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Mãos de fada
Mãos que abraçam e confortam
Sombras nuas em noite de luar
Olhos que iluminam a escuridão
Beijos em noites de solidão
Que queimam o coração
Noturnos silêncios em combustão
Corpos que sublimam na perfeição
A natureza a sorrir de tanta pureza
Rios que nos embalam os sonhos
Com os seus bonitos olhos risonhos
Vertical amanhecer da madrugada
Como se fosse uma noiva dourada
Sol quente na terra molhada
A lavar-nos os lábios da noite suada
Uma rosa vermelha, perfumada, para a namorada
Corpos fundidos a respirarem o ar quente
Terra ávida de sol, água e semente
Temos uma longa e bonita vida pela frente.
José Silva Costa
Bem-vindo, Outono!
Menos horas de sol
Mais tempo para o sono
É importante acompanhar e respeitar a Natureza
Não devemos tentar enganar o sono
Tomando substâncias para o afugentar
Pode não querer voltar!
É muito importante descansar
Não podemos querer tudo abarcar
O outono e o inverno são para recuperar
Das loucuras do verão
Em que o sol nos obriga a desrespeitar os bons hábitos
”Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer”
Com a invenção da eletricidade é dia todo o dia
E, não pararam as invenções a apelarem-nos para que as descubramos
Para nos mantermos sempre à tona e não ficarmos para trás
Tantos séculos, tantos progressos!
Mas, o tempo continua na mesma, nem mais um segundo!
Como conseguir dar atenção a todas a solicitações?
Temos de fazer escolhas
A melhor é fazer uma vida saudável
Sem saúde as escolhas ficam muito limitadas
Com os anos, temos de ir abandonando algumas autoestradas
Todos os dias devemos fazer o que podermos
Não deixar para quando estivermos reformados
Podemos chegar atrasados
Não conseguindo fazer o que tínhamos planeado
O nosso tempo está cronometrado.
Hoje, fazemos 57 anos de casados.
José Silva Costa
Olhos encantadores!
Formosos olhos, que encantaram os meus
Que toldaram os céus e o sol
O momento em que te vi, nunca mais o esqueci
Todos os dias corro atrás de ti
Queria-te dizer quanto te amo
Mas, tu não ouves os meus lamentos
Passam por ti como os ventos
São terríveis os momentos
Em que tento captar a tua atenção
Mas todas as tentativas têm sido em vão
As mulheres são como o pão
Para o conseguir, mil voltas se dão
Um dia finjo que perdi a visão
Vou contra ti, como quem perdeu o pé
Flutua ao sabor das ondas e da maré
Esperando que me salves e me dês fé
Que me ressuscites para a vida
Que compreendas que sou a outra metade de ti
Que não poderemos viver um sem o outro
Que o amor é mais forte que o sol-posto
Que é tão lindo o teu rosto!
Capaz de ensombrar o luar de Agosto
Que nunca mais ficaremos longe um do outro
Que só a morte nos separará a contra gosto.
José Silva Costa
O futuro é hoje (9)
A Filomena estava de acordo com o fecho das centrais a carvão. O dia 19/11/2021 seria recordado como o dia em que a produção da eletricidade ficou mais verde
Mas, preocupava-a o futuro dos trabalhadores, ainda que o ministro tivesse dito que ia acompanhar a situação, ao que um trabalhador respondeu:” quero ver se ele me vai pagar as contas”
Mas, o futuro tem sido, sempre assim, nunca se preocupou ou preocupará com quem atropele ou atire para a berma, para ele passar. Avançou e avançará contra tudo e contra todos, sem que ninguém o consiga parar
Temos muito vento e sol, o problema é se os conseguiremos aproveitar. É muito bom utilizar energias renováveis, mas não são controláveis, como acontecia com as centrais a carvão
Há muito que aproveitamos o vento, foi muito importante na moagem de cereais e outras utilizações, mas caiu em desuso
Agora voltou, em força, para outro fim: a produção de energia elétrica, contribuindo com mais de cinquenta porcento da energia elétrica produzida em Portugal
O sol, aproveitamo-lo há menos tempo, começámos pelo aquecimento de água, e agora estamos a espalhar painéis fotovoltaicos, por todo o lado, porque a eletricidade é a energia do futuro
É um privilégio, viver nestes tempos, em que conseguimos utilizar o sol e o vento, para acabar com a muita poluição, que as cidades têm dentro
Por todo o lado e por todo o mundo, os fabricantes de automóveis e aviões estão a tentar, motores elétricos, fabricar
Novos aviões e carros elétricos vão testando, para evitar a poluição para a atmosfera
Porque o planeta não pode ficar mais tempo à espera.
A capital indiana é considerada uma das mais poluídas do mundo, com uma mistura perigosa de emissões provenientes de fábricas e veículos, além de fumo de queimadas agrícolas
Nova Deli instalou torres anti-fumo para diminuir o efeito nevoeiro provocado pela poluição
As autoridades de Nova Deli anunciaram este sábado o encerramento de escolas durante uma semana e disseram estar a considerar um "confinamento contra a poluição" para proteger os cidadãos dos elevados níveis de poluição tóxica na cidade.
"As escolas serão fechadas para que as crianças não tenham que respirar este ar poluído", disse o ministro-chefe de Nova Deli, Arvind Kejriwal.
A capital indiana é considerada uma das mais poluídas do mundo, com uma mistura perigosa de emissões provenientes de fábricas e veículos, além de fumo de queimadas agrícolas, a pairar sobre seus 20 milhões de habitantes a cada inverno.
Neste sábado, o Supremo Tribunal sugeriu impor um confinamento em Nova Deli para combater a crise da qualidade do ar. "Como vamos continuar a viver desta forma?" questionou o Supremo.
Kejriwal, o governante local, disse que o seu governo iria considerar a sugestão do tribunal após consultar as partes interessadas.
"Um confinamento devido à poluição nunca aconteceu antes. Será um passo extremo", disse o governante, que adianto ainda que as atividades de construção serão interrompidas durante quatro dias para reduzir a poluição provocada.
Os funcionários governamentais foram instruídos a trabalhar de casa e as empresas privadas também aconselhadas a optar pelo teletrabalho tanto quanto possível.
O Conselho Central de Controlo da Poluição aconselhou, na sexta-feira, as autoridades a prepararem-se "para a implementação de medidas na categoria de 'emergência'", acrescentando que a má qualidade do ar provavelmente continuará até pelo menos 18 de novembro, devido a "ventos fracos com condições calmas durante a noite"
Poluição em Nova Deli
© EPA/RAJAT GUPTA
Neste sábado, os níveis de partículas de PM 2,5 - as menores e mais prejudiciais, que podem entrar na corrente sanguínea - ultrapassaram 300 no índice de qualidade do ar, o que é 20 vezes superior ao limite máximo diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
Os hospitais relataram um aumento acentuado no número de doentes com dificuldades respiratórias, informou o Times of India. "Recebemos entre 12 e 14 pacientes por dia na urgência, principalmente à noite, quando os sintomas causam sono perturbado e pânico", disse Suranjit Chatterjee, médico do Apollo Hospitals, ao jornal.
O governo de Nova Deli vem fazendo promessas de limpar o ar da cidade há vários anos. A queima de resíduos agrícolas nos estados vizinhos - um dos principais contribuintes para os níveis de poluição da cidade a cada inverno - tem continuado, apesar da proibição decretada pelo Supremo Tribunal.
Dezenas de milhares de agricultores ao redor da capital queimam os seus restolhos - ou resíduos da colheita - no início de cada inverno, limpando campos de arrozais recém-colhidos para dar lugar ao trigo.
O número de incêndios em fazendas nesta temporada foi o maior dos últimos quatro anos, de acordo com dados do governo.
No início deste ano, as autoridades de Nova Deli abriram a primeira "torre de smog" contendo 40 ventiladores gigantes que bombeiam 1.000 metros cúbicos de ar por segundo através de filtros.
A instalação que teve um investimento de dois milhões de dólares reduz para metade a quantidade de partículas nocivas no ar, mas apenas dentro de um raio de um quilómetro quadrado.
Poluição em Nova Deli
© EPA/RAJAT GUPTA
Um relatório de 2020 da organização suíça IQAir descobriu que 22 das 30 cidades mais poluídas do mundo estavam na Índia, com Nova Deli sendo considerada a capital mais poluída do globo.
No mesmo ano, a revista Lancet disse que 1,67 milhão de mortes foram atribuídas à poluição do ar na Índia em 2019, incluindo quase 17.500 na capital.
Nos últimos dias, o rio que fluía por Delhi, o Yamuna, também estava obstruído por uma espuma branca contaminante. O governo da cidade atribuiu a praga ao "esgoto e resíduos industriais" despejados no rio mais a montante.
Bem-vindo outono
Chegaste nos braços da noite
Nas asas da lua cheia
Mal chegaste, escondeste o sol
Começaste a despir as árvores
Para que a primavera as vista de novo
Com a futura moda: a da Natureza!
Aquela que consegue combinar todas as cores
Todas as flores, com toda a harmonia
Como uma melodia: uma sifónia
Que nos embala todos os sentidos
Que nos transporta para o paraíso
Mas, quanto mais despes as árvores
Mais camadas de roupa visto
E quando te despedes e deixas-nos, ao inverno, entregues
Mais camadas de roupa visto
E a quantos mais invernos assisto
Mas camadas de roupa visto
É assim o outono da vida
Tão diferente do outono da Natureza!
Que todos os anos se despe
Para se voltar a vestir de beleza
De flores perfumadas
De novos, doces, frutos
De dias de lutos
De radiosos dias de sol
De radiosos dias de chuva
De novas vidas a darem vivas à vida!
José Silva Costa
Chuva de estrelas!
Do céu caíam lágrimas
Na noite estrelada
Os teus olhos eram rosas perfumadas
Na noite iluminada, tu eras a estrela
Nos teus rubros lábios rolavam cerejas
Atraentes, deliciosas, desejadas
Quanto mais as beijava
Mais crescia o desejo
Que encantadores beijos!
Na frescura da ardente boca
A saciarem o fogo da Lua-cheia
Mas, quanto mais te beijava
Com mais fome ficava
Nada conseguia apagar aquele calor
Nem a noite fria, nem a água que, no rio, corria
Foi a noite mais curta!
Quando o sol nasceu
Ainda da tua boca
Água doce corria
Por que razão é que não há
Chuva de estrelas, todos os dias?
Para dormirmos nos beijos um do outro
Até o sol nos acordar
Para começarmos, de novo, a namorar
E passar o dia no doce teu olhar
Até a lua nos voltar a abraçar.
José Silva Costa
Fevereiro/Março
Um sol radioso
Aqueceste o corpo
Mas não iluminaste o rosto
Não pudemos ver o sol-posto
Um mês e outro
Doze, um ano!
Adeus, até para o ano.
Vais chegar
Sejas bem-vindo
Não vamos festejar
Já basta lembrar
Que foste tu a começar
E, nós com a esperança
Que quando regressasses
Já te pudéssemos ir esperar
Contigo ir passear, correr, namorar
Mas não! Continuamos, às casas, atados
Para bem de todos, escondemos o rosto
Não estranhes, não te beijar
Fica para quando isto passar
Não te sintas abandonado
Sabes que temos de ter cuidado
Sorte a tua, por serem só 31 dias
Ninguém sabe quando é que as ruas deixarão de estar nuas
Estão tão tristes, por não saberem o que se passa!
Cada vez que um par de sapatos as beijam
Choram de alegria
Mas a rua continua fria!.
José Silva Costa
Os anos
Foi como um sol que nasceu
Olhámo-nos, e em redor tudo estremeceu
O sol levantou-se e a manhã amanheceu
Abrimos a porta e o dia cresceu
Entrámos, foste minha, fui teu
Foi o sol que nos enlouqueceu
O mundo cedeu!
O sol beijou a lua
A alegria, os nossos corpos, unia
Deram-nos as boas-vindas
Ofereceram-nos uma lua-de-mel
Continuámos como se só houvesse uma noite incendiada
Mas, o desgaste dos anos mostraram-nos que também há dias de fel
Valeram-nos os nossos padrinhos: A lua e o sol
Mandaram-nos seguir em frente
Guiaram-nos até ao presente.
José Silva Costa
Maio
Maio, mês do sol, das flores, dos fins de tarde encantadores!
Das cerejas rubras e deliciosas, como os beijos
Do desejo de te beijar, como se cerejas estivesse a provar
Os teus lábios são romãs, com cerejas a namorar, que gosto de saborear
Vamos aproveitar este sol de Maio, para nos embalar
Não há mês como este para nos levar ao altar
Quem me dera que todo o ano fosse Maio
Passar todo o tempo no sorriso do teu encanto
Sem chuva, sem frio, sem vento
Só com o sol a brilhar nos teus olhos e o corpo a saber a mar
Na praia, no campo, no meio das flores, a sonhar
Com futuros, sem muros, sem guerras, sem fomes, sem pobres
Talvez sejam só visões, mas seria tão bom viver na ilusão
Sem saber da realidade, dura e crua
Abraçar um desejo, um sonho, um amanhecer diferente
Onde a humanidade pudesse estar toda abraçada por uma causa
A amizade!
José Silva Costa
Verão de São Martinho
Continuem a negar, que o tempo está a mudar
Aí está o São Martinho para vos contrariar
Em vez daquele radioso Verão, com que nos costuma brindar
Mandou, desta vez, chover até nos alagar
Para ver se, o óbvio, continuamos a negar
Assim, como vamos o São Martinho comemorar!
O assador das castanhas está-se, sempre, a apagar
O vinho novo não teve frio para fermentar
A água-pé de tanta água ficou deslavada
A jeropiga, sem castanhas, não sabe a nada
Como foi bom ficar no aconchego do lar!
A ver a chuva a, tudo, lavar
Matar a sede à terra, sedenta, por tantos meses à espera de se saciar
Ver os rios, cheios de alegria, a correrem para o mar.
José Silva Costa
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