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Barbárie
Aperta a mão ao teu irmão
Não mates o teu irmão
Tu e ele têm coração
As guerras são horrores em contramão
Nenhuma terá razão
Só matam, não dão pão
As vitórias são uma ilusão
Não sejas carne para canhão
Dá a mão ao teu irmão
Quem vos manda para a guerra não entra nela
O heroísmo é uma balela
O mundo morre por causa dela
A bala vai e vem
Mata o homem, a mulher e a criança, também
Tanta destruição de tanta habitação
Tanto suor em vão
O trabalho e o sonho de uma vida
Tanta canseira, num segundo destruída
Por seres mais forte, não espezinhes o teu vizinho
Porque podes ficar sozinho
Sem teres quem te dê a mão
Numa dura e triste ocasião
A vida é mais importante que toda a raiva arrefecida
E que todo o ódio acumulado, extravasado, pelo tempo adiado
Nada justifica a brutalidade das invasões
Nem retaliações, para matar as populações.
José Silva Costa
O Governo da Propaganda
Todos os anos o mesmo desespero
De alto abaixo, o País a arder
A única preocupação é que nenhum humano morra
Tudo o resto pode arder
“ Deixa arder que o meu pai é Bombeiro”
No último incêndio de 5 dias, entre Odemira e Monchique, um cidadão alemão disse para uma câmara de televisão: “ estavam três autotanques, bem equipados, mas ninguém fez nada”
Há dias, Tiago Martins de Oliveira, presidente da AGIF, I.P (Agência de Gestão Integrada dos Fogos Rurais, I.P, disse que os Bombeiros recebem por hectare ardido, palavras que incendiaram os Bombeiros e os Autarcas, caiu o Carmo e a Trindade!
O Ministro da Administração Interna disse que as palavras foram mal interpretadas, o costume
O Governo não se cansa de propagandear que tem não sei quantos meios aéreos, mundos e fundos. Mas, o que é que isso interessa, se o País continua a arder, e não arde mais porque, qualquer dia, não há nada para arder!
Por que razão não tentam salvar os pertences das populações?
Será que casas, animais, hortas, pomares, vegetação, biodiversidade não merecem mais atenção!
Ignoram, os que, sempre, viveram à conta do Orçamento Geral do Estado, que é com o que arrancam da terra, que complementam as miseráveis reformas, sem nunca terem domingos, feriados, férias, tolerância de ponto, trabalham 365 dias por anos, para que os animais, também, comam todos os dias!
Em vez de tentarem proteger as casas, construídas com o suor de uma ou mais gerações, arrancam as pessoas das suas casas, sem olharem ao sofrimento, que lhes causam
Como é que querem revitalizar o Interior, se os poucos que arriscam investir em pequenos negócios, ficam sem nada de um momento para o outro?
Toda a nossa gratidão, para com os Bombeiros, é pouca, porque eles, muitas vezes, arriscam as suas vidas, para salvar a do próximo
Estão as 24 horas de prevenção para acudir em caso de desgraça
Não podem viver de esmolas e da venda de rifas!
Têm de ser pagos e reconhecidos de acordo com os valiosos serviços, que prestam às populações.
José Silva Costa
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