíam lágrimas

Na noite estrelada

Os teus olhos eram rosas perfumadas

Na noite iluminada, tu eras a estrela

Nos teus rubros lábios rolavam cerejas

Atraentes, deliciosas, desejadas

Quanto mais as beijava

Mais crescia o desejo

Que encantadores beijos!

Na frescura da ardente boca

A saciarem o fogo da Lua-cheia

Mas, quanto mais te beijava

Com mais fome ficava

Nada conseguia apagar aquele calor

Nem a noite fria, nem a água que, no rio, corria

Foi a noite mais curta!

Quando o sol nasceu

Ainda da tua boca

Água doce corria

Por que razão é que não há

Chuva de estrelas, todos os dias?

Para dormirmos nos beijos um do outro

Até o sol nos acordar

Para começarmos, de novo, a namorar

E passar o dia no doce teu olhar

Até a lua nos voltar a abraçar.

José Silva Costa

 

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publicado às 07:46


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