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Maio florido e perfumado
Está, mais um, acabado
O junho é chegado
Com o seu calor, amado
Com Santos e fado
Tudo está animado
Portugal é um arraial adiado
Marchas e marchinhas, num país parado
Santo António é que está sempre ocupado
Com os casamentos a recordarem o passado
Lisboa já nem tem o Chiado
Tudo está tão modificado
Foi tudo engolido pelo turismo acelerado
A fúria do vento animado
O futuro está atrasado
Mas não tem culpado
Tudo são maravilhas neste reino à beira mar plantado
Do cotim, à bombazina, passando pelo riscado
Tudo são glórias do antepassado
Ninguém voltará à rabiça do arado
O passado está enterrado
O que desejo é que o futuro não seja magoado
Como é bom ir galgando este emaranhado
De novos desafios ao homem empenhado
De nunca ficar parado
De querer ir, sempre, mais longe, no seu aluarado
De não querer ficar ao chão, atado
De querer trocar este chão, amado
Por um sítio imaginado.
José Silva Costa
Junho
Junho, mês dos Santos Populares
Das marchas e dos manjericos
Dos arrais e dos petiscos
Da sardinha assada e bailaricos
Das férias, da praia e namoricos
Verão, calor, sabor a sal
Um mês de muito sol e alegria
Para receber o verão com toda a energia
Muita folia e magia nas noites quentes
Felizes dias e bons ambientes
Para regozijo das gentes
Mostrando que as sociedades recreativas estão vivas
Que as cidades não estão perdidas
As saudades continuam entretidas
Ao sabor das correrias das vidas
Tão disputadas pelas audienças
Tanta concorrência!
Não faltam bons eventos
O difícil é escolher
Um mês que convida ao lazer
O muito que os nossos olhos querem ver
A impossibilidade de tudo usufruir
As férias porvir
O cansaço já se está a sentir
O descanso demora a sorrir
O verão proporciona convívio e encontros
Matar as saudades e os amigos abraçar.
José Silva Cos
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