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E-Lar
O dinheiro do E-lar evaporou-se num ápice
Só os mais rápidos conseguiram inscrever-se
Os que mais precisavam ficaram de fora
Por que razão não começaram pelos mais pobres?
Se sabiam que não tinham dinheiro, para contemplar todos
Se não querem que ninguém fique para trás, como gostam de propagandear
Deviam ter em conta os que não têm acesso à Internet, nem a sabem utilizar
Mas, a Ministra parece que não conhece o país, ou quis tentar, com toda a pressa, angariar votos, para as eleições autárquicas, dirigindo a campanha para os possíveis eleitores do seu Partido
Se foi essa a intenção, prestou um mau serviço à democracia
Aqueles que servem os senhores, que conseguiram deitar a mão a esse dinheiro, não são parvos: sabem que ninguém gosta de injustiças, fazendo com que se revoltem, e na primeira oportunidade se vinguem
São essas medidas, que têm feito com que os mais pobres, os mais abandonados votem na extrema-direita
Portugal é um país solidário, ou 308 quintais, em que cada presidente de Câmara tenta tudo oferecer, sem que haja uma coesão territorial?
Nas grandes cidades, onde têm tudo à mão de semear, oferecem transportes públicos, na província, onde já não têm serviços públicos, nem sequer um multibanco, nem pagando, têm transportes públicos
Senhores Governantes, se continuarem a cavar desigualdades, a dizerem que tudo são maravilhas, que nascer nas ambulâncias, ter hospitais fechados, não ter médico de família, creches, jardins-de-infância, professores, estações de correio, multibanco, serviços públicos é normal. Assim, como esperar anos por uma consulta ou uma cirurgia é aceitável. Então, não se queixem, nem se admirem do Chega continuar a crescer
Os Partidos tornaram-se em agremiações fortificadas, que só ouvem os seus militantes, a não ser quando precisam de caçar votos. Assim, os que não conseguem obter respostas, para os seus problemas, só lhes resta utilizarem o único poder que têm: votar em quem lhes promete tudo, mesmo que não faça nada, “pior não fica”, supõem eles.
José Silva Costa
Abril 2025
Abril colorido, florido, que ficará, para sempre, associado à Liberdade
Foi um grito, pelo mundo, ouvido, foi o alívio de muitos séculos de escravidão
A Revolução dos cravos, em que os canhões estiveram calados
Os corações floriram nos lábios dos que nunca tinham gritado Liberdade
Foi gritado, por todo o lado, em todos os continentes, por gentes diferentes
Uma ditadura, podre, caiu na rua, com a ajuda de um molho de cravos vermelhos
Todos estavam incrédulos com o que estava a acontecer, todos saíram à rua, para ver
Um punhado de militares, cansados da guerra, queriam entregar o poder ao povo
Um povo amordaçado, viciado no fado, nunca tinha tido poder, só sabia o que era sofrer
Nem sabia como o exercer, o ditador sempre lhe disse: “ se soubessem quanto custa mandar, preferiam obedecer”
Sofrer, calar, trabalhar, morrer, rezar, nada de pensar, nem de falar em liberdade, quanto mais votar
Estaria o mundo a desabar, para alguém se lembrar, que o povo, melhor vida, queria
O poder tem subir e descer, como os alcatruzes da nora que, enquanto uns sobem outros descem
Os militares deram o poder ao povo, mas ele não sabia como o exercer, em 1966, nas primeiras eleições universais e livres, foram ver como era, quase todos foram votar
Depois, começaram a faltar, a deixar nas mãos dos outros a sua escolha, como se puder votar, não fosse muito bom, para aproveitar a única altura em que temos o puder, e a pudéssemos desperdiçar!
Muitos, nunca exerceram o seu poder, esquecem-se de que votar é um dever. Mais, uma obrigação de contribuir, para a governança do país, cujos políticos não conseguem cumprir as legislaturas, fazendo com que o país esteja cada vez mais atrasado, sempre parado
Os que tiveram a sorte de nascer em democracia, não fazem ideia do que é viver em ditadura
Quem não quiser viver em ditadura, não pode deixar que sejam os ditadores escolherem os destinos do país, eles estão sempre à espreita, se poderem abocanhar o poder, nunca mais o largam
Não nos faltam exemplos, alguns recentes. Quem quiser Liberdade, tem de a defender, com unhas e dentes.
José Siva Costa
Presidenciáveis!
O cargo de Presidente da República é muito importante. Assim, devemos saber o que pensa, quem vamos eleger
Deve ser uma personalidade, que já tenha dado provas de ser democrata, que respeita a Constituição, que cada um lê de acordo com os seus interesses, porque depois de eleita, representa todos os portugueses
Em último caso, é ela que tem de defender todos os portugueses, e não este ou aquele partido ou grupo
Tem um poder muito importante, o de dissolver o parlamento, onde estão representados todos os portugueses. Por isso, tem de ser uma personalidade ponderada, que respeite a opinião de todos, que não esteja convencida que é ela que sabe tudo, que a vontade dos eleitores não conta, para nada, como, infelizmente, temos visto em tantos pontos do globo
Parece que, cada vez, vemos mais presidentes a não respeitarem o poder dos eleitores: dissolvendo parlamentos, escolhendo primeiros-ministros, passando por cima dos partidos e da vontade dos eleitores, dando ordens aos militares para invadirem os parlamentos, por estes os contrariarem
Não devemos eleger militares ou ex-militares, porque a sua missão é muito importante, mas não a de governar. Têm de estar acima de interesses partidários e do poder, para puderem, em último caso, se os órgãos de soberania não cumprirem com os seus deveres, serem eles a fazer com que os cumpram, para isso, lhes entrgamos as armas.
A democracia é uma bonita flor, mas muito frágil, ao mais pequeno espirro fica constipada, só sobrevive se houver imprensa livre, se houver liberdade, se nos deixarem votar, se não autorizarmos que emendem a constituição, para se eternizarem no poder
Se todos soubesse-mos, o nosso poder, quando nos chamam a votar, não haveria abstenção, é lamentável que tenhamos, nas nossas mãos, o poder, e o atiremos para o lixo, como se não servisse para nada
Nas próximas eleições, em todas as eleições, não deixem de votar. Em democracia, o poder está nas nossas mãos, está nas mãos dos que votam, os qu não votam não contam.
José Silva Costa
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