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O amor
O teu jardim tem bonitas rosas!
Mas tu és a mais bela e perfumada
Quem me dera ser o jardineiro
Do teu bonito canteiro
Poder tratar delas o dia inteiro
Para ficarem ainda mais belas
Na esperança de que ficasses muito agradada
Sei que nos separa uma grande escada
Mas, se conseguisse abrir o teu coração
Poderia ser que descesses do teu pedestal
Me viesses cumprimentar: apertar a mão
Para sentires o bater do meu coração
Ver nos meus olhos quanto te amo
Dizer-te porque passo os dias a espreitar as tuas rosas
Como me alimento, apenas, do seu perfume
Tudo, só para ver se te vejo
Se advinhas o meu desejo
Ver de perto os teus olhos da cor do mel
Esperar o tempo que for necessário
Para um dia contigo namorar
Beijar os teus rubros lábios
Poder ficar, para sempre, contigo
José Silva Costa
Os anos
Foi como um sol que nasceu
Olhámo-nos, e em redor tudo estremeceu
O sol levantou-se e a manhã amanheceu
Abrimos a porta e o dia cresceu
Entrámos, foste minha, fui teu
Foi o sol que nos enlouqueceu
O mundo cedeu!
O sol beijou a lua
A alegria, os nossos corpos, unia
Deram-nos as boas-vindas
Ofereceram-nos uma lua-de-mel
Continuámos como se só houvesse uma noite incendiada
Mas, o desgaste dos anos mostraram-nos que também há dias de fel
Valeram-nos os nossos padrinhos: A lua e o sol
Mandaram-nos seguir em frente
Guiaram-nos até ao presente.
José Silva Costa
Digitalizar!
Na montra do anonimato
Digitalizaste o teu retrato
Está tudo tão perfeito!
Criaste uns cabelos longos para prenderes os meus braços
Uns olhos de amêndoa e mel
Uns lábios de romã apaixonada
Um queixo perfeito
Colocaste o sinal no sítio certo
Mas, não fez efeito!
Tenho de te olhar, olhos nos olhos, para ver o jeito
Sentir o teu sangue queimar o meu peito
Beijar os teus lábios para matar o desejo
O digital não tem cheiro!
Nem dá para ver o rodopiar dos joelhos
No futuro, vamos poder digitalizar a cabeça, tronco e membros
Vamos aguardar, pelos resultados!
José Silva Costa
Flores
A encantadora Primavera
Quanto perfume encerra!
Nas flores de todas as cores
As abelhas roubam beijos
Saltitando de flor em flor
Como se fossem apaixonados namorados
Com as patas carregadas de pólen perfumado
Vão acumulando muito trabalho
Para manterem a colmeia bem perfumada
Trabalhadoras incansáveis
Polinizadoras amáveis
Fazem um trabalho tão importante
Levar o pólen dos estames para o carpelo
Provocando a fecundação numa flor
Mas, nós se lhes agradecemos o mel!
José Silva Costa
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