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A chuva
O verão já ia longo
Não queria dar lugar ao outono
O vento acordou do sono
Trouxe a chuva ao ombro
Que há muito tinha adormecido
Que não deu por estar atrasada
Costumava chegar pelo quinze de agosto
Este ano chegou um mês atrasada
Depois, ainda, tirou mais um mês de férias
Espero que não queira, agora, chover tudo de uma vez
Ainda temos mais meio mês de outubro
E meses sem fim, que gostam de ser lavados
Mas com água suave, para os massajar
Sem pressas, nem vagares, na medida certa
Para que a possamos apreciar, guardar, admirar
Sem ela não há vida, mas também tem tirado muitas vidas
Temos de atribuir à água mais valor
Não podemos continuar a desperdiça-la como se não valesse nada
Se lhe atribuirmos o valor do ouro
Será mais difícil estragá-la
Talvez, até faça com que passemos a poupá-la
Cai do céu, mas nem sempre
E, nós todos os dias a utilizamos
Sem ela não há vida!
José Silva Costa
As Mulheres!
As mulheres estão a assumir cargos muito importantes, o que é natural, por estarem em maioria, e nalguns países serem mais qualificadas
Três mulheres ocupam, atualmente, cargos importantes, que podem ajudar o Mundo, nos difíceis tempos que nos esperam
Kristalina Gueorguieva, Presidente do Fundo Mundial Internacional, Christine Lagarde, Presidente do Banco Central Europeu e Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia. Parecem estar de acordo quanto às políticas a seguir, para que o Mundo tente evitar uma catástrofe, quase certa
Defendem uma mudança no setor da energia, substituindo a energia de origem fóssil e nuclear por energia renovável
Também querem um forte reforço no digital, o que pode vir a ser muito útil, em tempo de pandemia, para que a sociedade não pare e se possa cumprir o afastamento físico
Acho que já ninguém dúvida que as alterações climáticas vieram para ficar, causando grandes catástrofes em muitos pontos do globo
O que fará com que tenhamos de modificar quase tudo: indústria, comércio, consumo, horários, transportes, etc.
Todas as mudanças se confrontam com a inércia, ou ainda pior, com a recusa em mudar
Parece que todos estão de acordo que esta pandemia só se vence com solidariedade
Mas, quando vemos o que se passa com a reabertura das fronteiras, na União Europeia, mais parece uma desunião
Não estão a dar mostras dessa solidariedade, que dizem ser tão necessária, ainda, por cima, os critérios, para a discriminação deste ou daquele, são baseados em resultados fraudulentos.
Se fazem isto para tentarem ficar com os poucos ossos, que restaram
do turismo, o que farão para ficarem com a futura carne!
Estamos endividados até ao último cabelo, temos o país parado, quando regressarem de férias, no privado, ficará quase tudo desempregado, como vamos dar conta do recado!
Ansiamos pela vinda do dinheiro da Europa, para ver se o barco não vai ao fundo
Mas, quem tem a chave do cofre, não o quer entregar, sem forte controlo
E, têm toda a razão, porque tem de ser aplicado naquilo, que julgam ser a nossa salvação
Para além de que se pode perder nos bolsos da corrupção, como todos sabemos, e para os que já se tinham esquecido, saiu um relatório, lembrando que nos últimos dez anos, as fraudes em subsídios europeus atingiu 2,3 mil milhões de euros, o dobro do que vamos enterrar na TAP
Minhas Senhoras! Deem, aos que sempre Governaram o mundo, uma grande lição, mostrando que nunca fizeram nada de jeito
Quem conseguir levar o vírus de vencido e equilibrar o mundo, merece todo nosso respeito
Estamos consciente do que aí vêm, mas estou certo de que as mulheres lhe conseguirão dar um jeito
Só elas sabem como nos criaram, com o seu peito
Todos temos o dever de colocar todo o nosso saber na construção de um mundo melhor, para todos!
Se há coisa que este vírus nos ensinou, é que somos todos vulneráveis, mesmo que tenhamos redomas de ouro
E que ninguém cá fica, nem, nenhum tesouro, leva
O melhor tesouro será ver um Mundo Melhor.
José Silva Costa
A Chuva
São correntes de ouro a caírem do céu
Neste Abril chuvoso
Tão limpas como o amoroso
Quando as vimos contra os raios solares
São vida para plantas e animais
A Natureza está agradecida
Por tanta quantidade de água
Não posso ir ver se o rio vai alteroso
Mas, bem a vejo
Da minha janela
Quando a chuva passa
A espreguiçar-se, a sorrir, a esfregar os olhos
A beijar o vento de tanto contentamento
Abraçada ao sol, como se estivessem a combinar
Tudo fazerem germinar
Para todos alimentar
É na Primavera
Que os cereais costumam namorar
E, esta chuva, agora mais limpa, a todos vem abençoar
Num tempo em que só à janela podemos assomar
Devemos estar gratos por podermos continuar a ver
A chuva, o vento, o sol, a lua, todos juntos, na rua.
José Silva Costa
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