Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Incêndios!

por cheia, em 14.08.23

O Governo da Propaganda

 

Todos os anos o mesmo desespero

De alto abaixo, o País a arder

A única preocupação é que nenhum humano morra

Tudo o resto pode arder

“ Deixa arder que o meu pai é Bombeiro”

No último incêndio de 5 dias, entre Odemira e Monchique, um cidadão alemão disse para uma câmara de televisão: “ estavam três autotanques, bem equipados, mas ninguém fez nada”

Há dias, Tiago Martins de Oliveira, presidente da AGIF, I.P (Agência de Gestão Integrada dos Fogos Rurais, I.P, disse que os Bombeiros recebem por hectare ardido, palavras que incendiaram os Bombeiros e os Autarcas, caiu o Carmo e a Trindade!

O Ministro da Administração Interna disse que as palavras foram mal interpretadas, o costume

O Governo não se cansa de propagandear que tem não sei quantos meios aéreos, mundos e fundos. Mas, o que é que isso interessa, se o País continua a arder, e não arde mais porque, qualquer dia, não há nada para arder!

Por que razão não tentam salvar os pertences das populações?

Será que casas, animais, hortas, pomares, vegetação, biodiversidade não merecem mais atenção!

Ignoram, os que, sempre, viveram à conta do Orçamento Geral do Estado, que é com o que arrancam da terra, que complementam as miseráveis reformas, sem nunca terem domingos, feriados, férias, tolerância de ponto, trabalham 365 dias por anos, para que os animais, também, comam todos os dias!

Em vez de tentarem proteger as casas, construídas com o suor de uma ou mais gerações, arrancam as pessoas das suas casas, sem olharem ao sofrimento, que lhes causam

Como é que querem revitalizar o Interior, se os poucos que arriscam investir em pequenos negócios, ficam sem nada de um momento para o outro? 

 Toda a nossa gratidão, para com os Bombeiros, é pouca, porque eles, muitas vezes, arriscam as suas vidas, para salvar a do próximo

Estão as 24 horas de prevenção para acudir em caso de desgraça

Não podem viver de esmolas e da venda de rifas!

Têm de ser pagos e reconhecidos de acordo com os valiosos serviços, que prestam às populações.

 

José Silva Costa

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 07:53

Horrores

por cheia, em 20.02.23

Horrores

 

Há quem conviva bem com os horrores

Continuam a defender os invasores

Os comunistas e alguns doutores

São contra a ajuda militar a quem se defende

Não são capazes de condenar quem invade

Falam muito de paz e amizade

Mas apoiam os regimes que gastam tudo em armamento

E os povos vivem em grande sofrimento

Dizem-se grandes democratas, mas apoiam os ditadores

Se pudessem fechavam as fronteiras, para manterem a soberania nacional

Como se o mundo, hoje, não estivesse todo interligado

E ainda há quem vá na conversa deles!

Por que razão não põem os olhos em Cuba e na Coreia do Norte?

Que são os seus grandes inspiradores

Se todos conseguissem cooperar, grandes e pequenos

Se não fosse preciso fabricar armamento

Se não fosse preciso fugir da fome, das guerras, do ditador violento

Se não fosse preciso ganhar eleições

Não teríamos democracias

O mal é estar no olho do furacão

Como aconteceu ao povo Ucraniano

Por terem um vizinho louco, vaidoso, capaz das maiores atrocidades

Até quando durará esta guerra?

Ninguém sabe, mas os Ucranianos podem vir a ser obrigados a aceitarem um cessar-fogo ruinoso, se um presidente, das grandes nações, que os apoia, precisar desse trunfo, para tentar as eleições ganhar.

José Silva Costa   

 

 

 

 

  

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 07:56

O Natal

por cheia, em 02.10.20

Mazelas da Guerra

Continuação

O Natal de 1969

Para muitos era primeira consoada passada fora do calor familiar

Na guerra nunca nos faltou álcool, quanto a mim, responsável por muitos acidentes

Duas fábricas de cerveja trabalhavam 24 horas por dia, para que nunca faltasse cerveja, bem ou mal fermentada

Havia quem se gabasse de beber uma grade, 24 garrafas, de cervejas até ao almoço

Os oficiais e sargentos tinham direito, por mês, a adquirirem, a bom preço, 2 garras de bom uísque escocês, conhaque francês, para que nunca nos faltasse álcool

Quando chegaram as 24 horas do dia 24 de Dezembro de 1969, já estávamos quase todos alcoolizados

Depois de ter estado na messe de oficiais e sargentos, onde nos reunimos todos, incluindo as esposas dos Sargentos, para a noite da consoada, e aproveitámos para ouvir a mensagem de Natal, do Agostinho Neto, em que ele dizia, “ este é último Natal, que os colonialistas portugueses passam em Angola”

Pela meia-noite fui à caserna dos soldados, para dar um abraço aos elementos da minha secção

Deparei com um sofrimento inimaginável: choravam, abraçavam-se, como se o mudo estivesse a acabar

Abraçaram-me, choraram no meu ombro, tentei que percebessem que era um dia como outro qualquer, que também estava a sofrer, como eles, por não estar com a família, mulher e filha

Só quando o cansaço e o sono os chamou para a cama é que consegui sair de lá

Já tentei lembrar-me do Natal seguinte, mas não me consigo lembrar de nada, o que quer dizer, que não teve o dramatismo do primeiro Natal, passado em Angola.

O ano novo trouxe más notícias.

 

 

Continua

  

 

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 07:52


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Posts mais comentados


Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D