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Namorar

por cheia, em 14.02.24

Namorar

 

Namorar

Não se pode

Comemorar

Num só dia

Devemos

Fazê-lo

Todos os dias

É como respirar

Não se pode parar

Namorar é vital

Para a saúde

Para a mente

Para toda a gente

Ao amor

Ninguém fica indiferente

É fogo

É semente

É esperança

É dor

Namorar

Tem muito valor

Namorar

É como tratar uma flor

Precisa de muito carinho

De muito amor

De saber apreciar

O amor

Da sua perfumada flor

Em que idade for

O amor

Será sempre

O melhor da vida.

José Silva Costa

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publicado às 07:52

Abrupto

por cheia, em 11.09.23

Despedida

 

O verão está a despedir-se, este ano, abruptamente

Com chuva, que é muito bem-vinda, mas a destruição, não

O clima está muito doente, como tem mostrado, por todo o lado

Tão depressa está tudo a arder, queimando o que levou anos a crescer

Como tudo engole, com a força a força da água mole

Valha-nos o sol que, mesmo quente, parece não estar tão doente

Que continua a fazer germinar a semente

A amadurecer tudo, a iluminar o dia e a alegrar a nossa mente

Com o tempo doente ou não, temos de seguir em frente

Os que conseguem sobreviver a tantas calamidades

Que destroem tudo, incluindo vilas e cidades

Que não escolhem idades, utilizando todas as brutalidades

Como que a castigar-nos pelo desrespeito pela Natureza

Que, cada vez, nos presenteia com fenómenos de maior dureza

Será que conseguiremos aprender alguma coisa com a sua clareza?

Ou contentar-nos-emos com tanta perda de riqueza

Com meio mundo a morrer de pobreza

Sem sabermos o que fazer, sem termos nenhuma certeza

Num tempo em que a inteligência artificial sabe tudo

Por que razão não lhe perguntamos como poderemos acabar com o que nos aflige:

As guerras, a fome, as doenças, a ganância, as desigualdades, as calamidades, o orgulho

Tanta coisa, tanto sofrimento, para tão pouco tempo

Aproveitemos para melhorarmos o nosso comportamento

Enquanto, ainda, estamos a tempo

Se queremos evitar maior sofrimento

Não perdendo o resto do alento.

 

José Silva Costa

 

 

 

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publicado às 07:54

Ventos do Sul

por cheia, em 16.01.23

Ventos do Sul

 

Ventos do Sul, pássaros azuis

O brilho do sol nascente

És trigo, és fogo, és gente

Na planície bem quente

Papoilas lançadas ao vento

São sangue, são semente

São beijos de um sonho contente

Rubros lábios gretados do vento suão

Mãos calejadas das foices

Faces rosadas e perfumadas como flores

Trigueira ceifeira de olhos castanhos

Cabelos pretos tapados com o lenço

Corpo dorido e cansado

Sonhando com o dia da adiafa

Espigas douradas reluzentes ao sol ardente

Que embalam os grãos que vão alimentar tanta gente

És perfume, és esperança, és pão

Festas de mastros pelo São João

Onde se canta e dança, para esquecer os duros trabalhos do campo

Planície dourada, bonita namorada da madrugada

Que dorme a sexta na sala de entrada

Quando a calma é demasiada.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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publicado às 07:58

Bem-vindo Setembro!

por cheia, em 01.09.22

Bem-vindo Setembro!

 

O mês da transição do verão para o outono

Um mês temperado pelo amor

Suave e doce como uma flor

Sem frio nem calor

O primeiro mês que vi

Aquele em que nasci

Por quem tenho um eterno encantamento

Pelo mais belo momento

Que é o nascimento

Nenhum outro acontecimento

Tem tanto carinho e reconhecimento

Como o dia em que os nossos pais nos apresenta ao mundo

Dizendo: “a nossa filha/o, o nosso fruto, a coisa mais preciosa que temos”

E, daí em diante, vão viver em função daquele pequeno ser

Que vai levar tantos anos a crescer

Com quem tantos cuidados vão ter

Um dia inesquecível!

A preocupação com a sua semente nunca mais os vai abandonar

Esteja onde estiver, a preocupação vai-se manter

Seja homem ou mulher

Muito obrigado a todos os pais, mesmo aos que não o souberam ser

Não se nasce pai, nem mãe, passamos a vida a aprender

Não há nada que nos dê mais prazer, do que ver os nossos frutos crescerem e serem felizes

A vida é a mais fantástica e bela aventura!

Quantos de nós a souberam viver?

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:35

A seca em 2022

por cheia, em 05.02.22

A seca (2022)

 

Fevereiro quente traz o diabo no ventre

Fevereiro sem chuva não germina a semente

A Natureza toda se sente

Sem água, toda fica doente

Sem água, morre a semente

Não há vida, não há gente

Não há chuva, não há vida

A chuva, que tanta gente detesta

Faço-lhe uma festa

Venha chuva, com conta e medida

Não quero que morra a vida!

Se continuar esta seca

Na Primavera não haverá festa

As flores não desabrocharão

E os animais morrerão

À fome! Não há nada para a sua alimentação

A chuva não é agradável, não!

Mas é indispensável à vida

Temos de aprender a usar a água

Não podemos continuar a desperdiça-la.

 

José Silva Costa

 

 

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publicado às 22:32

Saber

por cheia, em 30.09.21

Saber de ti

 

O que a tua estrela não diz

Quanto quis!

Descobrir o que está por detrás do verniz

Da tua felicidade feliz

No teu cariz

Senhora do seu nariz

Enigmática no que diz

Inteligente!

Admirada por muita gente

Muito atraente

Como descobrir o que sente!

Se não consigo entrar na sua mente

Sempre alegre e contente

A simplicidade presente

Olhos de quem não mente

Uma mulher diferente

Excelente semente

Uma flor florescente

Uma formosa rosa

Uma eterna sedutora

Que um dia me beija

E, no outro diz, que não me conhece

Como é que de um dia para o outro se esquece!

 

José Silva Costa

 

 

  

 

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publicado às 07:54


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