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Reconciliação!

por cheia, em 26.01.24

Reconciliação!

Depois de tantos anos a votarem contra o misero aumento de 10€, para os  pensionistas

Certamente com medo que se metessem no marisco e tivessem alguma congestão

Agora, mais uma vez, querem-nos enganar, dizendo que connosco se querem reconciliar

No leilão das promessas, se quiserem que nenhuma pensão fique abaixo do ordenado mínimo  só têm de cantar, todos os dias, o hino nacional, a olhar para a fotografia do promotor

Dois candidatos a primeiro- ministro: um, até 10 de março, será o culpado de tudo o que de ruim aconteceu, até da morte da minha avó!

O, outro, como nunca teve funções governativas, nunca cometeu nenhum erro

 A Câmara de Espinho fez com o seu escritório de advogados uns contratos de ajuste direto, cujo Presidente era seu amigo

Aproveitando essa amizade, na recuperação de um palacete, conseguiu a isenção de impostos, sujeita à não alteração da fachada, o que não aconteceu

Não contente, ainda, conseguiu que os materiais de construção fossem comprados à taxa mínima do IVA, em vez da máxima, por se tratar de uma recuperação, e não de uma nova construção. Mas, da antiga nada restou.

Habilidades! 

Um exemplar, gestor financeiro.

Medina, numa entrevista à SIC, disse que a Procuradora Geral da República não devia  investigar denuncias anónimas, mas parece-me que o que queria dizer é que não devia investigar os políticos, a língua é que não obedeceu.  

Com tanta escolha, é fácil saber em quem votar.

 

José Silva Costa  

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:54

Amor & guerra (36)

por cheia, em 21.06.21

Amor & guerra (36)

Despois de dois anos, da entrega das Colónias, começou a longa marcha, para a entrada no clube dos ricos

Foi uma dura e longa caminhada. A 11/3/1977, as explicações das razões do pedido de adesão à CEE, a 28, do mesmo mês, foi pedida a adesão

A 19/5/1978, a Comissão Europeia pronuncia-se a favor da adesão. Mais de dois anos e meio depois, a 18/12/1980, foi aprovado o acordo, sob forma de Cartas entre a CEE e República Portuguesa, relativo à criação de uma ajuda de pré-adesão a favor de Portugal, de 100 milhões de ecus para projetos ou programas de melhoramentos das estruturas industriais, modernização dos setores agrícola e das pescas e desenvolvimento de infraestruturas

Uma ajuda que não evitou que em 1983, tivéssemos de ir, pela segunda vez, bater à porta do FMI

A 18/12/1984, um segundo acordo de pré-adesão. Mais 50 milhões de ecus para as estruturas dos setores agrícola e pescas

Meio ano depois, a 11/6/1985, o Conselho decide que, o Reino de Espanha e a República  Portuguesa, podem tornar-se membros da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço.

Na mesma data aceitou a admissão na Comunidade Económica Europeia, e na Comunidade Europeia da Energia Atómica

No dia seguinte, em Lisboa, nos Jerónimos, foi assinado o tratado de adesão da República Portuguesa à CEE e à CEEA

 

 A Bárbara, vendo que tinham sobrado muitos francos franceses, decidiu ir ao Banco, vendê-los. Entrou no Banco, dirigiu-se ao balcão e vendeu os francos franceses. Quando ia a sair, encarou com o Carlos. Para confirmar, não fosse outra pessoa muito parecida, perguntou-lhe se se chamava Carlos, se tinha estado em Angola em 1961, até que ele a reconheceu, e lhe perguntou se era a Bárbara. Confirmou que era a Bárbara e que precisava muito de falar com ele. O Carlos pediu-lhe se podia esperar, no jardim ali perto, que estava quase a sair e iria ter com ela

Quando o Carlos chegou, confrontou-o com o facto de a ter abandonado, sem que tivesse, ao menos, escrito uma carta, para saber como estava

Ele tentou defender-se, dizendo que a Companhia tinha recebido ordens para sair, nessa noite, daquela Vila, e ir mais para Norte. Que ao fim de algum tempo foi ferido, em combate. Teve de ser evacuado para a Metrópole, e lhe tinham amputado a perna esquerda, abaixo do joelho

A Bárbara lamentou que tivesse sido amputado, mas que nada disso serviria de desculpa para não a ter procurado. Que ele nunca conseguiria imaginar o que ela tinha sofrido, durante todos aqueles anos, sem saber se estava vivo ou morto

Que tinha procedido como alguns animais irracionais, que, depois de cobrirem as fêmeas, nunca mais se importam se ficaram ou não prenhas

Perguntou-lhe se alguma vez tinha imaginado o que era criar uma filha, sozinha, que não se cansava de lhe perguntar pelo pai

Quando a Bárbara falou em filha, o Carlos estremeceu, mudou de cor, perguntou-lhe se a filha estava bem e se tinha com ela, alguma fotografia, que gostava de a ver

A Bárbara abriu a carteira e mostrou-lhe uma fotografia, recente, da filha

Ele disse que era linda e que já a conhecia, não sabia é que era filha dele

A Bárbara ficou admirada por ele já a conhecer, e perguntou-lhe de onde é que a conhecia

Respondeu-lhe que era a amiga do filho: o Miguel. Foi a vez de ela mudar de cor e dizer, que ainda, por cima, ele era o marido da sua melhor amiga: a Miquelina. Com tanta gente em Lisboa, tinha de travar amizade com a mulher do homem, que a tinha abandonado, sem querer saber se estava grávida ou não. Perguntou-lhe a quantas é que tinha feito o mesmo, em Angola

Respondeu-lhe que não tinha tido relações sexuais com mais nenhuma mulher, em Angola

A Bárbara continuava furiosa e disse-lhe, que fosse como fosse, o que lhe tinha feito não se fazia a ninguém. Depois de ter tido tanto trabalho para a convencer a sair daquela cave, de a ter devolvido à vida, de a ter engravidado, a tenha deixado, desaparecendo como o fumo

O Carlos voltou a dizer que a culpa não tinha sido só dele, que tinha sido da guerra, e até dela, que não se tinha opostos a que tivessem relações sexuais

Ela respondeu-lhe que naquelas circunstâncias dependia de quem lhe desse carinho, companhia, de tudo o que conseguisse fazê-la voltar à vida

Antes de se despedirem, o Carlos pediu-lhe para não dizer nada a ninguém, enquanto ele não dissesse à família o que tinha acontecido, porque pretendia fazê-lo, quando estivessem, os quatro, reunidos.

Continua.

 

 

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publicado às 07:48

Amor & guerra (5)

por cheia, em 25.03.21

Amor & guerra (5)

A Companhia do Carlos já tinha sofrido várias emboscadas, acionado muitas minas: um inferno! Alguns mortos, muitos feridos, mas o Carlos saiu ileso.

Entretanto, a Miquelina já tinha tido o menino. Correu tudo bem, foi assistida pela mãe e uma vizinha.

Assim que pôde, a Miquelina escreveu para o namorado, informando-o do nascimento do filho, dizendo-lhe que era parecido com ele, pedindo-lhe para dizer que nome é que gostava de pôr ao filho, e assim que tivesse uma fotografia, enviar-lha-ia

 

A Barbara estava muito preocupa com o parto. Não havia médico, nem enfermeira, nem parteira. Não sabia a quem pedir ajuda, mas as empregadas sossegaram-na, dizendo que já tinha assistido algumas parturientes

O Carlos, quando recebeu a notícia de que era pai de um menino, deu pulos de contente, fazendo com que os camaradas pensassem que não estava bem, não cabia em si de contente

Mas, como há sempre quem não goste de ver ninguém feliz, um deles perguntou-lhe se tinha a certeza que o miúdo era filho dele

Carlos indignou-se, disse que tinha toda a confiança na Miquelina, e não falava mais sobre o assunto

Miquelina estava ansiosa por receber notícias do Carlos, era preciso registar o filho, e ela queria que fosse o pai a escolher o nome. Tinha-lhe escrito a dizer que não se importava que fosse Miguel, mas o nome que ele escolhesse, é que seria o nome do menino

Já tinha caído em desuso, serem os padrinhos a escolher o nome dos afilhados, que consoante o sexo, era o nome da madrinha ou do padrinho

Carlos estava envolvido numa grande operação, composta por três companhias, que tinham como missão fazer recuar os guerrilheiros para fora do território angolano, a Norte. Operação que poderia demorar mais de um mês, fazendo com que não pudesse responder à Miquelina.

 

Continua

 

 

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publicado às 08:00

Amor eterno!

por cheia, em 24.11.19

No tempo da outra senhora (2)

 

Francisco já tinha feito o serviço militar

Estivera na fronteira do Alentejo

Na zona de Évora

Aquando da guerra civil Espanhola

Num exercício de artilharia

As coordenadas estavam erradas, racharam uma, centenária,

oliveira

Tinha estado em São Miguel do Pinheiro (Mértola)

Para aprender o ofício de ferreiro

Estava quase com trinta anos, procurava companheira

Encantou-se com a Alice, que era muito bonita

Pudera, tinha dezassete anos, menos doze que ele!

Quem não queria, uma tão linda flor!

Francisco ia, quase todos os dias, montado no macho

Namorar a Alice, não tinha tempo a perder

A Alice era a segunda de cinco raparigas e três rapazes

Ainda viria a ter mais um irmão, aquando de seu segundo filho

Mãe e filha grávidas, apenas, com um mês de diferença

Francisco convenceu a Alice a juntarem-se, pelo Santo Amaro

Era o habitual, não havia dinheiro para casamentos

Levou-a para o seu monte

Alugou uma parte da casa onde, também, funcionava a Escola Primária

Do lado direito vivia o novo casalinho, no esquerdo, por detrás da sala de aulas, a Dª. Olenca

Uma Algarvia, que viria a tirar a primeira fotografia ao futuro rebento

Estávamos em plena segunda guerra mundial, que a todos castigava

Senhas de racionamento, fome, miséria, sofrimento e morte

O futuro rebento recusou-se a nascer antes, da guerra acabar

Nasceu quatro meses depois, da mãe fazer dezoito anos

Alice esteve à morte, teve hemorragias.

Um curioso receitou-lhe uma sangria!

Médicos e hospitais, não havia!

Só lá em Lisboa!

Recorriam aos curandeiros locais

O pai de Alice, receando perder a segunda filha e o primeiro neto

Levou-os para a casa da família, onde a mãe e as irmãs os trataram.

 

José Silva Costa

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 19:13


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