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Barbárie
Aperta a mão ao teu irmão
Não mates o teu irmão
Tu e ele têm coração
As guerras são horrores em contramão
Nenhuma terá razão
Só matam, não dão pão
As vitórias são uma ilusão
Não sejas carne para canhão
Dá a mão ao teu irmão
Quem vos manda para a guerra não entra nela
O heroísmo é uma balela
O mundo morre por causa dela
A bala vai e vem
Mata o homem, a mulher e a criança, também
Tanta destruição de tanta habitação
Tanto suor em vão
O trabalho e o sonho de uma vida
Tanta canseira, num segundo destruída
Por seres mais forte, não espezinhes o teu vizinho
Porque podes ficar sozinho
Sem teres quem te dê a mão
Numa dura e triste ocasião
A vida é mais importante que toda a raiva arrefecida
E que todo o ódio acumulado, extravasado, pelo tempo adiado
Nada justifica a brutalidade das invasões
Nem retaliações, para matar as populações.
José Silva Costa
Lua cheia
Primeira super lua cheia, deste ano
Maior que o normal
Lua do Trovão
Aproveitem e vibrem com este clarão
É preciso não desperdiçar esta ocasião
olhem para a lua cheia com toda a paixão
Namorar a lua tem muito de emoção
É como querer alcançar uma coisa, onde não chega a mão
Tem muito de sonhos e de ilusão
Quem é que não gosta de viver na lua
Tirar os pés do chão!
Quem não conseguir admirar esta
Tem outra super lua a 1 de agosto
A Lua do Esturjão.
José Silva Costa
Coração
Oh homens sem coração!
Parem com a destruição
Das casas que, agasalho, são
Parem com as guerras
Que matam mulheres, crianças, homens e a ilusão
Não queiram ser criminosos, sem salvação!
Não semeiem horrores, que só dão dores
Semeiem campos de trigo, que dão pão
Não matem os girassóis, que são bonitas flores
Oh homens com coração!
Deem as mãos.
José Silva Costa
Ilusão!
Neste verão, dá-me a mão
Vamos aproveitar esta ilusão
De que a pandemia já passou
Quando a liberdade ainda não chegou
Mas viver é isso mesmo, aproveitar o presente
Não se deixar abater por o que virá a acontecer
Enquanto a vida o quiser, vamos aproveitar o entardecer
Porque a vida é a mais bela fantasia, que nos aconteceu
Não se pode perder um segundo, quanto mais um dia!
Vamos para a folia, porque amanhã já será outro dia
E, este não se repetirá, porque se acontecesse, seria uma avaria
Para espanto, já bastam as alterações climáticas
Que a todos surpreendem, todos os dias
Até os que contra elas sempre argumentaram, já pararam
Não conseguem explicar os fenómenos, que nos estão amatar
São fogos, são chuvas, tudo está a desabar
Os degelos polares, os incêndios, as cheias, que levam tudo à frente
Nunca ninguém antes pensou que, parar para pensar, era tão urgente
Antes que a nossa arrogância acabe com toda a gente.
José Silva Costa
2018
Estás quase a dizeres-nos adeus
Já estás muito cansado
Foram muitos dias
Sem férias, domingos ou feriados
Já vais com 360 dias sem parar
Vinte e quatro horas por dia
Quem é que tanto resistiria!
Não foste bom, nem mau
Foste mais um
Levaste-me amigos
Ao mundo, trouxeste muitos perigos
Podias ter sido melhor!
Ou fomos nós que não te soubemos aproveitar
Continuamos, como sempre, só, em nós, a pensar
Não te quero agastar
Mas não tenho motivos para te admirar
Descansa em paz
Já todos se preparam
Para receberem o teu substituto
Numa euforia sem sentido
Com muito desperdício
Sem pensarem que isso em nada os vai ajudar
Não é queimando milhões de euros em fogo-de-artifício
Que o mundo vai melhorar
Por que razão só aplaudimos a ilusão?
José Silva Costa
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