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Cicas!
As cicas revoluta são plantas muito antigas, chamadas de pré-históricas, por terem exemplares machos e fêmeas separados (dioica)
A cica macho possui um cone cilíndrico alongado, cheio de pólen, e é muito visitado pelas abelhas
A cica macho, que temos nosso quintal, há dezassete anos (lembro-me da sua chegada, porque foi plantada, pelo meu filho, pouco antes do nascimento da sua filha mais velha)
Não sei que idade já teria, são plantas de crescimento muito lento, crescem cerca de 3 cm por ano
Suponho que já teria 10 ou mais anos, mas só há dois anos revelou o seu género, mostrando um bonito cone, certamente querendo impressionar alguma companheira que, infelizmente não existe, por perto
Este ano voltou a presentear-nos com o seu, bonito, segundo cone, como que a perguntar-nos por que razão, nestes dois anos, ainda, não lhe arranjámos uma companheira, dizendo-me que não aceitava desculpas, porque já sabíamos que ela era macho
Tentei desculpar-me, dizendo-lhe que não é fácil, porque com a minha bonita idade, só vi um casal, juntas, lado a lado, num jardim particular, cujos donos me ofereceram umas sementes, que germinaram, mas ainda não mostraram de que género são
As fêmeas produzem no seu miolo dezenas ou centenas de sementes. A fecundação, via sementes, é muito difícil, em geral, obtêm-se novos exemplares por brotações junto à planta mãe.
( da internete)
José Silva Costa
Propaganda enganosa!
Agosto, o mês das férias!
Este ano, de novo, em liberdade
Com a pandemia na melhor fase
Todos querem recuperar o tempo perdido
O Governo é que está perdido
Os serviços públicos não funcionam
Não conseguiram sobreviver à pandemia
Nada funciona, é só propaganda enganosa!
Por muito bem-feita e de cor-de-rosa
Não consegue apagar os problemas
Alunos sem professores e esquadras fechadas
O INEM sem ambulâncias, e a doente morre na rua em frente
E que dizer dos Hospitais, que nunca se sabe que serviços estão a funcionar!
Os serviços de obstetrícia são os que mais têm encerrado
Quem é que não está alarmado?
Às gravidas não lhes chegava o seu estado
Ainda têm de conviver com a incerteza de não saberem onde a filha/o irá nascer
Quantos quilómetros terão de percorrer, a que porta irão bater
Quem é que consegue explicar o que está a acontecer?
Os Governantes dizem que é tudo normal!
Quando interpelados, às questões não respondem
Atiram com atos praticados e milhões, para criarem confusões
Incapazes de fazerem previsões, passam o tempo a criarem ilusões
E, assim, vão arrastando o país para o precipício, apoiados por multidões
Que preferem ser enganados, a ouvirem as verdades
É tão agradável ouvir o que desejamos em vez de assumir as realidades!
Quando somos chamados a pagar a fatura ficamos indignados
Mas não assumimos que fomos coniventes
Nada colheremos, se não soubermos quando, à terra, deitar as sementes.
José Silva Costa
Sonhos de verão
Sonhamos com as férias, novas paisagens, novas cidades, gentes diferentes
Num encontro fraterno de beijos, abraços e apertos de mão
Há barcos parados nos cais, à espera que lhes soltem as amarras
Sonham com novos horizontes, querem as velas enfunadas pelos ventos
Os sonhos de verão são de alegria, de alguma magia, de desejos fugientes
Cada um procura lançar, ao mundo, as suas sementes
Os dias são grandes, sem espartilhos, quentes, de muito brilho
Um sonho, um desejo, um abraço, um beijo podem ser o rastilho
Para uma grande mudança, para muitos e bons passos de dança, para renovar a esperança
Até para mudar de continente, para seguir em frente, encontrar o amor, para sempre
Conhecer gente diferente, atraente, mais sol no poente, uma luz, um caminho com sentido
Um grito de liberdade, sem anos nem idade, preservar a alegria da mocidade
No verão é tempo de reflexão, de contabilizar o passado e projetar o futuro
De ler um livro maduro, ver uma peça de teatro, ver um filme e sonhar com tudo
Saborear o tempo, sem pressas nem compromissos, aproveitar a preguiça sem pensar em enguiços
A constante aceleração da maneira como gastamos o tempo, nas correrias diárias de deitar os bofes pela boca, fez com que não saibamos fazer uma pausa para meditar, para descansar completamente: “desligar da corrente”
Hoje, só procuramos mais velocidade, mais perigos e aventuras, desafios, adrenalina, torturas
Correr de um lado para o outro, na ansia de abarcar o mundo, depois, vai-se a ver e sentimos um vazio profundo
Não conseguimos contemplar o nascer do sol, o silêncio noturno na natureza, ouvir o cantar do rouxinol
Tanta coisa para absorver, que não conseguimos ver nem apreender por causa de andarmos sempre a correr
Por muito que corramos, não apertaremos todas as mãos, nem afugentaremos a solidão
Paremos para ver o que nos rodeia, a beleza da areia, onde enterramos os sonhos, quando, no verão, vamos a banhos
Temos mais um verão, para aproveitar, assim saibamos o que de melhor poderemos fazer.
José Silva Costa
Os céus!
Os céus estão revoltosos, de cor de fogo
Este inverno parece um inferno
Os elementos revoltaram-se contra os tristes eventos
Não há rosas, nem suaves momentos
Só tempestades e ventos!
Não há brilho, nem sol que nos aqueça
Que despedida mais avessa!
De quem passou, quase todo o tempo, com uma promessa
De que seria um inverno vestido de Primavera
Mas, o homem rasgou a razão e avançou com o canhão
E, os tempos não ficaram indiferentes
Foram ao mal buscar as sementes
Para castigarem todas as gentes
Que colaboraram com mentes doentes
A esperança é que chegue depressa a Primavera
Que traga perfume e amor, e leve a guerra
Que os céus voltem a brilhar, sem poeiras, nem bombas
E se encham de pombas brancas
Que vença a paz!
Já que o homem não é capaz
De olhar para o outro como irmão
Tanto ódio, tanta violência, tanta destruição
Em vez de um abraço e um aperto de mão!
José Silva Costa
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