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Fregueses!
Sexta-feira, 17/01/2025, foi um dia de muita felicidade, para os fregueses
Vieram de todo o país, para ocuparem a Assembleia da República
Mais de 700, acompanhados pelos futuros candidatos a presidentes das 168 freguesias, todos contentes, alguns de longe, (300 kms) em autocarros, pagos por todos nós
Foram 302 divórcios, muito festejados, em Lisboa, por lhes terem roubado a identidade e os cemitérios, foram as respostas dadas, por tanta indignação
Até parecia a Revolução da Maria da Fonte, em 1846, por entre outras coisas, a proibição de enterros nas igrejas, como se vê, nada de mexer com os mortos
Os novos 168 presidentes vão-nos custar 10 milhões, em salários, por ano, no total, cerca de 30 milhões, por ano, o que é muito pouco, para ver os fregueses satisfeitos
Nem sabíamos onde gastar tantos milhões, um vez que os Serviços Públicos estão todos ótimos, se nas freguesias tudo está excelente, só o que faltava era ter mais presidentes de junta, junto dos fregueses, e não terem de namorar com todos os fregueses da união de facto, de facto não, forçada
Como gostei de ver, todos os partidos, com a exceção da Iniciativa Liberal, a apoiarem, mais esta despesa, e até o Chega, que como sabem, é o partido que não quer gastos com políticos, não teve coragem de votar contra, absteve-se
Em ano de eleições Autárquicas, ninguém quer afrontar os fregueses, o Orçamento Geral do Estado é muito flexível, todos os dias, podemos ir, com uma cesta, de mão estendida, pedir dinheiro emprestado.
José Silva Costa
O futuro é hoje (7)
O Luís ficou um pouco aliviado por os construtores de automóveis, incluindo Portugal, não se terem comprometido com uma data, para acabarem com os motores a combustão, na 26ª Conferência das Unidas sobre as Alterações Climáticas ( COP 26)
Mas sabe que mais tarde ou mais cedo têm os dias contados, porque as pessoas começam a ter receio de os comprarem, não sabendo se continuarão a ter assistência, peças ………..
Só pede que o seu posto de trabalho se mantenha até atingir a idade da reforma, porque já não se sente com força para procurar outro emprego, nunca fez outra coisa
Quando chegamos aos sessenta anos, começam a faltar as forças para novos desafios, queremos é obter a reforma, para fazer, o que tantas vezes adiámos, como se reformados, conseguíssemos concretizar todos os sonhos, adiados
Quantas vezes, os planos saem furados! Porque nos falta a saúde, porque temos de cuidar dos netos, o que quase todos fazem com tanto gosto, que se esquecem dos planos feitos ao longo da vida, para a caminhada final
Com a digitalização, esperava-se que tivéssemos mais tempo para estar com a família e para o lazer. Mas, infelizmente, tal não está a acontecer
Temos tido dificuldade em acabar com a burocracia do papel, de que tanto gostamos, hábito de tantos anos!
Se não preciso do atestado médico, em papel, para renovar a carta de condução, pela internet, por que razão é que o médico continua a imprimi-lo?
Se os maiores de 25 anos, que não precisem de averbar alterações no Cartão de Cidadão, podem obtê-lo sem ser preciso ir dormir para a porta das Lojas do Cidadão, por que razão continuam a fazê-lo?
Infelizmente, muita gente, ainda não mexe num computador, mas esse problema poderia ser atenuado, se as Juntas de Freguesia tivessem um espaço para ajudarem os fregueses, evitando deslocações, perda de tempo, gastos desnecessários
Tudo o que se poder fazer no digital deveria ser publicitado, para que as pessoas adiram, para não se desperdiçarem horas de trabalho ou lazer, papel, dinheiro, contribuindo para um planeta mais sustentável
Todos estamos de acordo que é preciso acabar com os combustíveis fosseis, mas quando os equipamentos são desligados, os trabalhadores reagem e com razão, temem pelo seu futuro, aconteceu com o encerramento da refinaria, em Matosinhos, e está a acontecer com o anuncio do encerramento da central termoelétrica, a carvão, do Pego, previsto para 30/11/2021.
Continua
José Silva Costa
A feira!
Árvores frondosas, na bonita serra
Rochas descalças, à sombra
A ouvirem o sussurrar da ribeira
O vento a assobia na eira
À espera do dia da feira
Onde descansam do duro trabalho do campo
E compram os sonhos de um ano
Todos os anos, o mesmo entusiasmo
Feirantes ensonados no amanhecer da madrugada
A tenda à espera dos sorrisos dos fregueses
Cansados do pó da estrada
Com os fatos domingueiros, engomados
Rostos afogueados para a festa anual
O prémio de um duro ano de trabalho
Um bailarico ao som do acordeão
Para dançar com o namorado
Mais um ciclo, das culturas, acabado.
José Silva Costa
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