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As Crianças

por cheia, em 20.11.23

Guerras

É pena que horrores rime com flores

E, também com dores, rancores

E, ainda com impostores, doutores

E, até com professores, nadadores

As guerras são grandes horrores

Que matam inocentes e tenras flores

Que são apanhadas entre rancores

Os monstros matam as bonitas flores

Os monstros não sabem o que são dores

Pelo menos, as que infligem aos opositores

As infelizes tenras flores não sobrevivem a tantos horrores

 

Nas guerras não há flores

Nas guerras há horrores

Nas guerras há muitas dores

Nas guerras não há regras

Nas guerras há só opositores

Nas guerras reina a loucura

A cegueira é mais que pura

O ódio cava a sepultura

Nas guerras não há humanidade

Nas guerras só há brutalidade

Nas guerras as balas não escolhem idade

Nas guerras não há solidariedade

Nas guerras só há mortandade

Nas guerras as crianças morrem antes da puberdade

Nas guerras ninguém diz a verdade

Nas guerras só há maldade

Todos se regem pela vaidade

Quem mata mais é herói

A dor do outro não dói

A dúvida é que mói.

                                          Os meus olhos não aguentam mais ver,

                                            nas guerras, as crianças a morrer.

            

José Silva Costa

 

 

  

 

 

 

 

 

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publicado às 07:47

A guerra

por cheia, em 26.06.23

A guerra

 

Voltaram os canhões

A paz não passou de ilusões

Porque há povos que se julgam campeões

Não conseguem viver em paz com as outras nações

Têm outras pretensões

Sonham com as suas antigas possessões

Não compreendem os que sonham com, livres, nações

Sem ditaduras, nem pressões

Como é que gostam tanto de ditadores?

Se nos seus governos não há liberdade, nem flores

As ditaduras alimentam-se de horrores

Enquanto as democracias se alimentam de valores

Como é que pessoas avisadas e educadas se deixam enganar

Por políticos cheios de rancores?

Quando deviam lutar por governos sufragados pelos eleitores

Mas, infelizmente, há povos que não têm liberdade

Para os seus representantes eleger

Assim, todas as decisões ficam nas mãos dos ditadores

É tão bom saborear a Liberdade e a Paz!

Sem elas, a vida não tem a alegria do amor.  

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:53

Amor & guerra (4)

por cheia, em 22.03.21

Amor & guerra (4)

O tempo voava, já se tinham passado nove meses, a Miquelina já tinha terminado o tempo, estava à espera do bebé a qualquer momento. Enquanto o Carlos achava que o tempo não passava, aqueles nove meses pareceram-lhe dois anos

Carlos não deixava de pensar no bebé, que ia nascer e no que queria para ele, e se fosse um rapaz, não queria que fosse para a guerra, porque nunca tinha imaginado, que se pudessem cometer tantas barbaridades: pessoas decapitadas, cabeças e braços pelos ares, devido às granadas, pessoas atropeladas nas picadas, emboscadas, helicópteros equipados com canhões, contrariando as convenções internacionais, horrores indiscritíveis!

Começava a estar indeciso na preferência do sexo do bebé, ainda bem que não dependia dele, a Natureza que decidisse. Só pedia que se fosse menino, não fosse para a guerra. O que viesse era bem-vindo

 

A Barbara, à medida que o fim da gravidez se aproximava, mais sentia a falta dos seus pais. Gostava de ver a sua felicidade por serem avós. Tanto que a poderiam ajudar a criar aquela criança, que ia nascer sem o pai saber

Estava muito preocupada por não ter ninguém a seu lado para a ajudar, para a ensinar, para tomar conta da criança, caso lhe acontecesse alguma coisa.

Se o natural é serem duas pessoas para o conceber, um homem e uma mulher, então para o criarem, também deveriam ser duas.

Tinha tantos pretendentes, a dizerem que a queriam ajudar, mas eram todos militares, que estavam em comissão de serviço, o que lhe fazia lembrar o Carlos, que de um minuto para o outro, desapareceu

A todos dizia, que só aceitava namorar com quem, no fim da comissão, trocasse a viagem grátis para a Metrópole, pelo seu amor.

 

Continua

 

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publicado às 07:55


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