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Balela

por cheia, em 30.10.23

Barbárie

 

Aperta a mão ao teu irmão

Não mates o teu irmão

Tu e ele têm coração

As guerras são horrores em contramão

Nenhuma terá razão

Só matam, não dão pão

As vitórias são uma ilusão

Não sejas carne para canhão

Dá a mão ao teu irmão

Quem vos manda para a guerra não entra nela

O heroísmo é uma balela

O mundo morre por causa dela

A bala vai e vem

Mata o homem, a mulher e a criança, também

Tanta destruição de tanta habitação

Tanto suor em vão

O trabalho e o sonho de uma vida

Tanta canseira, num segundo destruída

Por seres mais forte, não espezinhes o teu vizinho

Porque podes ficar sozinho

Sem teres quem te dê a mão

Numa dura e triste ocasião

A vida é mais importante que toda a raiva arrefecida

E que todo o ódio acumulado, extravasado, pelo tempo adiado

Nada justifica a brutalidade das invasões

Nem retaliações, para matar as populações.

 

José Silva Costa

 

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publicado às 07:55

Os céus

por cheia, em 17.03.22

Os céus!

 

Os céus estão revoltosos, de cor de fogo

Este inverno parece um inferno

Os elementos revoltaram-se contra os tristes eventos

Não há rosas, nem suaves momentos

Só tempestades e ventos!

Não há brilho, nem sol que nos aqueça

Que despedida mais avessa!

De quem passou, quase todo o tempo, com uma promessa

De que seria um inverno vestido de Primavera

Mas, o homem rasgou a razão e avançou com o canhão

E, os tempos não ficaram indiferentes

Foram ao mal buscar as sementes

Para castigarem todas as gentes

Que colaboraram com mentes doentes

A esperança é que chegue depressa a Primavera

Que traga perfume e amor, e leve a guerra

Que os céus voltem a brilhar, sem poeiras, nem bombas

E se encham de pombas brancas

Que vença a paz!

Já que o homem não é capaz

De olhar para o outro como irmão

Tanto ódio, tanta violência, tanta destruição

Em vez de um abraço e um aperto de mão!

 

 

José Silva Costa

 

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publicado às 08:00

As guerras!

por cheia, em 28.02.22

Jovens mães carregam os filhos com a ajuda do brilho das estrelas

 (do poema o fulgor da Língua/ o Estado do Mundo)

 

As guerras

Nas guerras não há coração, nem razão

Matam, indiscriminadamente, por impulsão

A culpa é de quem construiu o canhão

Disparam, como se fosse para o ar, contra o irmão

Mais tarde, com todos os horrores, terão de conviver

Mas, por muito que chorem, não haverá perdão

Porque tinham de pensar, antes de, utilizar, a mão

Os gritos dos filhos, agarrados às mães, nunca mais o deixarão

Acompanhá-los-ão, para onde quer que vão

Foi brutal e triste a sua missão

Matar, nunca será de louvar!

Tudo devemos fazer para o evitar

Quem consegue suportar e ver?

A separação: crianças a gritarem, agarrados aos pais e às mães

Mas, os pais têm de ficar, para matar ou morrer

As mães seguirão, à procurar de quem lhes dê uma mão

de um lugar em paz, onde os possam criar

Onde, quem encontrarão, com coração, que as ajude a suportar a dor da separação?

Como suportar a humilhação dos ditadores assassinos, que lhes roubaram os companheiros,

os pais dos filhos, os seus cheiros, os seus beijos, os seus projetos?

Com os filhos nos braços, sem terem onde os agasalhar, sem nada para lhes dar

Têm de ser muito fortes, para tanto desespero conseguirem suportar!

Mas, serão eles que lhes darão a força necessária, para os criarem, com os seus sorrisos, beijos e a palavra mais doce e mais pronunciada: Mãe!

Que grande castigo! Dos que não têm cabeça nem coração que, por muito que falem, nunca encontrarão, palavras suficientes, para justificarem os disparates, os horrores, as mãos ensanguentadas, os ouvidos cheios de gritos, dos assassinatos cometidos.

 

 

José Silva Costa

 

 

  

 

  

 

 

 

  

 

 

 

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