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2024!
Que sejas bem-vindo
Que tragas paz, amor, saúde, alegria e felicidade, para todos
Todos os anos o recebemos com toda a euforia
Não faltam foguetes, champanhe e muita folia
Sempre, na esperança, que num novo ano, nasça um novo mundo
Onde caibamos todos, sem ódios, nem explorações
E, que por fim, se abracem todas as nações
Não há factos nem razões
Para que os povos andem, sempre, em convoluções
Se o que ambicionamos é paz, pão, habitação
Para quê tantas desigualdades e rancores?
Não nos bastam as dores!
Vamos dar uma oportunidade às bonitas flores
Que todos os dias nos apelam para que vejamos as suas cores
Que não esqueçamos que são a melhor prenda, para os nossos amores
Têm perfumes, muito brilho, encanto, e estão sempre ao nosso dispor
Que 2024 seja um ano diferente, melhor, tem mais um dia
Que contrarie o velho ditado: ano bissexto, “palha e tudo no cesto”
Antigamente, os agricultores não gostavam nada dos anos bissextos
Em cada novo ano, aumenta a esperança
Que vai ardendo ao longo do ano
O ano acaba, mas a esperança nunca morre
Andamos nesta andança
A cada ano novo reacendemos a esperança.
Feliz Ano Novo, para todas e todos!
José Silva Costa
Lisboa
Feiticeira no Paço da Ribeira
Namoradeira e estrangeira
Varina de canasta à cabeça rua acima
Em cada colina uma floreira
O fado em todo o lado
Flausina de nariz arrebitado
Na procura do moço amado
Para marcharem no dia de Santo António
Beijada no vão da escada
Um beijo roubado, na despedida
O amor é um desassossego
Mesmo que queiramos não conseguimos escondê-lo
Sobe ao Castelo, de fugidia
Ver a cidade dali é como a beijar
Uma das colinas parecia uma bailarina
Junho é o maior mês da folia
As ruas enchem-se de magia
Nos arraiais a sardinha é rainha
Lisboa, cidade tão velhinha
Sempre renovada e de cara lavada
Tem nas Amoreiras a sua mais nova e bonita entrada
Por todos quer ser beijada
Sejam nómadas digitais, seja quem for
Todos são bem recebidos
Vêm de todo o mundo
Dizem que é por causa do sol, da comida, das pessoas ……
Seja lá pelo que for
As ruas estão cheias de beijos e amor.
José Silva Costa
Adeus junho, até para o ano!
Junho está a terminar
O mês dos Santos Populares está a acabar
Foi um mês de muita folia e alegria
Como que uma preparação para as férias
Estamos todos desejosos de recuperar o tempo perdido
Parece que não aprendemos, com a pandemia, o devido
Continuamos nas correrias, como se nada tivesse acontecido
Para além da pandemia, estamos a sofrer as consequências de uma guerra
Continuamos “ naquele ingano d´alma ledo e cego/ Que a fortuna não deixa durar muito…” (1)
Não podemos ser só cigarras, também temos de ser formigas
O verão passa num ápice
O outono e o inverno podem ser frios: um inferno!
Temos de nos preparar para os novos tempos
A falta de energia pode ser um grande contratempo
No verão, ainda, podemos dormir ao relento
Mas no inverno o melhor é termos um bom teto
O que todos os pobres ambicionam
Onde possam, as poucas horas de descanso, passar
Como é bom termos uma casa para nos acarinhar!
Todos os dias quando chegamos cansados do trabalho, do duro dia
Num mundo tão desigual muitos nunca, esse carinho, vão saborear
Nem sequer têm uma almofada onde o sono deitar.
José Silva Costa
Junho
Junho, mês dos Santos Populares
Das marchas e dos manjericos
Dos arrais e dos petiscos
Da sardinha assada e bailaricos
Das férias, da praia e namoricos
Verão, calor, sabor a sal
Um mês de muito sol e alegria
Para receber o verão com toda a energia
Muita folia e magia nas noites quentes
Felizes dias e bons ambientes
Para regozijo das gentes
Mostrando que as sociedades recreativas estão vivas
Que as cidades não estão perdidas
As saudades continuam entretidas
Ao sabor das correrias das vidas
Tão disputadas pelas audienças
Tanta concorrência!
Não faltam bons eventos
O difícil é escolher
Um mês que convida ao lazer
O muito que os nossos olhos querem ver
A impossibilidade de tudo usufruir
As férias porvir
O cansaço já se está a sentir
O descanso demora a sorrir
O verão proporciona convívio e encontros
Matar as saudades e os amigos abraçar.
José Silva Cos
Ilusão!
Neste verão, dá-me a mão
Vamos aproveitar esta ilusão
De que a pandemia já passou
Quando a liberdade ainda não chegou
Mas viver é isso mesmo, aproveitar o presente
Não se deixar abater por o que virá a acontecer
Enquanto a vida o quiser, vamos aproveitar o entardecer
Porque a vida é a mais bela fantasia, que nos aconteceu
Não se pode perder um segundo, quanto mais um dia!
Vamos para a folia, porque amanhã já será outro dia
E, este não se repetirá, porque se acontecesse, seria uma avaria
Para espanto, já bastam as alterações climáticas
Que a todos surpreendem, todos os dias
Até os que contra elas sempre argumentaram, já pararam
Não conseguem explicar os fenómenos, que nos estão amatar
São fogos, são chuvas, tudo está a desabar
Os degelos polares, os incêndios, as cheias, que levam tudo à frente
Nunca ninguém antes pensou que, parar para pensar, era tão urgente
Antes que a nossa arrogância acabe com toda a gente.
José Silva Costa
Carnaval
22/02/2020
Fomos ver os meninos e meninas da EB1 de Mafra
Desfilaram pelas ruas da Ericeira
Terminaram no Parque de Santa Marta
Com muitas máscaras alusivas ao mar
Onde não faltaram as pranchas de surf
Em homenagem às ondas de Ribeira D’ Ilhas
Pareciam bandos de Gaivotas
A esvoaçarem pelas ruas
Misturados de criaturas do mar
Por aquelas ruas a desfilar
Na alegria contagiante
Que só as crianças nos sabem dar
Uma tradição muito antiga
Que nos permite brincar ao Carnaval
Com a qual tive contato
Quando ainda, nos bancos da Escola, não tinha lugar
Mas como nasci numa casa onde também estava instalada a Escola
Desde muito cedo me intrometi nas brincadeiras do recreio
Estava na porta de entrada, teria 3 ou 4 anos, quando vi um Senhor a subir a rua
Mascarado com cortiça queimada e uns grandes dentes de cana
Fez-me sinal para não dizer nada
Devia ter autorização da Professora
Porque a porta estava aberta
Aproveitei a boleia e entrei ao lado dele
E, vi alguns alunos a saltarem para cima das carteiras
Esta é a minha primeira lembrança das brincadeiras do Carnaval.
José Silva Costa
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