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As Crianças

por cheia, em 20.11.23

Guerras

É pena que horrores rime com flores

E, também com dores, rancores

E, ainda com impostores, doutores

E, até com professores, nadadores

As guerras são grandes horrores

Que matam inocentes e tenras flores

Que são apanhadas entre rancores

Os monstros matam as bonitas flores

Os monstros não sabem o que são dores

Pelo menos, as que infligem aos opositores

As infelizes tenras flores não sobrevivem a tantos horrores

 

Nas guerras não há flores

Nas guerras há horrores

Nas guerras há muitas dores

Nas guerras não há regras

Nas guerras há só opositores

Nas guerras reina a loucura

A cegueira é mais que pura

O ódio cava a sepultura

Nas guerras não há humanidade

Nas guerras só há brutalidade

Nas guerras as balas não escolhem idade

Nas guerras não há solidariedade

Nas guerras só há mortandade

Nas guerras as crianças morrem antes da puberdade

Nas guerras ninguém diz a verdade

Nas guerras só há maldade

Todos se regem pela vaidade

Quem mata mais é herói

A dor do outro não dói

A dúvida é que mói.

                                          Os meus olhos não aguentam mais ver,

                                            nas guerras, as crianças a morrer.

            

José Silva Costa

 

 

  

 

 

 

 

 

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publicado às 07:47

Prendas

por cheia, em 20.12.21

Prendas!

 

O natal é um época de amor e fraternidade

Todos desejamos uns aos outros: bom Natal, bom ano novo

Mas, a pouco-e-pouco, devido aos excessos, tornou-se num tempo de muita angústia

A publicidade criou-nos, desnecessários, consumos

Muitas pessoas não têm possibilidades de acompanhar este consumismo

A troca de prendas tornou-se obrigatória

Sem que ninguém tenha coragem de dizer que o espírito natalício não é esse

Infelizmente, já há muitos anos, assisti ao desespero de uma Senhora

Que não conseguia conciliar o número da lista de prendas com o dinheiro disponível

Passámos quase uma hora, no comboio, lado a lado, e eu não consegui ficar indiferente ao seu sofrimento

Muitas vezes, para atulharmos as casas de coisas inúteis, para acumularem pó 

Como é que se passou de oito a oitenta?

Antigamente não havia, ou eu não tinha conhecimento desta loucura de “enterrarem” as crianças em prendas

Não têm espaço, nem tempo para respirarem, não dão valor ao que lhes é oferecido

Estamos a dar-lhes um mau exemplo, dando-lhes a entender que vivem num paraíso

Que podemos continuar a viver neste desperdício de usar e deitar fora

Uma grande contradição com o que defendemos: a sustentabilidade do planeta, dizendo que temos de reduzir, reciclar, reutilizar

Temos o dever de dar o exemplo, aos nossos filhos e netos, na utilização dos recursos, para que estejam preparados para a mudança que está em curso, cujos efeitos ninguém sabe

Podemos ter um bom Natal, sem ser preciso estragar o que mais tarde nos pode fazer falta.

Um feliz Natal, para todos, com saúde e amor.

 

José Silva Costa

 

 

 

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publicado às 07:59


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