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Flores vermelhas
Flores quentes de Junho
Amores doces de verão
Apertam o meu coração
Beijos eternos te verão
Os meus olhos rasos de comoção
Nos teus rosáceos lábios de romã
Deposito os meus desejos
Ver-te feliz são os meus ensejos
Na formosura dos teus beijos
Aqueço todo o meu corpo
Na silhueta do teu olhar
Vejo todos os meus sonhos a navegar
Minha flor, quão doce é o amor
Embalado pela tua formosura
No ar puro da tua doçura
Onde colocamos a noite segura
Com a lua esguia à mistura
A iluminar os beijos na tua cintura
De bailarina de dança do ventre
Nas mil umas noites dormidas no vento
Os bonitos sonhos foram o nosso sustento
Nos teus sedosos cabelos coloco um beijo sedento
Meu amor, minha flor, somos o fermento
Abraçados continuaremos a desafiar o momento.
José Silva Costa
A moda
Estamo-nos a despedir do mar
As aulas vão começar
Mais um verão a terminar
Vem aí o doce setembro, para saborear
Podemos, até continuar a ver o mar
Mas, as idas à praia vão acabar
Os dias mais pequenos não nos permitem navegar
O material de praia temos de arrumar
Mais um ano à espera que as férias não se esqueçam de chegar
Não se pode passar a vida só a trabalhar
Porque o vento pode acabar
E, nós podemos ter pena de não o ter visto passar
O tempo não para, nem para descansar
Esse é que passa a vida, sempre, a trabalhar
Nós, por vezes, bem queríamos que descansasse
Mas, ainda bem que não nos obedece
Senão, podíamos estica-lo de mais
Assim, as horas, os dias, as semanas, os meses, os anos passam sem que possamos interferir
Tudo o que podemos fazer é aproveitá-lo o melhor que soubermos e pudermos
Vamos, novamente, a correr para o inverno!
É um grande privilégio estar constantemente a mudar de visual
Cada dia, cada estação veste-se de maneira diferente
E, isso interfere com a nossa imaginação
Queremos acompanhar toda essa variedade com muita atenção
Porque temos de adaptar os nossos hábitos e o vestuário à sua condição
Um grande desafio para quem impõe a moda
A quem muita gente obedece
E, se não andar nela, nem se quer adormece
Que bom, vestir o que me apetece!
Desde que não colida com a harmonia consentida.
José Silva Costa
Lua Cheia!
Não encendeis a minha candeia
Há noite, depois da ceia
A tua magia aumenta a fantasia
Não durmo como dormiria
A tua luz os olhos fere!
Uma energia, que os impede de se fecharem
Sei que interferes nas ondas do mar
Como me impedes de, os meus sonhos, navegar
Tenho de esperar que te deites
Para poder, enfim, descansar
Lua de quatro fases e de outras tantas faces
Ao longo dos séculos, quantos encantaste?
Quem amaste!
Misteriosa, bela, encantadora
Todos te têm cantado
Inspiradora de almas noturnas
Que não obedecem à noite
Que não adormecem
Que se portam como se o sol nunca se pusesse.
José Silva Costa
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