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Flores vermelhas
Flores quentes de Junho
Amores doces de verão
Apertam o meu coração
Beijos eternos te verão
Os meus olhos rasos de comoção
Nos teus rosáceos lábios de romã
Deposito os meus desejos
Ver-te feliz são os meus ensejos
Na formosura dos teus beijos
Aqueço todo o meu corpo
Na silhueta do teu olhar
Vejo todos os meus sonhos a navegar
Minha flor, quão doce é o amor
Embalado pela tua formosura
No ar puro da tua doçura
Onde colocamos a noite segura
Com a lua esguia à mistura
A iluminar os beijos na tua cintura
De bailarina de dança do ventre
Nas mil umas noites dormidas no vento
Os bonitos sonhos foram o nosso sustento
Nos teus sedosos cabelos coloco um beijo sedento
Meu amor, minha flor, somos o fermento
Abraçados continuaremos a desafiar o momento.
José Silva Costa
Abril de 2024
Cinquenta anos em Liberdade a beber o vento
Mais tarde ou mais cedo tinha de chegar este momento
Há muito que o rumo tem muito de apoquento
Há forças a remar contra qualquer entendimento
O mundo sofrerá por não travar este recuamento
A defesa da Liberdade merecia muito mais tento
Mas, aqueles que sempre a tiveram, só pensam no sustento
Acham que nunca a perderão, não pensam no evento
Os novos ventos, para alguns, são um deslumbramento
Mas, para os que muito sofreram com o tormento
Nunca darão, a tais ideias, consentimento
Sabem que foi muito longo e duro o ensinamento
Todo o progresso é feito de muito trabalho e talento
Para comermos o pão, temos de juntar à farinha, o fermento
Se queremos viver em paz, não podemos escolher o vento turbulento
Teremos de acarinhar os que defendem a solidariedade e o alinhamento
Que colocam as pessoas no centro, contra a ganancia do enriquecimento
As sociedades mais felizes são as que vivem em entendimento
Onde não há grandes desigualdades, não há motivos para envenenamento
Em vez de ódio, cultivam a paz, a amizade, o respeito, o contentamento
Se quisermos viver em Liberdade, temos de lutar contra o constrangimento
De quem no-la quer tirar, por a odiar, está nas nossas mãos o cumprimento
Dos nossos deveres: irmos votar. Mas em pessoas com pensamento
Para que mais tarde, não tenhamos de fazer, nenhum lamento
Manter a paz é o melhor que o homem faz, a guerra é um mar sangrento
José Silva Costa
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