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Contenção!

por cheia, em 16.05.25

Contenção

Nas guerras ninguém ganha

Todos perdem

A Palestina está a morrer à fome e à sede

Mas, isso não incomoda ninguém

Nem sequer a democrática Europa

Que parece ter receio de perder a oportunidade de passar férias no resort, que o Trump quer construir, na Palestina

Assim, a única coisa que a civilizada Europa pede, a Israel, é que tenha contenção,

Que não mate os palestinianos de uma só vez

Que os vá matando aos poucos

Uns à fome, outros à sede e com balas, que causam menos sofrimento

A vingança não é solução

Só o Hamas pode decretar a sua dissolução

Por de trás desse pretexto pode estar o extermínio de um povo

A que o resto do mundo assiste impávido e sereno

Como se aquelas crianças, aquelas mulheres, aqueles homens não fossem de carne e osso

Por que razão têm tanto medo de Israel?

Que não consegue viver em paz com os seus vizinhos

Porque se julga superior a todos os outros povos

Assim, nunca viverão em paz

A paz não se constrói agredindo, constantemente, o vizinho

A amigável convivência, vale muito mais que a ganância.

 

José Silva Costa

 

 

 

   

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publicado às 07:48

Dia Internacional da Mulher

por cheia, em 08.03.25

8 de Março de 2025

 

Mulher! Tens tanto saber

É nos teus olhos que o podemos ler

O teu risonho embalar, todos o podemos ver

No bambolear do sol, das flores, em tudo ao teu redor

O brilho, que irradias, é tão forte e dourado, que faz rir os dias

Flor, amor, perfume, vida, futuro, dor, esperança: és completa

Capaz em todas as tarefas, séculos a enfrentar eras

Sempre relegada para segundo plano, como se não fosse um forte ser humano

Colocada em pedestal, nas palavras, mas encerrada em palácios e castelos

Presa por ser uma perfumada flor, no ignóbil negro ciúme, que mata o amor

Ao longo dos séculos, és tu que tens mantido o futuro

Trabalho doce, florido, tão gratificante, quanto duro

Num voo maduro, sobrevoas muitas dificuldades e aterras no século XXI

Que poderá ser o século da mulher, se os restantes três quartos forem no sentido do primeiro

Será degrau a degrau, com a continuação de muito esforço e perseverança, ainda, não será no mundo inteiro

Ainda há quem não queira que vás à Escola

Que te prende numa gaiola

Para algumas é dourada, mas nem por isso deixa de ser uma prisão

Sem falar dos que com as mesmas mãos que te acariciam, te estrangulam

Valendo-se da bruta força

Sem pensarem, por um momento, que não gostavam que fizessem isso às suas mães

Sem pensarem nos próprios filhos, toldados pelo ódio, matam-lhes as mães

Órfãos de mãe, pai na prisão, as crianças ficam numa triste situação

Os adultos, que dizem tanto amar os filhos, não querem saber disso

Nesses momentos só veem ódio, vingança, morte, posse

Quem comete um crime de violência doméstica não pode sair da prisão, antes de cumprir a pena máxima, os 25 anos, para ter tempo de compreender que não se mata, nem se abandonam os filhos menores.

José Silva Costa

 

 

 

  

 

 

 

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publicado às 07:47

Luto

por cheia, em 02.11.24

Valência

 

Respeitar a Natureza

Em Valência, no século passado, com recurso à hidráulica, desviaram o rio

Fizeram-no tendo em conta a precipitação da altura, não sei se tiveram em conta outros fatores que, por vezes se associam, causando grandes tragédias

Em Lisboa, também, acabaram com os sete rios, que nasciam perto de onde está localizado o Jardim Zoológico

O espaço, nas cidades é muito valioso, rios a dividi-las não é harmonioso, o melhor é entaipá-los, construir muitos prédios volumosos

Quando acontecem as grandes tragédias, poderão, sempre, distribuir as responsabilidades: a maré cheia, as sargetas que não estavam limpas, as pessoas terem continuado a circular nos seus automóveis até ficarem debaixo de água, a construção de muitos pisos abaixo do chão …..   

Em Valência, ainda, não se sabe quantos perderam a vida. Mas, as duas centenas confirmadas causam-nos muita tristeza, e os que tiveram a sorte de não perdê-la, ficaram sem nada

Espero que sirva de alerta, para os senhores que autorizam construções em cima de rios, com a desculpa de que nos últimos anos tem chovido pouco, sem saberem que o São Pedro, um dia, farto das suas asneiras, os castiga, abrindo todas as torneiras.    

 

José Silva Costa

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publicado às 13:04

Poder & vaidade

por cheia, em 13.02.23

 

Terramotos e guerras

 

Tanta morte, tanta dor

Muitos milhares de mortos, um horror!

Tanta destruição, em mais de uma nação

Numas é a loucura dos homens, com a sua desmesurada ambição

Noutras são as leis da natureza ajustando as suas posições

Sem quererem saber dos prejuízos, dos aís e das aflições

Sem quererem saber se são homens, mulheres, crianças ou mães

Os que não morrem ficam em terríveis condições

Sem casa nem pão, ao frio, na escuridão, à espera do que lhes darão

Não nos chegavam as desgraças que não dependem da nossa mão?

Por que razão as armas conseguem exercer tanta sedução?

Porque têm o poder que todos queremos ter

Ser mais forte que o outro, poder mandar, poder ser admirado, respeitado

Não por o que sou, mas pelo poder que tenho, pelo medo que consigo transmitir

Pelo mal que posso provocar, e de que muitos se conseguem orgulhar

E não vale apena apelar a mudanças para que todos sejamos humanos

Porque tem sido assim ao longo dos séculos, sem grandes alterações

Quando já estávamos esperançados que a Europa tivesse aprendido alguma coisa com as Grandes guerras, voltou a loucura, a destruição, a dor, a morte…………

Com falsos pretextos de que se sentem intimidados, de que vão socorrer quem quer uma parcela de terreno, para poder ser Presidente, nem que para isso tenha de matar muita gente

Estamos sempre prontos para apoiar guerrilhas de independências, de separações, nem que sejam de Freguesias, não para melhorar a vida das pessoas, mas para alimentar as nossas vaidades

Quem é que não quer ser Presidente, seja do que for?

Como se o diálogo não servisse para nada, e muitas vezes não serve, porque quem tem o poder mantem a arrogância de não responder. É tão bom mandar!

Quando assim é, só o som das armas o consegue acordar

Depois, o difícil é calá-las!

 

José Silva Costa

 

  

 

 

  

 

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publicado às 07:50

Amor & guerra (32)

por cheia, em 11.06.21

Amor & guerra (32)

A Miquelina detetou um caroço numa mama, foi ao médico, fez análises, e os resultados não podiam ser piores: tinha um cancro maligno

Ela e o Carlos ficaram petrificados com a revelação dos exames. Não queriam que o Miguel soubesse. Mas o segredo não durou muito tempo, porque o semblante deles não conseguia disfarçar o que os atormentava. Ao fim de muito questionados, tiveram de dizer, ao Miguel, o que os preocupava

O Miguel tentou animar a mãe, dizendo-lhe que já havia cura para o cancro. Mas nada a animava, aquela notícia era como se a tivessem condenado à morte

Logo agora, é que tinha de lhe aparece aquilo, a um ano do filho ir para a Universidade, tanto que queria ver o filho chegar a engenheiro

São daquelas notícias que mexem com toda a família, ninguém consegue ficar indiferente ao diagnóstico de que tem um cancro.

A Sara estava com receio que, quando chegasse a resposta do Ministério do Exército, a mãe descobrisse que andava a procurar o pai, mas como chegava a casa, antes da mãe, tinha a possibilidade de ir ver o correio e receber a resposta, sem que mãe soubesse

Todas as tardes, quando chegava a casa, ia ver a caixa do correio, até que chegou a resposta do Ministério do Exército, que dizia não a poderem ajudar, que tentasse obter mais informações, para poderem procurar o que pretendia

Nada a demovia, ia continuar a procurar encontrar o pai, o próximo passo seria conseguir obter a lista dos militares, que viajaram no primeiro barco, que chegou a Luanda, depois do massacre, que deu início à guerra, em 1961

Muitas vezes interrogava-se sobre a quantidade de filhas e de filhos que os militares deixavam, por onde passavam, sem se preocuparem com o seu futuro. Às mães cabe carrega-los no seu ventre nove meses, pari-los, criá-los e encaminhá-los, tudo fazendo para que sejam felizes    

Passados alguns dias de aulas, a Sara perguntou, a uma colega, quem era a rececionista Miquelina, dirigiu-se à receção e apresentou-se, dizendo que era a Sara, a filha da Bárbara, que tinha estado a falar com ela. A Miquelina disse-lhe que tinha muito prazer em conhecê-la, chamou o filho e apresentou-lho

Quando chegou a casa, disse à mãe, que tinha ido falar com a Senhora Miquelina, e que ela lhe tinha apresentado o filho, que era muito bonito e simpático, e que se  chamava Miguel

A Sara e o Miguel tornaram-se muito amigos. Para ela foi muito bom, porque foi mais fácil a sua integração, passando a integrar o grupo de amigos do Miguel, deixando de andar sozinha, como aconteceu nos primeiros dias, enquanto não foi falar com a Miquelina

Estava encantada com a nova escola. Os amigos, assim que souberam que tinha vindo de Angola, não paravam de lhe fazerem perguntas sobre a antiga colónia e sobre a guerra, tornando-se a mascote do grupo

O Miguel, quando soube da doença da mãe, passou a andar muito triste, quando não estava na sua presença, junto dela, tentava manter-se  alegre e confiante na cura do cancro.

Continua

 

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publicado às 07:52

Horror!

por cheia, em 24.10.19

A quem morreu por sonhar

 

A vida, pelo sonho

 

O sonho comanda a vida

Sonham com a liberdade

Respirar em liberdade

Trabalhar em liberdade

Escolher em liberdade

Viver em liberdade

Dormir em liberdade

Estudar em liberdade

Fugir da arbitrariedade

Ter personalidade

Fugir da pena de morte

Fugir da prisão perpétua

Deixar de ser, só, mais um

Poder sonhar voar

Poder decidir

Poder ir à lua

Poder dormir, livremente, na rua

Para tudo isto fazer

Só uma coisa pode acontecer

Fugir!

E, há sempre, alguém que queira ajudar

Que nos proponha, num camião, viajar

A melhor maneira de, num país livre, entrar

Quando não temos autorização, para lá estar

Mas, esqueceram-se de, o frigorífico, desligar

Todos os sonhos ficaram por realizar

Quantos sonhos acabaram por matar!

Mas, os sonhos nunca vão acabar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 22:26

As imagens!

por cheia, em 01.07.18

As imagens

 

As imagens da televisão

Bem avisaram que não eram

Para que tem coração

Infelizmente, todos os dias morrem bebés!

Mas, não os mostram na televisão

As imagens destes três, vão-me atormentar

Durante muito tempo, a toda a hora, a todo momento

Olhos que não veem, coração que não sente

Como é que há gente?

Que se recusa a enfrentar este problema, de frente

O maior cemitério de sempre!

Não consegue incomodar, quem vive comodamente

Preso no egoísmo do seu ambiente

Cercado de uma realidade que não mente

Vai-se empanturrando de ódio, na mente

Tentando convencer-se que é feito de matéria diferente.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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publicado às 17:12


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