Voltar ao topo | Alojamento: Blogs do SAPO
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A noite
Há noite há magia
Há noite os sonhos
Pintam alegria
A noite pare o dia
Há noite há um farol
A iluminar o mar
O marinheiro sonda o luar
Não vá o barco encalhar
Quer a lua namorar
O mar também a quer conquistar
Ela não sabe quem escolher
A quem namoro aceitar
Os dois gostava de a encantar
Vai continuar para todos sorrir
Sem ter de decidir
O sorriso não pode dividir
Com todos vai continuar a dormir
A todos inspirar
Sozinha se vai deitar
Sem ter com que se agasalhar
Tantos séculos magia a espalhar
Tantos poetas a enganar
Dizendo que é sua musa
Muitos continuam a esperar
Que as metáforas rompam o ar
Que os seus versos façam o mundo parar
Que a paz possa chegar
Que o ar se possa respirar.
José Silva Costa
A encruzilhada
Tempos densos
Jogos violentos
Noites afogadas em álcool
Vidas ceifadas nas madrugadas
Deslumbramento após o confinamento
Vidas sem sentido: nem trabalho, nem estudo
Passam os dias agarrados aos ecrãs
Sem perspetivas, nem futuro
O dia inteiro presos num muro
Sem falar, nem andar
Navegar em seco!
Na violência das “redes sociais”
Como é que nos vamos guindar, a novos patamares?
Se a transição do escuro para o verde vai ser desafiante
Vai exigir muita criatividade
Muita e boa mocidade
Onde não entra o muito álcool
Pensamentos com muita mais elasticidade
Exijamos mudanças nas políticas, para um melhor ambiente
Mas essas mudanças temos de ser nós a faze-las!
Novos hábitos de consumo
Preferir o que vem de perto
O que é da época
Para a eletricidade, temos de mudar
Para o fumo acabar
E a cidade poder respirar
E as crianças poderem, saudáveis, crescer
José Silva Costa
Natal
Neste Natal, embrulhe as suas prendas em sorrisos, beijos e abraços
Deixe de lado o plástico, o papel e o cartão
Vamos dar as mãos, por novas soluções
Para preservar o ambiente
Os recursos não duram para sempre!
Não podemos gastar tudo, no presente
Mesmo que a publicidade não pare de nos assediar
Para este e o outro mundo comprar
Como se tivéssemos necessidade
De todos os dias mudar de computador, televisão, telefone e de tudo mais
Que nos preenchem todas as horas
Não nos deixando falar, nem conviver
Passamos o tempo teclando no movimento
Cada qual para seu lado, sem trocarmos uma única palavra
Lá chegará o tempo em que não conseguiremos articular qualquer som
Perderemos a voz, só os dedos comunicarão!
Oratória, imprensa, televisão
Ninguém para a evolução!
Mas, não basta embandeirar em arco
Parar o carro e apagar as luzes uma vez por ano
Todos os dias temos de contribuir para melhorar o ambiente
Para podermos continuar a respirar
Porque em muitos locais já é difícil respirar
Há coisas, que os milhões não conseguem comprar!
José Silva Costa
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.