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Nascer, em Portugal!

No Hospital Santos Silva, um bebé, que tinha pressa em deixar a barriga da mãe, não teve quem o emparasse e bateu com a cabeça no chão da receção do Hospital

Parece que não se magoou, mas já lhe fizeram três TACS, da radiação não se livra

Parece estão a experimentar novas formas de receção aos bebés, quando chega a hora de abandonarem a barriga das mães:

Em ambulâncias

Na via pública

No chão da receção do Hospital

Será que vão continuar a experimentar, novos sítios agradáveis, para os bebés nascerem?

Nas ambulâncias dos Bombeiros da Moita, este ano, já nasceram quinze

A continuar assim, são desnecessárias as Maternidades, deem liberdade aos bebés, para nascerem onde quiserem

Às mães, os patrões já lhes dão toda a liberdade

No ano passado 2.170 perderam o emprego, porque deixaram de ser rentáveis

Parir, amamentar, cuidar dos filhos pode trazer alguns constrangimentos às empresas, fazendo baixar os dividendos, coisa que os acionistas não permitem

Por que razão nesta campanha eleitoral para as Câmaras, só falam de habitação?

É mais uma moda, já temos creches, jardins-de-infância, lares, cuidados continuados a mais

Acabe-se com tudo o que não dê lucro

Porque o plano para sermos o país mais rico do mundo, já está em marcha.

José Silva Costa

Bem-vindo, Outono!

Como são bonitas as tuas cores!

Quentes, para nos aquecerem o olhar

São as cores das árvores

A despedirem-se dos nossos olhares

Vão despir-se, vão mudar de visual

Vão passar, o inverno, despidas

Para, na primavera, nos surpreenderem

Com as suas cores garridas, todas floridas

A deslumbrarem-nos, todos os dias

Como só a Natureza o sabe fazer

Para nosso inteiro prazer

Fazendo-nos, as tristezas, esquecer

Mostrar, que o mundo está sempre a mudar

Que se está, sempre, a renovar

Que haverá, sempre, um novo dia

A irradiar alegria, seja noite ou dia

Por muito que o dia nasça triste

Há, sempre, o sorriso de uma criança a crescer

E, o choro de outra a nascer

Para que o mundo não pare de correr

A renovação possa acontecer

E, possamos, com alegria, viver.

José Silva Costa