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A justiça e a política
Todos contra a Procuradora
A revolta começou e engrossou por investigar os que se julgam acima da justiça, nunca lhe perdoarão
A indignação e os abaixo assinados: primeiro trinta, cinquenta, cem, uma multidão, quando as investigações chegaram aos intocáveis, aos poderosos, aos Governantes, que já há muito vinham dando sinais de estarem incomodados por a justiça estar a funcionar
Mesmo que tenha sido descurado o seu investimento, como aconteceu com todos os serviços públicos, fazendo com que se amontoem os processos, que os hospitais fechem, que as pessoas tenha de ir dormir para as portas dos centros de saúde, conservatórias, registos, que alunos tenham começado o ano escolar sem professores a seis disciplinas… (tudo normal para os arrogantes Governantes)
Ainda que faltem poucos meses para complementar o mandato, as turbas não param de pedir que fale, que a demitam, que o Presidente da República intervenha, que seja chamada à Assembleia da República, que não tem perfil para o cargo, e até a Ministra da Justiça se pronunciou!
Tudo isto, para prepararem o terreno, para a desejada, pelas elites, reforma da justiça, para que não sejam incomodadas, escutadas, presas, e possam combinar todas as negociatas e atuações, longe do olhar e dos ouvidos dos eleitores, que não têm nada que se indignar com os podres dos bastidores da porca da política
Não percebi a ida da Procuradora a Belém. Se há separação de poderes, por que razão terá de ir a outro órgão de soberania? Não será condiciona-la/o?
Parece haver consenso, entre os dois maiores Partidos, para cozinharem a reforma da justiça.
Por que razão não fazem abaixo assinados a pedirem mais professores, mais médicos…?
José Silva Costa
Celebremos Agosto
Celebremos a chegada de Agosto
Todos os anos recebemos agosto, com gosto
Um mês com um bonito rosto
Por ser o mês das férias, dos encontros e reencontros
Para a farra, todos, estamos, sempre, prontos
Cada terra recebe os seus filhos, com festas e romarias
Este, sempre, foi um país de muita emigração
Uma dura luta causada pela separação
De quem não se sujeita à pobreza da Nação
E procura noutro local um melhor pão
Mesmo que isso lhes traga tanta insatisfação
Tantas canseiras, que parece uma maldição
Sempre na esperança de um dia voltar de vez
Para a bonita casa que, na sua terra, fez
Mas dela só se goza, uma vez por ano, um mês
Alguns, erradamente, não falam com os filhos em português
Quando vêm de férias, não conseguem falar com os avós
Netos e avós sem se conseguirem entender sentem-se sós
Os filhos, normalmente, ficam onde cresceram, estudaram e casaram
Os pais ficam divididos entre ascendentes e descendentes
Depois de reformados, passam os dias de cá para lá, de lá para cá
Enlatados em autocarros apinhados, nas autoestradas da Europa
Sem condições de higiene e de descanso
Um preço demasiado alto para uma reforma mais folgada
Mas, a Europa, está, cada vez, mais integrada
Ainda, um dia, poderá ser uma grande comunidade federada
Tudo o que seja para que os povos vivam melhor e mais felizes será bem-vindo
Em vez de nos guerrearmos, vamo-nos abraçar, mas com mais igualdade!
Porque, ” toda a gente é pessoa”, ninguém é feliz, se viver rodeado de esfomeados a querem a sua casa assaltar!
Bem-vindo Agosto!
Até para o ano, Julho!
José Silva Costa
25, de Abril
Madrugada determinada, há muito sonhada, que mudou o Mundo
Povos oprimidos, depois de cinco séculos, assumiram os seus destinos
Mas, não há parto, que não seja doloroso, só suavizado pela alegria de um novo ser
Cortar o cordão umbilical, velho de séculos, foi matar muito jovem, foi muita carne para canhão
Foram treze anos de guerra, de atrocidades sem nome, por pura insanidade
Cortar um cordão umbilical com catanas, granadas, balas, minas, e no céu, para além dos aviões, helicópteros com canhões
Mães sem filhos, mulheres sem maridos, namoradas sem namorados, pais sem filhos, filhos sem pais
Quão difícil é criar e educar uma criança, fará uma nação!
Mas, há sonhadores, que acham, que depois do sangrento parto, ainda podíamos impor as nossas leis
Pura ilusão, depois de armas na mão, ninguém aceitaria essa decisão
Os que beneficiaram da opressão achavam-se no direito de saírem da contenda, sem nenhum beliscão
De um lado e doutro pagámos muito cara a separação, que era inevitável
Que, só uma parte não queria, mas que todo o mundo exigia, incluindo o Papa, que já tinha recebido os dirigentes dos movimentos, que lutavam pela independência
Podíamos ter aprendido, com os que já tinha feito a descolonização, mas, não! Diziam-nos que eramos diferentes, que podíamos oprimir os outros povos, durante mais séculos, eternamente!
Há quem queira diminuir este acontecimento, comparando-o ao 25 de Novembro
Mas não há comparação, porque o 25 de Abril teve repercussões mundiais
Mais meia dúzia de novas nações, em dois continentes, muitos milhões de corações
Que vibraram de alegria, mesmo que um país não se crie, num dia
Muito obrigado a todos os que contribuíram, em especial aos Capitães, para um inesquecível dia.
José Silva Costa
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