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O exemplo!
A 04/03/2024, a França deu um passo em frente
Tornou-se no primeiro país a consagrar o aborto, na Constituição
Mostrou ao mundo e a toda a gente
Que continua a ser o país da fraternidade, igualdade e solidariedade
Vendo que o mundo parece querer perder o rumo
Com nacionalistas, fascistas, machistas a chegarem ao poder
Avisada do que aconteceu nos Estados Unidos da América
Em que forças retrógradas reverteram o direito à interrupção da gravidez
Resolveu inscrever o direito à interrupção da gravidez, na Constituição ( 780 votos a favor e 72 contra)
Assim, é mais difícil, a qualquer louco, que aceda ao poder, pelo voto, que foi o que aconteceu com o Hitler, reverter esse direito, a não ser que o país entre em ditadura. Mas, nesse caso acabam-se todos os direitos, só sobram os deveres.
José Silva Costa
Rosas de Maio
Maio, mês das mais bonitas rosas
Rosas de maio as mais belas flores
Há rosas de todas as cores
Elegantes e delicadas flores cheirosas
Uma prenda para todos os amores
São bonitas para pôr às janelas
Quem passa, não passa sem olhar para elas
Fica encantado com o perfume delas
São rosas, são rosas, senhores
São de todas as flores, as mais belas
Maio cheiroso, maio de bonitas rosas
As rosas em maio são joias
Que se oferecem a todas as mulheres
Todas as mulheres são bonitas rosas
Que em maio ficam, ainda, mais bonitas
Enfeitadas com bonitas e perfumadas rosas
Todas as mulheres são encantadoras rosas.
José Silva Costa
Amor & Guerra (9)
O Carlos escreveu à Miquilina, dizendo-lhe que tinha ficado encantado com as fotografias, que tinham um filho muito bonito, e que ela estava, cada vez, mais bonita
Miquelina ficou radiante por o Carlos estar encantado, não só com o filho, mas também com ela
O Januário, finalmente, teve tempo para ir visitar a Bárbara. Há muito que o queria fazer. Mas, o posto médico estava sempre cheio, porque o comandante tinha determinado que fosse dada assistência médica aos civis, uma vez que, na Vila, não havia mais ninguém que prestasse esses cuidados, e a Missão ficava a mais de vinte quilómetros da Vila
A Bárbara ficou muito contente com a visita. Aproveitou, mais uma vez, para lhe agradecer tudo o que tinha feito por ela e pela sua filha. Pediu-lhe para transmitir ao comandante o reconhecimento, de toda a população, pela preocupação em minimizar os seus problemas
Depois daqueles agradecimentos, ele ganhou coragem para lhe dizer quanto gostava dela, e que a ajudaria a criar a Sara, como se fosse sua filha
Ela ficou encantada com aquelas bonitas palavras, e chegou a pensar em aceitar o namoro
Mas, a conversa continuou, e ela aproveitou para o questionar sobre a guerra e o futuro
Ele respondeu que a guerra, mais-dia-menos dia a guerra acabaria, e que Portugal continuaria a ter um grande Império
A Bárbara estava totalmente em desacordo, e disse-lhe que ninguém sabia quando a guerra acabaria e que mais tarde ou mais cedo, Portugal tinha de dar a independência às suas Colónias, como tinham feito todas as outras potências colonialistas
E disse-lhe que Portugal devia ter aproveitado a fazer, com os líderes dos movimentos independentistas, um acordo, para uma independência amigável, antes de terem iniciado as guerras da independência, quando eles estudavam na Metrópole
Porque, primeiro era preciso criar um exército nacional, que garantisse a unidade nacional, evitando que os movimentos tivessem pegado em armas
A seguir falaram do futuro. A Bárbara queria sair daquela Vila, ir para uma grande cidade onde a filha pudesse estudar, enquanto o Januário não se importava de ficar ali, para sempre
Por fim, acabou por lhe dizer que não podia aceitar o pedido de namoro, porque tinham aspirações muito diferentes, quanto ao futuro
O Januário ficou muito surpreendido com a decisão da Bárbara. Era muito diferente da mãe dele, que era uma mulher que dependia do marido: aqui me queres, aqui me tens, enquanto a Bárbara tinha a ambição de ir para a Metrópole, para Lisboa ou Coimbra, onde sonhava ter estudado, mas os pais nunca consentiram que saísse daquela Vila
O Januário teve o amargo sabor de saber que as mulheres são difíceis de entender, que são caixinhas de surpresas, com uma grande força, que a maternidade lhes confere, fazendo com que sejam determinadas, sonhadoras, exigentes.
Continua
Evolução
Finalmente, na Arábia Saudita, as mulheres têm permissão de condução!
Ainda lhes falta muito, para um total emancipação
Continuam a depender de um tutor masculino
Não têm liberdade na escolha do vestuário
Estão dependentes de autorização para o casamento, abrir conta bancária
Falar livremente com o sexo oposto!
As novas tecnologias e a globalização deram um empurrão
Podemos ver diretamente, as mulheres sauditas, a expressarem a sensação
De experimentarem a condução, e com o brilho das estrelas, mostrarem
Quão grande foi a satisfação de darem liberdade à imaginação
Para elas, foi mais que as mil e uma noites: foi uma noite inesquecível
A liberdade de poderem voar sozinhas, ao volante de automóvel
Sem o habitual condutor e o respetivo controlo
Foi um sonho, tão grande como o de Colombo, colocar de pé um ovo
Os séculos vão rodando e a humanidade vai-se aperfeiçoando
Até o futebol, este ano, contribuiu para a grande alegria das iranianas!
Graças ao apuramento da seleção do Irão, para o Campeonato Mundial de Futebol
Puderam, pela primeira vez, depois da era dos aiatolas, entrar num campo de futebol
Para verem, através de um ecrã de televisão, os jogos da sua seleção
Foram poucos: três, os portugueses cortaram-lhes, maiores aspirações
Diz-se que foi uma autorização excecional, com muitas limitações
Espera-se que o tempo a torne definitiva, para que muitas mulheres não continuem a ser subjugadas a uma vida primitiva
Como o Mundo seria diferente, se houvesse colaboração e respeito mutuo, entre os sexos!
José Silva Costa
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