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2024!

por cheia, em 01.01.24

2024!

Que sejas bem-vindo

Que tragas paz, amor, saúde, alegria e felicidade, para todos

Todos os anos o recebemos com toda a euforia

Não faltam foguetes, champanhe e muita folia

Sempre, na esperança, que num novo ano, nasça um novo mundo

Onde caibamos todos, sem ódios, nem explorações

E, que por fim, se abracem todas as nações

Não há factos nem razões

Para que os povos andem, sempre, em convoluções

Se o que ambicionamos é paz, pão, habitação

Para quê tantas desigualdades e rancores?

Não nos bastam as dores!

Vamos dar uma oportunidade às bonitas flores

Que todos os dias nos apelam para que vejamos as suas cores

Que não esqueçamos que são a melhor prenda, para os nossos amores

Têm perfumes, muito brilho, encanto, e estão sempre ao nosso dispor

Que 2024 seja um ano diferente, melhor, tem mais um dia

Que contrarie o velho ditado: ano bissexto, “palha e tudo no cesto”

Antigamente, os agricultores não gostavam nada dos anos bissextos

Em cada novo ano, aumenta a esperança

Que vai ardendo ao longo do ano

O ano acaba, mas a esperança nunca morre

Andamos nesta andança

A cada ano novo reacendemos a esperança.

 

Feliz Ano Novo, para todas e todos!

 

José Silva Costa

 

   

 

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publicado às 07:55

Mimada

por cheia, em 12.12.22

Lisboa

Feiticeira no Paço da Ribeira

Namoradeira e estrangeira

Varina de canasta à cabeça rua acima

Em cada colina uma floreira

O fado em todo o lado

Flausina de nariz arrebitado

Na procura do moço amado

Para marcharem no dia de Santo António

Beijada no vão da escada

Um beijo roubado, na despedida

O amor é um desassossego

Mesmo que queiramos não conseguimos escondê-lo 

Sobe ao Castelo, de fugidia

Ver a cidade dali é como a beijar

Uma das colinas parecia uma bailarina

Junho é o maior mês da folia

As ruas enchem-se de magia

Nos arraiais a sardinha é rainha

Lisboa, cidade tão velhinha

Sempre renovada e de cara lavada

Tem nas Amoreiras a sua mais nova e bonita entrada

Por todos quer ser beijada

Sejam nómadas digitais, seja quem for

Todos são bem recebidos

Vêm de todo o mundo

Dizem que é por causa do sol, da comida, das pessoas ……

Seja lá pelo que for

As ruas estão cheias de beijos e amor.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

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publicado às 10:14

Adeus Junho!

por cheia, em 30.06.22

Adeus junho, até para o ano!

 

Junho está a terminar

O mês dos Santos Populares está a acabar

Foi um mês de muita folia e alegria

Como que uma preparação para as férias

Estamos todos desejosos de recuperar o tempo perdido

Parece que não aprendemos, com a pandemia, o devido

Continuamos nas correrias, como se nada tivesse acontecido

Para além da pandemia, estamos a sofrer as consequências de uma guerra

Continuamos “ naquele ingano d´alma ledo e cego/ Que a fortuna não deixa durar muito…” (1)

Não podemos ser só cigarras, também temos de ser formigas

O verão passa num ápice

O outono e o inverno podem ser frios: um inferno!

Temos de nos preparar para os novos tempos

A falta de energia pode ser um grande contratempo

No verão, ainda, podemos dormir ao relento

Mas no inverno o melhor é termos um bom teto

O que todos os pobres ambicionam

Onde possam, as poucas horas de descanso, passar

Como é bom termos uma casa para nos acarinhar!

Todos os dias quando chegamos cansados do trabalho, do duro dia

Num mundo tão desigual muitos nunca, esse carinho, vão saborear

Nem sequer têm uma almofada onde o sono deitar.

José Silva Costa

 

  • Lusíadas, canto III, estrofe 120

 

 

 

 

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publicado às 07:59

Bem-vindo, Junho

por cheia, em 01.06.22

Junho

 

Junho, mês dos Santos Populares

Das marchas e dos manjericos

Dos arrais e dos petiscos

Da sardinha assada e bailaricos

Das férias, da praia e namoricos

Verão, calor, sabor a sal

Um mês de muito sol e alegria

Para receber o verão com toda a energia

Muita folia e magia nas noites quentes

Felizes dias e bons ambientes

Para regozijo das gentes

Mostrando que as sociedades recreativas estão vivas

Que as cidades não estão perdidas

As saudades continuam entretidas

Ao sabor das correrias das vidas

Tão disputadas pelas audienças

Tanta concorrência!

Não faltam bons eventos

O difícil é escolher

Um mês que convida ao lazer

O muito que os nossos olhos querem ver

A impossibilidade de tudo usufruir

As férias porvir

O cansaço já se está a sentir

O descanso demora a sorrir

O verão proporciona convívio e encontros

Matar as saudades e os amigos abraçar.

 

José Silva Cos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 08:00

Ilusão!

por cheia, em 03.08.21

Ilusão!

 

Neste verão, dá-me a mão

Vamos aproveitar esta ilusão

De que a pandemia já passou

Quando a liberdade ainda não chegou

Mas viver é isso mesmo, aproveitar o presente

Não se deixar abater por o que virá a acontecer

Enquanto a vida o quiser, vamos aproveitar o entardecer

Porque a vida é a mais bela fantasia, que nos aconteceu

Não se pode perder um segundo, quanto mais um dia!

Vamos para a folia, porque amanhã já será outro dia

E, este não se repetirá, porque se acontecesse, seria uma avaria

Para espanto, já bastam as alterações climáticas

Que a todos surpreendem, todos os dias

Até os que contra elas sempre argumentaram, já pararam

Não conseguem explicar os fenómenos, que nos estão amatar

São fogos, são chuvas, tudo está a desabar

Os degelos polares, os incêndios, as cheias, que levam tudo à frente

Nunca ninguém antes pensou que, parar para pensar, era tão urgente

Antes que a nossa arrogância acabe com toda a gente.

José Silva Costa

 

 

    

 

 

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publicado às 07:54

Gaivotas!

por cheia, em 24.02.20

Carnaval

22/02/2020

 

Fomos ver os meninos e meninas da EB1 de Mafra

Desfilaram pelas ruas da Ericeira

Terminaram no Parque de Santa Marta

Com muitas máscaras alusivas ao mar

Onde não faltaram as pranchas de surf

Em homenagem às ondas de Ribeira D’ Ilhas

Pareciam bandos de Gaivotas

A esvoaçarem pelas ruas

Misturados de criaturas do mar

Por aquelas ruas a desfilar

Na alegria contagiante

Que só as crianças nos sabem dar

Uma tradição muito antiga

Que nos permite brincar ao Carnaval

Com a qual tive contato

Quando ainda, nos bancos da Escola, não tinha lugar

Mas como nasci numa casa onde também estava instalada a Escola

Desde muito cedo me intrometi nas brincadeiras do recreio

Estava na porta de entrada, teria 3 ou 4 anos, quando vi um Senhor a subir a rua

Mascarado com cortiça queimada e uns grandes dentes de cana

Fez-me sinal para não dizer nada

Devia ter autorização da Professora

Porque a porta estava aberta

Aproveitei a boleia e entrei ao lado dele

E, vi alguns alunos a saltarem para cima das carteiras

Esta é a minha primeira lembrança das brincadeiras do Carnaval.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 17:56


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