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Mar morto
Oh bonita e formosa Europa!
Os teus nem sempre te dão o teu devido valor
Mas não falta quem queira em ti viver
Arriscam tudo, sujeitam-se até a morrer
Metem-se em pequenos barcos para em ti entrar
Nada os faz parar, querem encontrar onde sonhar
Muitos têm pago com a vida o sonho de viver
O teu mar tornou-se num grande cemitério
Mas quem foge da fome, da guerra, de nada tem medo
A vida de quem tem sonhos é um grande enredo
Não pode toda a vida esperar, mais tarde ou mais cedo
Faz-se ao mar, semeia todas as esperanças, para colher os sonhos
Nem todos os querem acolher, mas não os podemos deixar no mar morrer
Melhor seria que pudessem viver onde nasceram
Mas, para isso era preciso que houvesse equilíbrio entre pobres e ricos
Cooperação, solidariedade, menos vaidade, desperdiço e mais humanidade
Ninguém é feliz rodeado de esfomeados, maltratados, explorados
Para muitos a vida é feita de muitos riscos
Outros só conhecem o paraíso
Infelizmente, os donos do Mundo estão, de novo, em grande competição, para encontrarem o vencedor
Até o vencedor ser encontrado, vão matando, a-torto-e-a-direito, sem dó nem piedade
Acima de tudo está o seu poder e a sua vaidade.
José Silva Costa
25, de Abril
Madrugada determinada, há muito sonhada, que mudou o Mundo
Povos oprimidos, depois de cinco séculos, assumiram os seus destinos
Mas, não há parto, que não seja doloroso, só suavizado pela alegria de um novo ser
Cortar o cordão umbilical, velho de séculos, foi matar muito jovem, foi muita carne para canhão
Foram treze anos de guerra, de atrocidades sem nome, por pura insanidade
Cortar um cordão umbilical com catanas, granadas, balas, minas, e no céu, para além dos aviões, helicópteros com canhões
Mães sem filhos, mulheres sem maridos, namoradas sem namorados, pais sem filhos, filhos sem pais
Quão difícil é criar e educar uma criança, fará uma nação!
Mas, há sonhadores, que acham, que depois do sangrento parto, ainda podíamos impor as nossas leis
Pura ilusão, depois de armas na mão, ninguém aceitaria essa decisão
Os que beneficiaram da opressão achavam-se no direito de saírem da contenda, sem nenhum beliscão
De um lado e doutro pagámos muito cara a separação, que era inevitável
Que, só uma parte não queria, mas que todo o mundo exigia, incluindo o Papa, que já tinha recebido os dirigentes dos movimentos, que lutavam pela independência
Podíamos ter aprendido, com os que já tinha feito a descolonização, mas, não! Diziam-nos que eramos diferentes, que podíamos oprimir os outros povos, durante mais séculos, eternamente!
Há quem queira diminuir este acontecimento, comparando-o ao 25 de Novembro
Mas não há comparação, porque o 25 de Abril teve repercussões mundiais
Mais meia dúzia de novas nações, em dois continentes, muitos milhões de corações
Que vibraram de alegria, mesmo que um país não se crie, num dia
Muito obrigado a todos os que contribuíram, em especial aos Capitães, para um inesquecível dia.
José Silva Costa
Obrigado, Greta Thunberg
Obrigado por teres feito pelo ambiente mais, neste ano, do que todos os políticos em dez anos
A juventude entendeu a tua mensagem, porque é genuína, sem qualquer condicionalismo
Só uma pessoa livre, jovem, determinada poderia abraçar, com tanto fervor, esta causa
Não é fácil abdicar de tudo: o doce lar, a família, os amigos, o país, o futuro
Para ir, pelo Mundo, interpelar os políticos e forçá-los a fazerem qualquer coisa pela natureza
Nem que para isso tenham de enfrentar alguns interesses instalados, que não querem, privilégios, perder
Por isso, tantos te contestam, com os mais ridículos pretextos, como: por seres jovem não tens nada a dizer nem a ensinar-nos, os teus seguidores não serem exemplares!
Como se em todas as outras organizações, todos os seus membros fossem dignos de admiração
Não tivessem elementos, que delas se aproveitam, para praticarem a corrupção
Se em certas cidades já não conseguimos respirar, como é que podemos não te admirar!
Se a poluição mata três vezes mais que a Sida, a Malária e a Tuberculose, como é que podemos parar!
A tua atitude já fez muita gente mudar! E, mesmo os que te contestam, mais tarde ou mais cedo, vão deixar de gritar.
Tem sido assim com as grandes, médias e pequenas causas!
Quem é que, há meio século, acreditaria que hoje, fumar em espaços fechados, proibido, seria!
Foi uma dura luta, para que os cinzeiros fossem retirados dos comboios, dos escritórios, das fábricas, das escolas, dos restaurantes, cafés
Nos restaurantes tínhamos como aperitivo e sobremesa umas baforadas de fumo
Muitos fumadores não dispensavam um cigarro para acompanhar o café
Durante mais de vinte anos fumei dois maços de cigarros por dia, de borla!
Estávamos frente a frente, e o meu colega acendia uns nos outros
Como nem nos transportes, nem no local de trabalho me conseguia livrar do fumo
Optei por ir almoçar a um restaurante vegetariano. Assim ao almoço passei a ser vegetariano, e, mais tarde macrobiótico
Durante alguns anos, recusei-me a entrar em restaurantes e cafés, só voltei a frequentá-los, depois da proibição de fumar em locais públicos
A mudança está em marcha, não vale a pena negá-la, nem contestá-la!
O melhor é colaborar, para bem da nossa saúde.
José Silva Costa
Obrigado, Gueta Thunberg
Obrigado por teres feito, pelo ambiente, mais neste ano, do que todos os políticos em dez anos
A juventude entendeu a tua mensagem, porque é genuína, sem qualquer condicionalismo
Só uma pessoa livre, jovem, determinada poderia abraçar, com tanto fervor, esta causa
Não é fácil abdicar de tudo: o doce lar, a família, os amigos, o país, o futuro
Para ir, pelo Mundo, interpelar os políticos e forçá-los a fazerem qualquer coisa pela natureza
Nem que para isso tenham de enfrentar alguns interesses instalados, que não querem, privilégios, perder
Por isso, tantos te contestam, com os mais ridículos pretextos, como: por seres jovem não tens nada a dizer nem a ensinar-nos, os teus seguidores não serem exemplares!
Como se em todas as outras organizações, todos os seus membros fossem dignos de admiração
Não tivessem elementos, que delas se aproveitam, para praticarem a corrupção
Se em certas cidades já não conseguimos respirar, como é que podemos não te admirar!
Se a poluição mata três vezes mais que a Sida, a Malária e Tuberculose, como é que podemos parar!
A tua atitude já fez muita gente mudar! E, mesmo os que te contestam, mais tarde ou mais cedo, vão deixar de gritar.
Tem sido assim com as grandes, médias e pequenas causas!
Quem é que, há meio século, acreditaria que hoje, fuma r em espaços fechados, proibido, seria!
Foi uma dura luta, para que os cinzeiros fossem retirados dos comboios, dos escritórios, das fábricas, das escolas, dos restaurantes, cafés
Nos restaurantes tínhamos como aperitivo e sobremesa umas baforadas de fumo
Muitos fumadores não dispensavam um cigarro para acompanhar o café
Durante mais de vinte anos fumei dois maços de cigarros por dia, de borla!
Estávamos frente a frente, e o meu colega acendia uns nos outros
Como nem nos transportes, nem no local de trabalho me conseguia livrar do fumo
Optei por ir almoçar a um restaurante vegetariano. Assim ao almoço passei a ser vegetariano, e, mais tarde macrobiótico
Durante alguns anos, recusei-me a entrar em restaurantes e cafés, só voltei a frequentá-los
depois da proibição de fumar em locais públicos
A mudança está em marcha, não vale a pena negá-la, nem contestá-la!
O melhor é colaborar, para bem da nossa saúde.
José Silva Costa
Mulher
À Natureza, foste buscar a beleza
És uma flor delicada e perfumada, mas tesa
Capaz de comandar o Mundo
Com a tua inteligência, humanidade e certeza
De que só quem tem a missão de embalar o Mundo
Pode compreender a energia de uma vida
No choro e no riso da criança parida
Quando fores mais compreendida!
Então, o Mundo terá uma nova vida
Uma ambição de amor e paz
Dentro de ti, trazes, escondida
Porque tu dás à luz a vida
A dádiva, mais valorosa, conhecida
Tu tens de ser admirada toda a vida
Tu tens sido, ao longo dos séculos, muito ofendida
Mesmo assim, tens sempre a mão estendida
Para ajudar, acarinhar, salvar uma vida
É contigo que tudo aprendemos
E quando ao fim de poucos meses
De coração desfeito em lágrimas
A outros nos, tens de entregar
Por força dos compromissos
São quase sempre, mulheres que nos continuam a embalar
Desde o momento, que dás à luz, uma vida
Nunca mais vais deixar de te preocupar com ela
Mãe, nunca esquecerei quanto sofreste, para me dares a vida!
José Silva Costa
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