Voltar ao topo | Alojamento: Blogs do SAPO
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Pobre povo
Entregue a corruptos vaidosos
Sempre prontos para eventos únicos
1 0 estádios de futebol para Euro 2004
Alguns para ovelhas pastarem
Que ainda estamos a pagar
Um palco altar, mais um evento único
Feito em ouro, para ficar para posterioridade
80 milhões de euros atirados aos ventos
Ninguém nos ganha na organização de eventos
Para a construção de casas, escolas e hospitais não temos tempo
Felizmente, dinheiro não nos falta!
Todos os dias vamos, de cesta na mão, pedi-lo emprestado
Somos os maiores em tudo!
Temos a terceira maior dívida do mundo
O Governo acaba de ir buscar mais um fundo de pensões
O da Caixa Geral de Depósitos, no valor de 3 mil milhões
Os dos outros Bancos, já tinha sido absorvidos, no tempo do Governo de Sócrates
Para tantos luxuosos e únicos eventos, temos de fazer alguns sacrifícios
Dormir na rua ao frio, ao relento neste inverno gelado, e em casa sem aquecimento
Esperar, dezenas de horas nas urgências dos hospitais, anos por consultas externas
Alunos sem aulas, a algumas disciplinas, todo o ano, por falta de professores
Mas todos estes sacrifícios serão bem compensados, quando já não fizer frio
Em Agosto conviveremos com jovens de todo o Mundo
Esqueceremos todos os nossos problemas
Viveremos felizes para sempre.
José Silva costa
Tanta loucura
Para uma noite dura
Para uma calamidade sem idade
Num golpe de vento
Que leva o tempo
Ninguém te ajuda
Porque não há levedura
Tudo foi gasto em embelezamento
Para enganar o coração
No calor de meia dúzia de minutos de engano
Colocaste toda a esperança de um ano
Agora, fechas as portas e os portões
Das escolas em degradação
Choras, nos corredores dos hospitais
A sua lotação
Esbracejas contra o Tribunal de Contas
Por não autorizar a compra de medicamentos
Porque os Hospitais estão endividados
As famílias e o Estado, também
Vamos, lá continuar a atirar os euros ao ar
São tão fáceis de gastar!
E, os Governos gostam tanto de nos agradar
Desde de não seja preciso pensar
Nem fazer coisas que sejam para durar
As infraestruturas podem muito bem esperar.
José Silva Costa
No tempo da outra senhora (2)
Francisco já tinha feito o serviço militar
Estivera na fronteira do Alentejo
Na zona de Évora
Aquando da guerra civil Espanhola
Num exercício de artilharia
As coordenadas estavam erradas, racharam uma, centenária,
oliveira
Tinha estado em São Miguel do Pinheiro (Mértola)
Para aprender o ofício de ferreiro
Estava quase com trinta anos, procurava companheira
Encantou-se com a Alice, que era muito bonita
Pudera, tinha dezassete anos, menos doze que ele!
Quem não queria, uma tão linda flor!
Francisco ia, quase todos os dias, montado no macho
Namorar a Alice, não tinha tempo a perder
A Alice era a segunda de cinco raparigas e três rapazes
Ainda viria a ter mais um irmão, aquando de seu segundo filho
Mãe e filha grávidas, apenas, com um mês de diferença
Francisco convenceu a Alice a juntarem-se, pelo Santo Amaro
Era o habitual, não havia dinheiro para casamentos
Levou-a para o seu monte
Alugou uma parte da casa onde, também, funcionava a Escola Primária
Do lado direito vivia o novo casalinho, no esquerdo, por detrás da sala de aulas, a Dª. Olenca
Uma Algarvia, que viria a tirar a primeira fotografia ao futuro rebento
Estávamos em plena segunda guerra mundial, que a todos castigava
Senhas de racionamento, fome, miséria, sofrimento e morte
O futuro rebento recusou-se a nascer antes, da guerra acabar
Nasceu quatro meses depois, da mãe fazer dezoito anos
Alice esteve à morte, teve hemorragias.
Um curioso receitou-lhe uma sangria!
Médicos e hospitais, não havia!
Só lá em Lisboa!
Recorriam aos curandeiros locais
O pai de Alice, receando perder a segunda filha e o primeiro neto
Levou-os para a casa da família, onde a mãe e as irmãs os trataram.
José Silva Costa
O vinho é que instrói!
Mais um mega processo : dez Câmaras Municipais, quatro Clubes de Futebol, sessenta e oito arguidos
Mais um que não vai dar em nada, como aconteceu com o Apito Dourado, Toupeiras e outros
Porque no fim, o futebol é, sempre, ilibado. Oh! Não fosse ele quem manda em Portugal
Terrenos Municipais, dinheiro dos contribuintes, tudo consumido com os milionários ordenados dos jogadores, dirigentes, agentes e companhia
O presidente do Benfica, já garantiu um encaixe de 3,8 milhões, quando deixar a presidência
Uma afronta a quem sobrevive com 200, 300, 600 euros por mês
Ainda ontem, uma mãe de duas meninas, desempregada, se queixava que vivem com pouco mais do que o abono de família, sorria para não morrer, faz das tripas coração, na esperança que elas tenham uma vida melhor
Não se manifestem por não terem médicos nos hospitais, nem comboios nem linhas férreas, nem berçários nem jardins- de- infância, nem professores nem auxiliares, amianto não nos faltará
Para grande satisfação dos que encheram o Estádio Nacional, com cascóis, temos dez campos de futebol, construídos para o Euro 2004, alguns às moscas, que ainda estamos a pagar
Que nunca nos falte o futebol, vinte e quatro horas por dia, em todos os canais de televisão
No futebol, como no resto em geral, a corrupção está para ficar!
José Silva Costa
Web
A 4, 5 e 6 de Novembro de 2019, realiza-se, em Lisboa, pela quarta vez consecutiva, a web summit
O Governo vai apresentar, aos investidores estrangeiros, as suas startups
Se tudo correr bem, Portugal poderá tornar-se no país mais evoluído, do mundo!
Primeira experiência: pedir às crianças que não adoeçam!
Primeiro explicámos-lhes, que a noite é para dormir, os fim-de-semana e os feriados, também, são para descansar. Não foi nada fácil!
Assim, as crianças concordaram proceder de acordo com as nossas explicações
Coincidindo com as setenta e duas horas, antes do início deste evento, as crianças não adoeceram, não precisando de ir às urgências pediátricas, foi o primeiro teste!
Vamos continuar a apelar à sua compreensão, para que aceitem não adoecerem em nenhum dia da semana!
Se aceitarem, não precisaremos das urgências pediátricas, para nada!
Segunda experiência: pedir aos reformados que vivam sem o pagamento das reformas!
Acho que já vamos nuns quinze meses, que esperam pelo pagamento da primeira mensalidade da reforma, e, ainda, ninguém morreu de fome!
Se conseguirmos que aguentem mais meses ou muitos anos, o mais que lhes poderá acontecer, é o que aconteceu ao cavalo do inglês, que quando já estava desabituado de comer, morreu!
Estamos também, a dar passos largos, no que diz respeito à educação
Há alunos que passam o ano inteiro sem aulas a uma ou várias disciplinas!
Um dia deste, um pai, em frente às câmaras da televisão, disse que a filha não tinha tido aulas a uma disciplina, o ano inteiro, mas não tinha sido prejudicada!
Se formos bem-sucedidos, nestas experiências, podemos poupar muito dinheiro, para investir, ainda mais, nos Bancos, Clubes de Futebol, Clinicas Dentárias e em todos os ramos de atividades, que venham a falir
Sempre fomos bons no, faz-de-conta, e no, para inglês ver
Tanto assim, que quando recebemos carradas de dinheiro da C.E., para a qualificação dos trabalhadores, foram fracos, os resultados! Muito do dinheiro foi gasto em almoçaradas, jantaradas e outras coisas
Uma Central Sindical, a Tecnoforma, e não sei se mais alguma identidade, ainda estiveram a contas com a justiça, mas tudo se resolveu!
Outro problema que alguns políticos, e não só, querem ver resolvido com urgência, é o da regionalização
Mas, o Primeiro-Ministro respondeu-lhes que primeiro, teriam de convencer os portugueses de que não era para aumentar a despesa
O que não vai ser nada fácil!
Como é que querem dividir um pequeno ovo, em cinco ou seis Regiões!
Isto porque, quando, ainda, não sabiam contar, nem ler, na minha terra, um senhor resolveu arranjar termos de comparação, entre três países: Portugal, Espanha e França
Para que todos percebessem bem, disse:” Portugal é um ovo, a Espanha é uma peneira, e a França é uma eira”.
Há dias, um dos representantes do Norte, disse a um desportista do Sul, que muito gostaria de o receber como representante da região do Algarve. Mas, ainda, não tinham criado as regiões!
José Silva Costa
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.