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A guerra
Voltaram os canhões
A paz não passou de ilusões
Porque há povos que se julgam campeões
Não conseguem viver em paz com as outras nações
Têm outras pretensões
Sonham com as suas antigas possessões
Não compreendem os que sonham com, livres, nações
Sem ditaduras, nem pressões
Como é que gostam tanto de ditadores?
Se nos seus governos não há liberdade, nem flores
As ditaduras alimentam-se de horrores
Enquanto as democracias se alimentam de valores
Como é que pessoas avisadas e educadas se deixam enganar
Por políticos cheios de rancores?
Quando deviam lutar por governos sufragados pelos eleitores
Mas, infelizmente, há povos que não têm liberdade
Para os seus representantes eleger
Assim, todas as decisões ficam nas mãos dos ditadores
É tão bom saborear a Liberdade e a Paz!
Sem elas, a vida não tem a alegria do amor.
José Silva Costa
Amor & guerra (34)
A Sara e o Miguel terminaram o Liceu, escolheram o mesmo curso e o mesmo estabelecimento de Ensino Superior: O Instituto Superior Técnico
No furor dos seus verdes dezoito anos cabiam todos os sonhos, todas as ambições, uma idade em que nada para os corações, no amor, nas emoções, nas vastas ilusões
O João voltou a visitar a Bárbara, levou-lhe mais um lindo ramo de rosas, belas, amarelas
Quando ela aceitou as rosas, ele abraçou-a e beijaram-se, disse-lhe ao ouvido: ”casas comigo?”
Toda ela estremeceu, sorrio e floriu, fê-lo esperar mais uns minutos, por fim, disse: “Sim”
Ficaram, ali, naquele enlevo, que nem deram por o tempo passar, só a chegada, da Sara, interrompeu aquele encantamento
Depois de a cumprimentarem, deram-lhe a notícia de que estavam noivos, ficou muito contente por ver a mãe, novamente, feliz, dizendo-lhe que já tinha perdido muito tempo Deu-lhes os parabéns, desejando que fossem muito felizes
Para comemorar, a Bárbara disse-lhes que ia fazer um jantar especial, o que fez com que a festa se prolongasse pela noite dentro. Como já era muito tarde, a Bárbara disse ao João, que podia ficar lá em casa, e ele aceitou
No dia seguinte, o João convidou-a para irem visitar os pais dele, a fim de os informarem sobre o seu noivado
Os pais dele ficaram muito contentes com a visita e a notícia. Há muito que esperavam que o filho desse aquele passo. Gostavam muito da Bárbara. Mas, infelizmente, a trágica morte do Firmino, tinha posto fim aos felizes anos, na companhia da Bárbara
Agora, esperavam que o João fosse tão feliz como o irmão, mas por muito mais tempo, com saúde e sem contratempos, na companhia da Bárbara, de que quem tanto gostavam, desejando que lhes dessem uma neta ou um neto, o que não foi possível com o Firmino
A Miquelina continuava a lutar contra o cancro. Já tinha feito todos os exames, para se submeter à cirurgia, que os médicos decidiram ser a melhor maneira de o conseguir vencer
Estava otimista e tinha a certeza de que tudo iria correr bem, o que ajudava e animava quem a rodeava, e até os profissionais de saúde se sentiam contagiados pela sua boa disposição
A Bárbara estava radiante na companhia do seu novo companheiro. Só a doença da amiga lhe toldava a alegria
Foi visitá-la, antes que fosse internada para ser operada. Ficou muito animada por a ver tão determinada e segura de que tudo iria correr bem
Aproveitou para a pôr ao corrente dos últimos acontecimentos, dizendo-lhe que o ex-cunhado a tinha pedido em casamento, e que estava muito feliz por ter um companheiro
Também falaram do facto da Sara e do Miguel andarem no mesmo estabelecimento de ensino e no mesmo curso.
Continua.
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