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125€
Mais de 260 mil!
Mais de 260 mil ainda não receberam a fortuna dos 125€, que poderiam ter mudado as suas vidas
O Sr. Medina, que não conhece o país que governa, acha que todos têm chorudas contas bancárias
Desde o anúncio da grande prenda de Natal de 2022, que o arrogante Senhor disse que tinham de ter um IBAN
Coadjuvado pelo seu Secretário de Estado das Finanças, que garantiu todos os meses correr o programa, para ver se as pessoas já tinham decidido revelar o seu IBAN às Finanças, o que lhe valeu a promoção para braço direito do primeiro-ministro, em substituição do que teve de pedir a demissão, por ter dado 200 mil euros a um amigo, para construir um barracão, que ainda aguarda o lançamento da primeira pedra
Depois de todos estes meses, ainda há mais de 260 mil que continuam a guardar os milhões nos colchões, não querendo cumprir as ordens dos mandantes
Só pode ser por não quererem nada com os Bancos, que cobram muitos euros pela manutenção das contas, uma vez que os bons salários, que todos os portugueses recebem, dão bem para ter várias contas bancários e cartões de crédito!
O que me preocupa é os Senhores Jornalistas, que assistiram ao anúncio desta medida, não terem questionada o Ministro, como receberiam os que não tivessem com ta bancária
Será que, também, eles acham que todos os trabalhadores têm conta bancária!
Agora, segundo as notícias, os Governantes vão dar uma nova oportunidade, para que indiquem um IBAN, seja de quem for
Continuo a perguntar, e quem não conseguir alugar, comprar, roubar um IBAN, quando e como receberá a tão aguardada fortuna?
José Silva Costa
Dezembro
Um mês em que muitos põe um sorriso diferente, mas que não é para sempre, é só porque é o mês do Natal
Mas, infelizmente, nem todos conseguem essa maquilhagem anual, uma vez que os comerciantes capturaram o Natal, para o tornarem num mês de desenfreado consumismo
Aqueles que não conseguem acompanhar esse despesismo, só lhes resta desesperar, por as prendas não puderem comprar
A troca de prendas tornou-se quase obrigatória, e isso faz com que muitas pessoas, em vez de um Natal em festa, tenham um Natal amargurado
As exigências de filhos e netos faz com que alguns pais e avós tenham um Natal muito triste, por não terem possibilidades de lhes comprarem prendas para colocarem no sapatinho
Dezembro já ia avançado, uma Senhora entrou no comboio, ainda não ia apinhado, as portas ainda fechavam, não tinha posto o sorriso do Natal, mal se sentou, tirou da mala uma calculadora, uma esferográfica e uma folha de papel com nomes e números
Fazia contas à vida, tentava encaixar as pendas de Natal, no subsídio de Natal
Contas e mais contas, nos intervalos arrepelava os cabelos, falava sozinha, perguntava a si mesma o que fazer, foi assim toda a viagem, e não conseguiu aprovar o orçamento
Hoje, todos somos bombardeados com publicidade, cada vez mais apelativa, capaz de nos influenciar na compra de mais coisas, mesmo que não necessitemos delas
Muitas crianças não conseguem compreender a razão por que pais e avós não lhes compram o que eles querem, a sua tenra idade, ainda não lhes permite perceberem as dificuldades por que passam as suas famílias
O Mundo, infelizmente, será sempre muito desequilibrado, com muitos muito pobres e poucos muito ricos, que têm mais que todos os muitos muito pobres!
Neste mês de reflexão, pensemos nos que não têm nada, na maneira como os poderemos ajudar, não com esmolas, mas com direitos
Os políticos incompetentes, incapazes de fazerem reformas, que poderiam tornar o mundo melhor, optam por dar esmolas, numa tentativa de enganar os eleitores
Mas, pior que ser enganado, nos países onde se pode votar, é viver sob regimes autoritários, onde não se pode abrir a boca
Para todas e todos, um Feliz Natal e um Ano Novo próspero.
José Silva Costa
Mazelas da Guerra
Continuação
O Natal de 1969
Para muitos era primeira consoada passada fora do calor familiar
Na guerra nunca nos faltou álcool, quanto a mim, responsável por muitos acidentes
Duas fábricas de cerveja trabalhavam 24 horas por dia, para que nunca faltasse cerveja, bem ou mal fermentada
Havia quem se gabasse de beber uma grade, 24 garrafas, de cervejas até ao almoço
Os oficiais e sargentos tinham direito, por mês, a adquirirem, a bom preço, 2 garras de bom uísque escocês, conhaque francês, para que nunca nos faltasse álcool
Quando chegaram as 24 horas do dia 24 de Dezembro de 1969, já estávamos quase todos alcoolizados
Depois de ter estado na messe de oficiais e sargentos, onde nos reunimos todos, incluindo as esposas dos Sargentos, para a noite da consoada, e aproveitámos para ouvir a mensagem de Natal, do Agostinho Neto, em que ele dizia, “ este é último Natal, que os colonialistas portugueses passam em Angola”
Pela meia-noite fui à caserna dos soldados, para dar um abraço aos elementos da minha secção
Deparei com um sofrimento inimaginável: choravam, abraçavam-se, como se o mudo estivesse a acabar
Abraçaram-me, choraram no meu ombro, tentei que percebessem que era um dia como outro qualquer, que também estava a sofrer, como eles, por não estar com a família, mulher e filha
Só quando o cansaço e o sono os chamou para a cama é que consegui sair de lá
Já tentei lembrar-me do Natal seguinte, mas não me consigo lembrar de nada, o que quer dizer, que não teve o dramatismo do primeiro Natal, passado em Angola.
O ano novo trouxe más notícias.
Continua
A Consoada
Ao Natal, ninguém fica indiferente
Muito ou pouco, todos são tocados por esta época diferente
As famílias enfeitam as casas para a celebração do Natal
A noite da consoada, é, por todos, a mais aguardada
Há dias, duas das nossas netas, no meio de beijinhos e abracinhos, lá foram lembrando à avó, do que não se podia esquecer, para a noite da consoada
Bacalhau com natas, o galo caseiro assado no forno e o seu famoso arroz-doce
Um arroz-doce em que os ovos são substituídos por pudim baunilha
Uma receita, que ela viu, há muitos anos, numa embalagem do pudim baunilha
São estes conhecimentos, passados de geração em geração, ao longor dos séculos
Que fazem com a nossa comida e os nossos doces sejam tão apreciados, por todos
Iguarias enriquecidas com sabores, que trouxemos do resto do Mundo
Especiarias, novos produtos, sabores diferentes, tudo contribuiu, para a saborosa variedade
As famílias, à medida que vão crescendo, por integração de elementos de outras terras
Também se vão adaptando aos sabores dos novos elementos, acrescentando novos pratos à ceia de Natal
Assim, todas as famílias, tentam brindar os novos elementos, com os sabores com que cresceram, depois de deixarem os berços
Uns não abdicam das couves cozidas com bacalhau cozido
Outros só comem bacalhau, se for assado nas brasas
E, há quem não passe sem o polvo
Para agradarem a todos, nesta noite tão especial, há muito trabalho a realizar
Os dias, que a antecedem ,são de labuta aturada
Todos devem colaborar, para que as protagonistas, também possam saborear
Na paz da alegria, a mais importante reunião da família
O desembrulhar das prendas é um momento de magia, pelo menos, para os mais pequenos
Com a satisfação de terem sido ouvidos, pelo Pai Natal, nos seus pedidos e sugestões
Um Feliz Natal.
José Silva Costa
,
Faz de conta
Começaram as férias escolares do Natal
Vamos brincar ao faz de conta
Uma brincadeira muito apropriada
Para fazermos com as crianças
Principalmente quando nos obrigam a comer
Aquelas comidas invisíveis, que elas confecionam
Com a ajuda das fadas, em que só vemos o prato, garfo e colher
Mas que fazemos de conta, que nunca comemos melhor comer
Faz de conta que ninguém morre por comer demais ou de menos
Faz de conta que ninguém dorme na rua, porque todos temos direito a um lar
Faz de conta que Natal é todos os dias, e não um dia
Faz de conta que o texto, sobre banqueiros e políticos corruptos, foi publicado
Faz de conta que todas as guerras acabaram, para poder dormir descansado
Faz de conta que as imagens do Iémen, que já vimos em tanto outro lado, são um fantasiado
Faz de conta que o meu blog foi publicitado
Faz de conta que vivemos no mundo das fadas, um mundo onde não há impossíveis e tudo é perfeito, sem refugiados, esfomeados, deserdados
Desejo-vos um feliz Natal, mas não de faz conta, real.
José Silva Costa
Natal
A magia do Natal
Não são só as crianças que se agitam, nesta época
Também os adultos se adaptam à magia do Natal
Mudando o relacionamento para com que se cruzam, no dia-a-dia
Desejando a todos, um feliz Natal e um bom Ano Novo
Há harmonia no ar que se respira!
É pena que não pratiquemos este relacionamento, todo o ano
Dando atenção a quem nos rodeia, com um sorriso nos lábios e uma palavra de fraternidade
Em vez dos palavrões a saltarem, por todo o lado, no trânsito, acelerado
Mas é das crianças este tempo, de Natal, antecipado
Tentando sensibilizar os familiares a investirem nas prendas, que nomearam, para presentes deste Natal
Um treino a pensar numa futura ida a uma Web Summit
Imitando o que fazem os inventores com os investidores
Da América, nos últimos tempos, com maus ventos
Chegou-nos um bom presente
Mais de cem mulheres, de todas as cores, credos e orientações sexuais, foram eleitas nas eleições intercalares
Uma das eleitas para a Câmara dos Representantes, de origem africana, disse que não subia ao palanque, para cantar vitória, o que, só faria sentido quando houvesse igualdade de oportunidades
Bem ao contrário do que o que se passa cá no sítio
Onde cantaram vitórias, nas tragédias, que queimaram o trabalho de muitas vidas!
Boa escolha de prendas, para este Natal.
José Silva Costa
É Natal
Todos os dias são dias, de Natal
Celebremos o nascimento
Celebremos todos os nascimentos
É o nosso mais alto momento
É o início do nosso andamento
Que todos desejamos
Seja longo e feliz
Com saúde e amor
É Natal
As estrelas brilham no ar
É um momento de paz
Que faz com que a família se una
Para comemorar o nascimento
De uma frágil for
Que necessita de todo o calor
De todo o amor
Para crescer
Para se tornar
Mulher ou homem
Para ser mãe ou pai
Para mais tarde ansiar
Ser avó ou avô
Na esperança de que o peso dos anos
Lhes tragam a mais bela lembrança
Bisnetos e bisnetas
E a paz eterna.
Para todos, um feliz Natal
José Silva Costa
Natal
O branco frio chegou
Carregado de calor humano
Na época do Natal
O frio rodopia por entre a multidão
Só se ouve: Feliz Natal!
As pessoas atropelam-se na ânsia de comprar
Uma prenda para, no sapatinho, colocar
Irradiam alegria, nas suas correrias, para tudo comprar
Para que no dia mais festejado, o Natal se sinta desejado!
É com muito entusiasmo, que todos regressam
Às suas origens, aos braços dos amigos, aos sítios dos seus primeiros dias
No calor da lareira, na mesa farta, na emoção de todas as recordações
Uma noite inesquecível, que de repente se evapora
Enquanto dão voltas à memória!
Um dia de confraternização, com não há outro igual
No dai seguinte, tudo desalvora
Na esperança de no próximo ano voltar
Fazendo com que se sintam revigorados
Para mais um ano enfrentarem
Sem que o frenesim do dia- a- dia os consiga esmagar!
As localidades voltam à sua pacatez
Até que a invasão volte outra vez!
José Silva Costa
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