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Almofadas

por cheia, em 13.11.23

Almofadas

 

Os Bancos, à conta da subida dos juros, têm tido muitos lucros, enquanto os clientes, principalmente, os que estão a pagar o crédito à habitação, não param de fazer contas à vida

Ao contrário do que aconteceu com Vítor Escária, chefe do gabinete de António Costa, que  não sabia o que fazer a 85.500 euros, tendo optado por utilizar as notas do Banco de Portugal, para decorar o gabinete, metendo-as  em livros, em envelopes, em caixas de vinho, mostrando que as decorações futuristas, podem  substituir os quadros, as fotografias dos filhos, da mulher  e outros objetos, por obras de arte  mais populares, como são as notas de euros   

Os acionistas já esfregam as mãos de contentes, por poderem atafulhar os bolsos, sem nada fazerem, vivendo dos chorudos dividendos

Há sempre quem seja desmancha-prazeres, como é o caso do Governador do Banco de Portugal, que lhes veio lembrar, para fazerem provisões, criando almofadas, para fazerem face aos tempos difíceis, que aí veem, provocando crédito mal parado, em vez de entregarem os lucros aos acionistas

Mas os banqueiros não estão de acordo, dizendo que os bons resultados dão para tudo, sabendo, mesmo que o não digam, que a melhor almofada, para os prejuízos das grandes empresas, são os impostos dos contribuintes, como se viu na crise de 2008, em que tivemos de  capitalizar os bancos, assumindo todos os desmandos dos banqueiros

Não sou contra a capitalização de empresas, em que se justifique, como seja o interesse do país e dos trabalhadores, como aconteceu com a TAP e a EFACEC

Os administradores devem ser punidos, caso se comprove que a falência foi devida à má gestão.

 

José Silva Costa

 

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publicado às 07:48

9 euros

por cheia, em 07.11.22

9 €, por dia!

 

Mais de metade dos pensionistas recebe menos de 275 €

Estes pensionistas receberam pouco mais do que os 125 €, que foram dados a quem está no ativo, com rendimentos até 2.700 €

Os grandes beneficiados foram os que têm chorudas pensões!

A Revista Sábado nº 962 de 5 a 12 de outubro diz que um estudo identificou 35 regimes especiais de pensões

Pública as fotografias de 9 individualidades, entre elas só uma Senhora, e as respetivas pensões, que são por ordem decrescente: €49.000, €27.000, €15.000, €13.607, €9.960, €8.551, €7.225, €6.000, €2.900

Como é que o Governo, para atribuição dos 125 €, estabeleceu e bem um limite de 2.700 €, e para os pensionistas decidiu atribuir meia pensão para todos, com exceções?

Não seria muito mais justo excluir quem tem uma reforma de luxo, e atribuir em vez de meia uma pensão a quem recebe menos de 275 €?!    

Com esta distribuição dos rendimentos, caminhamos para um, cada vez, maior fosso entre os muito ricos e os muito pobres

Uma triste realidade que a todos nos devia envergonhar, mas preferimos olhar para o lado

Resta-nos o seguro de vida, que o Primeiro-Ministro nos fez, para o ano de 2023, pelo menos, por um ano estamos garantidos. Depois é esperar pelo ano das eleições legislativas, em que costumam dar um rebuçado, para ver se veem o mandato renovado.

 

José Silva Costa

 

    

 

 

 

 

 

 

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publicado às 08:00

Amor & guerra (9)

por cheia, em 05.04.21

Amor & Guerra (9)

 

O Carlos escreveu à Miquilina, dizendo-lhe que tinha ficado encantado com as fotografias, que tinham um filho muito bonito, e que ela estava, cada vez, mais bonita

Miquelina ficou radiante por o Carlos estar encantado, não só com o filho, mas também com ela

O Januário, finalmente, teve tempo para ir visitar a Bárbara. Há muito que o queria fazer. Mas, o posto médico estava sempre cheio, porque o comandante tinha determinado que fosse dada assistência médica aos civis, uma vez que, na Vila, não havia mais ninguém que prestasse esses cuidados, e a Missão ficava a mais de vinte quilómetros da Vila

A Bárbara ficou muito contente com a visita. Aproveitou, mais uma vez, para lhe agradecer tudo o que tinha feito por ela e pela sua filha. Pediu-lhe para transmitir ao comandante o reconhecimento, de toda a população, pela preocupação em minimizar os seus problemas

Depois daqueles agradecimentos, ele ganhou coragem para lhe dizer quanto gostava dela, e que a ajudaria a criar a Sara, como se fosse sua filha

Ela ficou encantada com aquelas bonitas palavras, e chegou a pensar em aceitar o namoro

Mas, a conversa continuou, e ela aproveitou para o questionar sobre a guerra e o futuro

Ele respondeu que a guerra, mais-dia-menos dia a guerra acabaria, e que Portugal continuaria a ter um grande Império

A Bárbara estava totalmente em desacordo, e disse-lhe que ninguém sabia quando a guerra acabaria e que mais tarde ou mais cedo, Portugal tinha de dar a independência às suas Colónias, como tinham feito todas as outras potências colonialistas

E disse-lhe que Portugal devia ter aproveitado a fazer, com os líderes dos movimentos independentistas, um acordo, para uma independência amigável, antes de terem iniciado as guerras da independência, quando eles estudavam na Metrópole

Porque, primeiro era preciso criar um exército nacional, que garantisse a unidade nacional, evitando que os movimentos tivessem pegado em armas

A seguir falaram do futuro. A Bárbara queria sair daquela Vila, ir para uma grande cidade onde a filha pudesse estudar, enquanto o Januário não se importava de ficar ali, para sempre

Por fim, acabou por lhe dizer que não podia aceitar o pedido de namoro, porque tinham aspirações muito diferentes, quanto ao futuro

O Januário ficou muito surpreendido com a decisão da Bárbara. Era muito diferente da mãe dele, que era uma mulher que dependia do marido: aqui me queres, aqui me tens, enquanto a Bárbara tinha a ambição de ir para a Metrópole, para Lisboa ou Coimbra, onde sonhava ter estudado, mas os pais nunca consentiram que saísse daquela Vila

O Januário teve o amargo sabor de saber que as mulheres são difíceis de entender, que são caixinhas de surpresas, com uma grande força, que a maternidade lhes confere, fazendo com que sejam determinadas, sonhadoras, exigentes.

 

Continua

 

 

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publicado às 07:59

Amor & guerra (7)

por cheia, em 01.04.21

Amor & guerra (7)

 

A Companhia do Carlos continuava a travar duros combates, na tentativa de conseguir empurrar os guerrilheiros para fora de solo angolano. Mas, não estava a conseguir, porque as forças estavam muito equilibradas. As atrocidades eram muitas, de parte a parte 

Miquelina estava muito preocupada, com o Carlos, tinha sonhado que ele tinha sido ferido. Não havia meio de chegarem notícias, o que também não adiantava, porque tudo podia acontecer de um segundo para o outro

Já lhe tinha mandado as duas bonitas fotografias, em que estava ela e o Miguel.

Estava tão feliz, só gostava de ver a reação, do Carlos, quando recebesse as fotografias   

Januário não deixava de pensar na Bárbara, sem saber como teria terminado o parto, ainda não tinha tido oportunidade de passar pelo seu estabelecimento, para saber se as empregadas já sabiam alguma coisa da Bárbara

 À Barbara e à bebé valeram-lhes a muita experiencia das freiras. Já tinham dado assistência a muitos partos difíceis, fazendo com que tivessem aprendido muito e estivessem aptas a assistir a partos muito complicados

Ambas tiveram de ficar uns dias, na Missão, até estarem em condições de irem para casa, tempo que as freiras aproveitaram para lhe irem ensinando como cuidar da bebé

A Bárbara estava-lhes muito grata por terem conseguido ajudá-la, naquele parto tão difícil, e tudo ter terminado bem. Nunca esqueceria o momento de felicidade e alegria, quando lhe colocaram, a linda bebé, nos braços

Da Missão, já tinham informado as empregadas do dia, a partir do qual elas podiam sair. Por vezes ficavam mais uns dias, porque não havia comunicações, nem transportes

Por coincidência o Januário passou pelo estabelecimento, no dia em que receberam a notícia do dia em que elas podiam deixar a Missão

  Assim que soube o dia em que elas sairiam, pediu ao Comandante, se poderia ir busca-las, utilizando uma viatura militar

Obteve de imediato a autorização, o que fez com que ficasse muito feliz. Queria surpreendê-la dizendo-lhe que a amava, pedir-lhe namoro, afiançar-lhe que criaria aquela bebé, como se fosse filha dele, tanto para lhe dizer! Mas, teria de ficar para uma oportunidade que estivessem a sós

Entretanto o Carlos recebeu a carta com as duas fotografias, ficou uns minutos a contempla-las, estava radiante, O Miguel e a Miquilina eram lindos, pensou na sorte que tivera em arranjar uma namorada tão bonita, e o Miguel era a cara dele, tão bonito!

Quando se encontrou a sós com o camarada, que tinha posto em causa a sua paternidade, puxou das fotografias e disse-lhe: “está aqui a prova” 

Continua

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publicado às 08:05


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