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Outono!

por cheia, em 22.10.25

Outono

Nestes rudes tempos, indiferente à brutalidade, continuas a tua missão

Recolher as secas folhas, lavar as árvores, para receberem o inverno

Mas, as guerras, essas não param, continuam a alimentar o ódio

Os agiotas continuam a amontoar o dinheiro, vivem do seu cheiro

Tudo inútil, tudo sem futuro, tudo para criar fome, dor e morte

Nunca ouviram o puro choro do nascer de uma criança

A pedir, pão, paz, educação, habitação, futuro sem opressão

Mas, os donos do mundo não as ouvem

Só ouvem o telintar do ouro, como se isso fosse bom para o povo

Mais tarde ou mais cedo chega a chuva e o frio

Os migrantes dormem à porta da AIMA, no conforto do humanismo

Saboreando a nova política de acolhimento com dignidade

Dando um novo e bonito colorido à cidade

O Ministro bem os quer enganar, dizendo que podem utilizar o colo da Internet

Mas, eles o que querem é que lhes resolvam os problemas

Estão fartos de sistemas, da burocracia, da exigência de documentos, sem fim

Assim, preferem dormir nos braços da adorável AIMA, à espera de um milagre

Na confortável cama da discriminação da lei dos estrangeiros

Tão boa, para quem tem muito dinheiro, num país tão interesseiro.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:49

...

por cheia, em 25.04.21

25, de Abril

Madrugada determinada, há muito sonhada, que mudou o Mundo

Povos oprimidos, depois de cinco séculos, assumiram os seus destinos

Mas, não há parto, que não seja doloroso, só suavizado pela alegria de um novo ser

 Cortar o cordão umbilical, velho de séculos, foi matar muito jovem, foi muita carne para canhão

Foram treze anos de guerra, de atrocidades sem nome, por pura insanidade

Cortar um cordão umbilical com catanas, granadas, balas, minas, e no céu, para além dos aviões, helicópteros com canhões

Mães sem filhos, mulheres sem maridos, namoradas sem namorados, pais sem filhos, filhos sem pais

Quão difícil é criar e educar uma criança, fará uma nação!

Mas, há sonhadores, que acham, que depois do sangrento parto, ainda podíamos impor as nossas leis

Pura ilusão, depois de armas na mão, ninguém aceitaria essa decisão

Os que beneficiaram da opressão achavam-se no direito de saírem da contenda, sem nenhum beliscão  

De um lado e doutro pagámos muito cara a separação, que era inevitável

Que, só uma parte não queria, mas que todo o mundo exigia, incluindo o Papa, que já tinha recebido os dirigentes dos movimentos, que lutavam pela independência

Podíamos ter aprendido, com os que já tinha feito a descolonização, mas, não! Diziam-nos que eramos diferentes, que podíamos oprimir os outros povos, durante mais séculos, eternamente!

Há quem queira diminuir este acontecimento, comparando-o ao 25 de Novembro

Mas não há comparação, porque o 25 de Abril teve repercussões mundiais

Mais meia dúzia de novas nações, em dois continentes, muitos milhões de corações

Que vibraram de alegria, mesmo que um país não se crie, num dia

Muito obrigado a todos os que contribuíram, em especial aos Capitães, para um inesquecível dia.

 

José Silva Costa

 

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publicado às 08:12


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