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Primeiro de Maio
Um primeiro de Maio diferente
Com muito tempo para refletir
Num Mundo desequilibrado
Onde poucos têm tudo, e muitos não têm nada
Um Mundo de fachada, que não valoriza a qualidade humana
Em que o desenvolvimento foi baseado no desperdício
“ Usa e deita fora”
Com os serviços mais bem pagos que a produção
Os produtos essenciais são pagos a meio tostão
Os supérfluos valem um dinheirão
É tempo de reflexão
O fosso das desigualdades não pode continuar
Cada qual tem a sua função
Não é tempo de guerrilhas, mas de colaboração
Os recursos são escassos, não podemos continuar a desbarata-los
Há povos que deitam para o lixo o que faz falta a outros
Valores invertidos, prioridades invertidas, está tudo de pernas-para o ar
Vamos ver se esta pandemia, que nos veio mostrar o que é a igualdade
Se nos faz refletir e, alguma coisa, mudar
Porque ela veio interromper vidas, suspender outras, causar o caos
Um turbilhão, que a todos nos atirou ao chão
Como nos vamos levantar!
Se tudo mudou e não sabemos como vai ficar
Se não temos pão para, aos filhos, dar
Tudo parou, as empresas, os trabalhadores, estão a despedir
Neste primeiro de Maio, dia do trabalhador, o trabalho desapareceu
Pela primeira vez, o dia do trabalhador, mais parece o dia do desempregado
Como é que vai ser!
Se todos os dias temos de comer
Os senhores que só pensam em nos impressionar com as suas riquezas materiais, é que nos podiam responder
Por que razão não há uma melhor distribuição da riqueza produzida?
Há, assim, tanta diferença entre os seres humanos?
Que justifique que uns tenham tudo e os outros não tenham nada
As vaidades não elevam ninguém
Só o humanismo pode valorizar o que é humano.
José Silva Costa
Sexta-feira,13 de março de 2020
Para tudo! Estamos em alerta
Nunca o Mundo tinha assistido a uma coisa assim
Infelizmente, uma grande lição, para os que, sem saberem nada do novo vírus
Se apressaram a dizer que este vírus era menos letal que o vírus da gripe
O Mundo está fechado!
Ninguém quer nada com o vizinho do lado
Está tudo virado do avesso
Tanto que gostamos de receber e fazer visitas
Agora, ninguém é bem-vindo
Está tudo assustado
Cada um no seu canto, resguardado
Nem me deixam ir ao supermercado
Os filhos encarregaram-se do recado
Porque o vírus gosta muito dos idosos
Têm mais portas de entrada, para o hóspede indesejado
Assim, temos de ter o máximo cuidado
Não correr para as grandes superfícies
A colecionar rolos de papel higiénico
Para que não falte nada ao novo vírus
Porque o que ele prefere é papel higiénico
E, isso não nos vai salvar
Portando, não devemos de continuar
A lutar por um rolo de papel
É melhor ficarmos em casa a descansar
Amanhã, os supermercados vão, outra vez, atestar as prateleiras.
José Silva Costa
Rosas de Maio
Rosas de Maio
Tanto amar
Ventos do sul
Tanta dor
Tanto perfume
No chão, derramado
Por rosas de fogo
No Alentejo, queimado
Rosas de Maio, por que chorais?
Se todos os anos voltais
Com novos perfumes, mais …..
Só, as humanas não voltam mais!
Rosas de ventre inchado
Trarão ao mundo
Tanto bebé inacabado
Que, com leite e ternura, será criado
Rosas, por que me deixais?
Triste, sozinho, abandonado
À espera do dia prometido
O dia perfumado
Rosas, rosas de Maio
O mês mais perfumado
Por que não vindes, todos os meses?
Trazer-me novas e perfumes do meu amor.
José Silva Costa
Web
A 4, 5 e 6 de Novembro de 2019, realiza-se, em Lisboa, pela quarta vez consecutiva, a web summit
O Governo vai apresentar, aos investidores estrangeiros, as suas startups
Se tudo correr bem, Portugal poderá tornar-se no país mais evoluído, do mundo!
Primeira experiência: pedir às crianças que não adoeçam!
Primeiro explicámos-lhes, que a noite é para dormir, os fim-de-semana e os feriados, também, são para descansar. Não foi nada fácil!
Assim, as crianças concordaram proceder de acordo com as nossas explicações
Coincidindo com as setenta e duas horas, antes do início deste evento, as crianças não adoeceram, não precisando de ir às urgências pediátricas, foi o primeiro teste!
Vamos continuar a apelar à sua compreensão, para que aceitem não adoecerem em nenhum dia da semana!
Se aceitarem, não precisaremos das urgências pediátricas, para nada!
Segunda experiência: pedir aos reformados que vivam sem o pagamento das reformas!
Acho que já vamos nuns quinze meses, que esperam pelo pagamento da primeira mensalidade da reforma, e, ainda, ninguém morreu de fome!
Se conseguirmos que aguentem mais meses ou muitos anos, o mais que lhes poderá acontecer, é o que aconteceu ao cavalo do inglês, que quando já estava desabituado de comer, morreu!
Estamos também, a dar passos largos, no que diz respeito à educação
Há alunos que passam o ano inteiro sem aulas a uma ou várias disciplinas!
Um dia deste, um pai, em frente às câmaras da televisão, disse que a filha não tinha tido aulas a uma disciplina, o ano inteiro, mas não tinha sido prejudicada!
Se formos bem-sucedidos, nestas experiências, podemos poupar muito dinheiro, para investir, ainda mais, nos Bancos, Clubes de Futebol, Clinicas Dentárias e em todos os ramos de atividades, que venham a falir
Sempre fomos bons no, faz-de-conta, e no, para inglês ver
Tanto assim, que quando recebemos carradas de dinheiro da C.E., para a qualificação dos trabalhadores, foram fracos, os resultados! Muito do dinheiro foi gasto em almoçaradas, jantaradas e outras coisas
Uma Central Sindical, a Tecnoforma, e não sei se mais alguma identidade, ainda estiveram a contas com a justiça, mas tudo se resolveu!
Outro problema que alguns políticos, e não só, querem ver resolvido com urgência, é o da regionalização
Mas, o Primeiro-Ministro respondeu-lhes que primeiro, teriam de convencer os portugueses de que não era para aumentar a despesa
O que não vai ser nada fácil!
Como é que querem dividir um pequeno ovo, em cinco ou seis Regiões!
Isto porque, quando, ainda, não sabiam contar, nem ler, na minha terra, um senhor resolveu arranjar termos de comparação, entre três países: Portugal, Espanha e França
Para que todos percebessem bem, disse:” Portugal é um ovo, a Espanha é uma peneira, e a França é uma eira”.
Há dias, um dos representantes do Norte, disse a um desportista do Sul, que muito gostaria de o receber como representante da região do Algarve. Mas, ainda, não tinham criado as regiões!
José Silva Costa
As Mães!
Tanta gente preocupada com a falta de nascimentos!
Mas, ninguém preocupado com a falta de creches!
Hoje, ao contrário do que aconteceu noutros séculos
Quase todas as mulheres para além de trabalharem em casa, tem necessidade de ter um, ou mais empregos
E, ainda, por cima, algumas ficam, sozinhas, com os filhos nos braços
Porque são quase sempre elas que ficam com a guarda dor filhos, quando o casal se desentende
Não tendo nenhum familiar a quem os deixar, uma ama ou creche, têm de procurar
Como o Estado não assegura creches, para todos, ao privado têm de recorrer
Na Amadora, às portas de Lisboa, mais uma creche, ilegal, foi fechada
As mães disseram que sabiam que a creche era ilegal, mas não têm alternativa
A creche funcionava das 5 às 23 horas!
Há senhoras que começam a trabalhar muito cedo, principalmente nas limpezas!
Uma das mães disse que tinha de ter dois empregos, para poder sobreviver!
Este é o drama de um país pobre, que sonha ser rico
Que desbarata o dinheiro em coisas inúteis
Não tendo como prioridade as infraestruturas
Ainda temos dois dias, para questionar os partidos, que querem os nossos votos, para sabermos o que pensam sobre estes problemas, que tanto preocupam os pais!
José Silva Costa
Flores, flores, para acalmar as tuas dores
Por cada flor que me deste, devo-te mil flores
As flores que cresceram no teu ventre, são gente
Ah, como acaricias a minha mente!
Por cada dia, por cada dor, estou-te grato, eternamente
As nossas flores, todos os dias, são regadas, por nós, ternamente
Por cada beijo, por cada caricia, devo-te todas as flores, que caibam numa semente
Por cada flor que criamos, recebemos um perfume emergente
Todas as flores têm um perfume ardente
Que deveria ser repartido emocionalmente
Um perfume que se vai evaporando, continuamente
As flores, ao acasalarem, podem dar origem a novos jardins, perfumados, profundamente
De algumas cores, todos uns amores, de intensos cheiros, espalhados, difusamente
E, assim foi crescendo o grande jardim universal, sucessivamente
O único jardim, cujas flores podem mudar de canteiro, constantemente.
José Silva Costa
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