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O futuro é hoje
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Esta família tem o bom hábito de falar de todos os assuntos, aceitando com naturalidade, a opinião de cada um
A Adelaide, como gestora das finanças, chamou a atenção para a subida dos preços, devido à crise energética, à diminuição da produção por causa da pandemia, o receio da escassez de alguns bens de primeira necessidade
O mundo continua a comportar-se como se não estivéssemos a viver uma pandemia, como se não tivessem morrido milhões de pessoas, para não falar nos que estão hospitalizados e os que continuam a tentar recuperar dos muitos meses de internamento
Todos concordaram que a transição, para uma economia verde, vai exigir uma mudança de hábitos, a todos
Comprometeram-se a tudo fazer para reduzirem as despesas e contribuir para um planeta mais sustentável, preferindo produtos locais e da época, evitando o consumo de frutas exóticas e de tudo o que venham de muito longe, cuja pegada ecológica é muito grande
Também a adesão às faturas, às publicações eletrónicas, e tudo o que contribua para reduzir o consumo de papel e tinta será uma boa ajuda
A Filomena lembrou que a obrigatoriedade da entrega do IRS, pela internet, provocou uma boa poupança em papel, tinta e gastos em deslocações
Mostrando que se pode fazer, ainda, muito mais na desmaterialização da sociedade
O Luís disse que já tinha reduzido as suas despesas, a não ser que deixasse de beber o seu cafezinho e a sua cerveja, ao que elas disseram que não queriam que fizesse esse sacrifício
Como, há muito, estavam sensibilizados para as alterações climáticas, já tinham o telhado, da sua moradia, tapado de painéis de aquecimento de água e de produção de energia fotovoltaica, tudo, para melhorar ambiente
Concordaram que os tempos são de incerteza, muito imprevisíveis, sem que se consiga saber as consequências da pandemia, das alterações climáticas, da falta de componentes, fazendo com que algumas fábricas tenham interrompido a produção
Com todos estes problemas, os nossos políticos empurraram-nos para eleições antecipadas, sem quererem saber das consequências, dos custos para o país, dos prejuízos para os mais desfavorecidos, se não forem contemplados com os aumentos inscritos no Orçamento, tudo porque só pensaram nos seus interesses partidários
Nem o Presidente se comportou com imparcialidade, como é seu dever!
Oxalá, os que provocaram esta crise sejam bem penalizados, nas urnas, por que é aí que os políticos devem ser punidos, pelos seus atos irrefletidos, prejudiciais para o bem-estar dos seus concidadãos!
José Silva Costa
Amor & guerra (32)
A Miquelina detetou um caroço numa mama, foi ao médico, fez análises, e os resultados não podiam ser piores: tinha um cancro maligno
Ela e o Carlos ficaram petrificados com a revelação dos exames. Não queriam que o Miguel soubesse. Mas o segredo não durou muito tempo, porque o semblante deles não conseguia disfarçar o que os atormentava. Ao fim de muito questionados, tiveram de dizer, ao Miguel, o que os preocupava
O Miguel tentou animar a mãe, dizendo-lhe que já havia cura para o cancro. Mas nada a animava, aquela notícia era como se a tivessem condenado à morte
Logo agora, é que tinha de lhe aparece aquilo, a um ano do filho ir para a Universidade, tanto que queria ver o filho chegar a engenheiro
São daquelas notícias que mexem com toda a família, ninguém consegue ficar indiferente ao diagnóstico de que tem um cancro.
A Sara estava com receio que, quando chegasse a resposta do Ministério do Exército, a mãe descobrisse que andava a procurar o pai, mas como chegava a casa, antes da mãe, tinha a possibilidade de ir ver o correio e receber a resposta, sem que mãe soubesse
Todas as tardes, quando chegava a casa, ia ver a caixa do correio, até que chegou a resposta do Ministério do Exército, que dizia não a poderem ajudar, que tentasse obter mais informações, para poderem procurar o que pretendia
Nada a demovia, ia continuar a procurar encontrar o pai, o próximo passo seria conseguir obter a lista dos militares, que viajaram no primeiro barco, que chegou a Luanda, depois do massacre, que deu início à guerra, em 1961
Muitas vezes interrogava-se sobre a quantidade de filhas e de filhos que os militares deixavam, por onde passavam, sem se preocuparem com o seu futuro. Às mães cabe carrega-los no seu ventre nove meses, pari-los, criá-los e encaminhá-los, tudo fazendo para que sejam felizes
Passados alguns dias de aulas, a Sara perguntou, a uma colega, quem era a rececionista Miquelina, dirigiu-se à receção e apresentou-se, dizendo que era a Sara, a filha da Bárbara, que tinha estado a falar com ela. A Miquelina disse-lhe que tinha muito prazer em conhecê-la, chamou o filho e apresentou-lho
Quando chegou a casa, disse à mãe, que tinha ido falar com a Senhora Miquelina, e que ela lhe tinha apresentado o filho, que era muito bonito e simpático, e que se chamava Miguel
A Sara e o Miguel tornaram-se muito amigos. Para ela foi muito bom, porque foi mais fácil a sua integração, passando a integrar o grupo de amigos do Miguel, deixando de andar sozinha, como aconteceu nos primeiros dias, enquanto não foi falar com a Miquelina
Estava encantada com a nova escola. Os amigos, assim que souberam que tinha vindo de Angola, não paravam de lhe fazerem perguntas sobre a antiga colónia e sobre a guerra, tornando-se a mascote do grupo
O Miguel, quando soube da doença da mãe, passou a andar muito triste, quando não estava na sua presença, junto dela, tentava manter-se alegre e confiante na cura do cancro.
Continua
O Sol
Chegou o calor, para aquecer os corações
Vamos aproveitar este Verão
Que, por ser diferente, não é menos atraente
Vamos aproveitar as férias e viver o presente
Não podemos abraçar toda a gente!
Vamos manter o distanciamento
Para ajudar quem não pode ir de férias
Por estar na linha da frente
A combater o vírus ou os incêndios
Merece todo o nosso reconhecimento
Pelo, desumano, esforço
Que será menos penoso
Se todos colaborarmos
Fazendo com que o Verão seja menos trabalhoso
Esta dolorosa situação
Tem de ser combatida com solidariedade
Quer estejamos no campo ou na cidade
Sejamos jovens ou de mais idade
Para que todos sintam que contam
Não para um número!
Mas para uma família
A Família Portuguesa.
José Silva Costa
Natal
O dia está a chegar
As famílias vão festejar
As crianças, por fim, vão sossegar
Com as prendas vão sonhar
O Natal é o coração a falar
Com crianças a sonhar
Com uma noite de ternura
Cheia de alegria!
A desembrulharem a magia
Para quem há muito não dormia
Sempre à espera do Pai Natal
Como se a noite de Natal fosse o único dia
Para disfrutar todo o ano num só dia
Não há outro que consiga tanta harmonia
Com toda a família por companhia
Todos a reverem-se nas crianças
Lembrando-lhes a infância
Não há palavras para descrever a noite da consoada
Uma noite que nos lembra quem já partiu
Mesmo que os seus lugares estejam vazios
Os nossos corações estão cheios
Porque estarão sempre connosco.
Feliz Natal
José Silva Costa
A Consoada
Ao Natal, ninguém fica indiferente
Muito ou pouco, todos são tocados por esta época diferente
As famílias enfeitam as casas para a celebração do Natal
A noite da consoada, é, por todos, a mais aguardada
Há dias, duas das nossas netas, no meio de beijinhos e abracinhos, lá foram lembrando à avó, do que não se podia esquecer, para a noite da consoada
Bacalhau com natas, o galo caseiro assado no forno e o seu famoso arroz-doce
Um arroz-doce em que os ovos são substituídos por pudim baunilha
Uma receita, que ela viu, há muitos anos, numa embalagem do pudim baunilha
São estes conhecimentos, passados de geração em geração, ao longor dos séculos
Que fazem com a nossa comida e os nossos doces sejam tão apreciados, por todos
Iguarias enriquecidas com sabores, que trouxemos do resto do Mundo
Especiarias, novos produtos, sabores diferentes, tudo contribuiu, para a saborosa variedade
As famílias, à medida que vão crescendo, por integração de elementos de outras terras
Também se vão adaptando aos sabores dos novos elementos, acrescentando novos pratos à ceia de Natal
Assim, todas as famílias, tentam brindar os novos elementos, com os sabores com que cresceram, depois de deixarem os berços
Uns não abdicam das couves cozidas com bacalhau cozido
Outros só comem bacalhau, se for assado nas brasas
E, há quem não passe sem o polvo
Para agradarem a todos, nesta noite tão especial, há muito trabalho a realizar
Os dias, que a antecedem ,são de labuta aturada
Todos devem colaborar, para que as protagonistas, também possam saborear
Na paz da alegria, a mais importante reunião da família
O desembrulhar das prendas é um momento de magia, pelo menos, para os mais pequenos
Com a satisfação de terem sido ouvidos, pelo Pai Natal, nos seus pedidos e sugestões
Um Feliz Natal.
José Silva Costa
,
A bola e a política
Já todos tinham opinado sobre as relações familiares deste Governo
Faltava Marcelo, os jornalista dispararam
Este não se fez rogado, chutou para Cavaco
Cavaco, que no livro “quintas feiras e outros dias”, só fala das quintas feiras, esquecendo-se dos outros dias
Como se não tivesse Governado, este país, durante uma eternidade!
Chutou a bola para Costa
Este, aproveitou para lhe avivar a memória
Lembrando-lhe que deste Governo ainda não saiu ninguém para criar um Banco
Para depois o levarem à falência, tendo os contribuintes de pagar a má gestão
Como a de vender, de manhã, ao Sr. Cava e filha, ações a um euro
À tarde compraram-lhas a três euros. Um negócio da china!
Há algum ministro de Cavaco, que não esteja a contas com a justiça?
O que é que será pior, ter filhos netos bisnetos, mulher, marido, filha, enteada, madrasta, no Governo, ou ministros corruptos?
José Silva Costa
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