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A Máscara
Por detrás da máscara
Que nos afasta
Há o desejo de um beijo
O ensejo de voltar a inalar o teu cheiro
Quanto mais tempo vamos ficar cada um para seu lado?
Com medo de nos contaminarmos
Só os olhos autorizam destapar
Porque eles conseguem à distância comunicar
Mas vamos ter que nos habituar
A, com os olhos outras mensagens, enviar
Já que os lábios, que tanto gostar de pintar
Para os realçar
Não os podes mostrar
Ah como gostaria de com isto acabar!
Dar mais apreço à liberdade de o rosto mostrar
Sem medo de que nos apontem o dedo
Ou nos mandem para casa de quarentena
Por causa da saúde pública
Que temos o dever de preservar
Seguindo os conselhos da Direção Gerar de Saúde
Há tantas coisas, que só lhes damos valor quando as perdemos.
José Silva Costa
O ambiente!
Que mundo tão controverso
Uns dizem sim, outros, o avesso
Ninguém se entende neste universo
Estamos, ou não seguros debaixo deste teto!
Uns dizem que sim, outros dizem que não
Não gosto de ouvir, nem ver, as pessoas dizerem
Que têm de ficar em casa, porque o ar está irrespirável
Por isso, fico muito confuso
Quando aparecem os sábios que sabem tudo
Que isto de preocupação com o ambiente
É coisa de miúdos e de pouca gente
Para eles, é uma moda, somente
Mas, eu que trabalhei numa avenida, onde tinha dificuldade em respirar
Acredito que têm de tirar os carros das grandes cidades
Para bem da saúde de toda a gente
É tão bom levar o popó, para dentro do emprego
Mas muito melhor é fazer um pouco de exercício
Mesmo que os sábios tenham razão
Quando dizem que o fumo perfuma os pulmões
É sempre bom aquecer os ossos, para que não enferrujem
Mesmo que seja só para reduzir o desperdício!
Já valeu a pena, lutar por um ambiente melhor.
José Silva Costa
Euro 2004
Dez novos campos de futebol de uma assentada
Num país rico, não custou nada
Todos os que encheram o Estádio nacional
Todos vestidos de igual
Deveriam ser condecorados pelo Presidente da República
Porque evitaram que o custo desses estádios fosse gasto em Hospitais, escolas, creches e em tudo o que supérfluo, neste país
Não se queixem por não construírem o hospital pediátrico do Porto, por as escolas continuarem cobertas de amianto, material fatal, para a vida
O dinheiro é como o cobertor, quando é curto, quando tapa a cabeça, destapa os pés, quando tapa os pés, destapa a cabeça
Para quem pensa que essa foi a melhor opção, saiba que ainda faltam pagar cento e sete milhões e quatrocentos mil euros
Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga.
José Silva Costa
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