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Conto de Natal

por cheia, em 11.12.23

“O meu conto de Natal”

A pedido da nossa colecionadora de Contos de Natal, imsilva, do blogue : Pessoas e Coisas da Vida

https://imsilva.blogs.sapo.pt

 

 

Este ano, o Pai Natal está muito triste, por não ter conseguido comprar as prendas, para os meninos e meninas

Mandou, para todos os pais, uma mensagem, porque, também não tinha papel para escrever cartas, pedindo desculpa por não poder visitar os seus lares, descer pela chaminé e entregar as prendas

Queixou-se destes tempos difíceis, de muitas guerras, com muitas casas destruídas, fazendo com que as meninas e os meninos não tenham chaminés, onde colocar os sapatinhos, o que o fez ficar, ainda, mais triste, dizendo que uma desgraça nunca vem só

Já não bastava não haver brinquedos, e ainda destruíam as chaminés

Estava muito preocupado com o que a Natureza lhe tinha dito, com ar de muito zangada, pediu para não estragarmos o resto, senão, cada vez, nos enviará avisos mais violentos:

Ciclones, cheias, incêndios, terramotos, vulcões, nevões: tudo o que seja preciso, para nos fazer parar a destruição, que lhe estamos a causar

Para a Natureza não é admissível que proíbam as crianças e os adultos de saírem de casa, por o ar, em certas cidades, estar irrespirável

Não compreende a vaidade de termos casas com 1.000 m2, carros com 500 cavalos, querermos conhecer o mundo, viajando de avião, por todo o lado, todos os dias trocar de telemóvel, computador ……………

Em Portugal, todos os anos, morrem 200.000 pessoas devido à poluição do ar

O Pai Natal, também, está muito preocupado com a falta de água. Em certas regiões há anos que não chove, os animais e as pessoas não têm água para beber

Assim, pede a todos que não desperdicem nem água, nem alimentos, nem brinquedos, nem roupas, nem sapatos porque é preciso tudo poupar, para ver se a Natureza se consegue regenerar

Este ano, os contentores do lixo não vão ficar a transbordar de embalagens de cartão, porque não há prendas para desembrulhar

Todos se podem, mais cedo, deitar, sem o nervosismo de pela meia-noite esperar

O consumismo pode não ter vindo para ficar, se a Natureza, um dia, com tudo isto acabar

Não há dúvida de que se regenerará, não sabemos a que preço será, nem quando isso acontecerá

Para todos um bom Natal, no acolhedor e doce lar, e que com o próximo ano venha a Paz, muita saúde e alegria.

José Silva Costa

 

  

  

 

 

 

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publicado às 07:57

As Crianças

por cheia, em 20.11.23

Guerras

É pena que horrores rime com flores

E, também com dores, rancores

E, ainda com impostores, doutores

E, até com professores, nadadores

As guerras são grandes horrores

Que matam inocentes e tenras flores

Que são apanhadas entre rancores

Os monstros matam as bonitas flores

Os monstros não sabem o que são dores

Pelo menos, as que infligem aos opositores

As infelizes tenras flores não sobrevivem a tantos horrores

 

Nas guerras não há flores

Nas guerras há horrores

Nas guerras há muitas dores

Nas guerras não há regras

Nas guerras há só opositores

Nas guerras reina a loucura

A cegueira é mais que pura

O ódio cava a sepultura

Nas guerras não há humanidade

Nas guerras só há brutalidade

Nas guerras as balas não escolhem idade

Nas guerras não há solidariedade

Nas guerras só há mortandade

Nas guerras as crianças morrem antes da puberdade

Nas guerras ninguém diz a verdade

Nas guerras só há maldade

Todos se regem pela vaidade

Quem mata mais é herói

A dor do outro não dói

A dúvida é que mói.

                                          Os meus olhos não aguentam mais ver,

                                            nas guerras, as crianças a morrer.

            

José Silva Costa

 

 

  

 

 

 

 

 

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publicado às 07:47

Horrores

por cheia, em 20.02.23

Horrores

 

Há quem conviva bem com os horrores

Continuam a defender os invasores

Os comunistas e alguns doutores

São contra a ajuda militar a quem se defende

Não são capazes de condenar quem invade

Falam muito de paz e amizade

Mas apoiam os regimes que gastam tudo em armamento

E os povos vivem em grande sofrimento

Dizem-se grandes democratas, mas apoiam os ditadores

Se pudessem fechavam as fronteiras, para manterem a soberania nacional

Como se o mundo, hoje, não estivesse todo interligado

E ainda há quem vá na conversa deles!

Por que razão não põem os olhos em Cuba e na Coreia do Norte?

Que são os seus grandes inspiradores

Se todos conseguissem cooperar, grandes e pequenos

Se não fosse preciso fabricar armamento

Se não fosse preciso fugir da fome, das guerras, do ditador violento

Se não fosse preciso ganhar eleições

Não teríamos democracias

O mal é estar no olho do furacão

Como aconteceu ao povo Ucraniano

Por terem um vizinho louco, vaidoso, capaz das maiores atrocidades

Até quando durará esta guerra?

Ninguém sabe, mas os Ucranianos podem vir a ser obrigados a aceitarem um cessar-fogo ruinoso, se um presidente, das grandes nações, que os apoia, precisar desse trunfo, para tentar as eleições ganhar.

José Silva Costa   

 

 

 

 

  

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publicado às 07:56

As mais belas flores

por cheia, em 01.06.20

Dia Mundial da Criança

 

A criança, tão mal tratada!

Mesmo quando o mundo avança

O elo mais fraco do triângulo

Flor tenra e delicada

Por vezes, apanhada no turbilhão da vingança

Usada como arma de arremesso, pelos progenitores

Quando não estão à altura de assumirem a suas dores

Vítimas das guerras, nas mãos dos raptores

Condenadas a trabalhos forçados

Escravas sexuais, sujeitas a todos os horrores

Órfãos, deambulando, pelo mundo, à procura de alimento e lugar seguro

Felizes das que calham com progenitores, que todos os dias lhes dão carinho

Como quem rega uma semente, que com o tempo se torna numa flor florescente

Haja mais respeito por aqueles, que amamentam ao peito!

Não enjeitem a nobre missão de criar uma criança, com todas as mãos

Infelizmente, nem todos têm condições para escolherem, quando querem ter filhos

Mas, uma vez gerados, todos temos o dever de lhes prestarmos todos os cuidados

No primeiro dia Mundial da Criança, desta nova era, ajudemos as crianças, na dura aprendizagem, que as espera

O Mundo não volta a ser o que era!

Está nas nossas mãos, torna-lo melhor e mais humano.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

  

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publicado às 08:54

Amor eterno!

por cheia, em 24.11.19

No tempo da outra senhora (2)

 

Francisco já tinha feito o serviço militar

Estivera na fronteira do Alentejo

Na zona de Évora

Aquando da guerra civil Espanhola

Num exercício de artilharia

As coordenadas estavam erradas, racharam uma, centenária,

oliveira

Tinha estado em São Miguel do Pinheiro (Mértola)

Para aprender o ofício de ferreiro

Estava quase com trinta anos, procurava companheira

Encantou-se com a Alice, que era muito bonita

Pudera, tinha dezassete anos, menos doze que ele!

Quem não queria, uma tão linda flor!

Francisco ia, quase todos os dias, montado no macho

Namorar a Alice, não tinha tempo a perder

A Alice era a segunda de cinco raparigas e três rapazes

Ainda viria a ter mais um irmão, aquando de seu segundo filho

Mãe e filha grávidas, apenas, com um mês de diferença

Francisco convenceu a Alice a juntarem-se, pelo Santo Amaro

Era o habitual, não havia dinheiro para casamentos

Levou-a para o seu monte

Alugou uma parte da casa onde, também, funcionava a Escola Primária

Do lado direito vivia o novo casalinho, no esquerdo, por detrás da sala de aulas, a Dª. Olenca

Uma Algarvia, que viria a tirar a primeira fotografia ao futuro rebento

Estávamos em plena segunda guerra mundial, que a todos castigava

Senhas de racionamento, fome, miséria, sofrimento e morte

O futuro rebento recusou-se a nascer antes, da guerra acabar

Nasceu quatro meses depois, da mãe fazer dezoito anos

Alice esteve à morte, teve hemorragias.

Um curioso receitou-lhe uma sangria!

Médicos e hospitais, não havia!

Só lá em Lisboa!

Recorriam aos curandeiros locais

O pai de Alice, receando perder a segunda filha e o primeiro neto

Levou-os para a casa da família, onde a mãe e as irmãs os trataram.

 

José Silva Costa

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 19:13

A amizade

por cheia, em 26.05.19

Maio

Maio, mês do sol, das flores, dos fins de tarde encantadores!

Das cerejas rubras e deliciosas, como os beijos

Do desejo de te beijar, como se cerejas estivesse a provar

Os teus lábios são romãs, com cerejas a namorar, que gosto de saborear

Vamos aproveitar este sol de Maio, para nos embalar

Não há mês como este para nos levar ao altar

Quem me dera que todo o ano fosse Maio

Passar todo o tempo no sorriso do teu encanto

Sem chuva, sem frio, sem vento

Só com o sol a brilhar nos teus olhos e o corpo a saber a mar

Na praia, no campo, no meio das flores, a sonhar

Com futuros, sem muros, sem guerras, sem fomes, sem pobres

Talvez sejam só visões, mas seria tão bom viver na ilusão

Sem saber da realidade, dura e crua

Abraçar um desejo, um sonho, um amanhecer diferente

Onde a humanidade pudesse estar toda abraçada por uma causa

A amizade!

 

José Silva Costa

 

 

 

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publicado às 19:32


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