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21/06/2025
Verão
Verão, a estação em que a esperança, todos os anos, renovada, de umas férias, de um encontro com amigos, de visitas a outros países, de entrada no mar, de a lua adorar
Calor, areias douradas, o sol a aquecer-nos os ossos, o perfume das rosas a vibrar nos sentidos, o romantismo numa sombra perdida, numa serra esquecida, onde agradecemos a vida
Reencontrar o mágico lugar, onde o nosso perfume encantou o luar, com os nossos sorrisos a embalar o mar, momentos inesquecíveis de que nunca nos vão abandonar
Cada verão é pretexto de reunião, de arraial, festas e romarias, que engolem os dias das mordomas, de garridos vestidos, carregadas de ouro, mostrando o esplendor, que herdaram
das suas antepassadas
São dias passados, nas esplanadas, na descontração de que os ponteiros do relógio não nos arranharão, não nos sufocarão, não nos arrancarão dos sonhos, para nos atirarem contra a multidão
Saborosos momentos de confraternização, com amigos e desconhecidos, minutos e horas, sem controlos, sem pressas, a desfrutar o doce ar de quem não precisa correr, para respirar
Quente verão, de searas douradas, de espigas inchadas, de ceifeiras trigueiras a sonharem com o dia da adiafa, para dançarem à volta dos mastros
Verão, tempo de encontros, reencontros, beijos, abraços, de dias felizes e alegres, para passarmos o ano a desejar que cheguem as férias.
Bom Verão!
José Silva Costa
01/12/2024
És último
Trazes o frio
Que aquece os corações
Deste mundo vazio
Sem brilho, nem tolerância
Em que todos os anos se renova a esperança
De um Novo Ano diferente
Em que a Paz, o Amor, a Igualdade sejam para toda a gente
Mas, há, sempre, quem pense que só ele é gente
Em que a vã glória justifica matar muita gente
Que não tem vergonha de pedir ou agradecer ao seu Deus
Que o deixe continuar com a sua destruição e genocídio
E o milagre acontece!
Pelo menos, num dia do ano, muitos procuram celebrar o Amor
Mesmo que no dia seguinte se esqueçam do anterior
És o último, mas és o mais desejado e festejado
Que para o ano, todas as guerras tenham acabado.
Bem-vindo dezembro!
José Silva Costa
2024!
Que sejas bem-vindo
Que tragas paz, amor, saúde, alegria e felicidade, para todos
Todos os anos o recebemos com toda a euforia
Não faltam foguetes, champanhe e muita folia
Sempre, na esperança, que num novo ano, nasça um novo mundo
Onde caibamos todos, sem ódios, nem explorações
E, que por fim, se abracem todas as nações
Não há factos nem razões
Para que os povos andem, sempre, em convoluções
Se o que ambicionamos é paz, pão, habitação
Para quê tantas desigualdades e rancores?
Não nos bastam as dores!
Vamos dar uma oportunidade às bonitas flores
Que todos os dias nos apelam para que vejamos as suas cores
Que não esqueçamos que são a melhor prenda, para os nossos amores
Têm perfumes, muito brilho, encanto, e estão sempre ao nosso dispor
Que 2024 seja um ano diferente, melhor, tem mais um dia
Que contrarie o velho ditado: ano bissexto, “palha e tudo no cesto”
Antigamente, os agricultores não gostavam nada dos anos bissextos
Em cada novo ano, aumenta a esperança
Que vai ardendo ao longo do ano
O ano acaba, mas a esperança nunca morre
Andamos nesta andança
A cada ano novo reacendemos a esperança.
Feliz Ano Novo, para todas e todos!
José Silva Costa
Dias líquidos
Perfumes vazios
Água em rios
Anos luzidios
Amores frios
Governantes em desafios
Quem fica menos tempo nos assentos
Quem entende estes tempos?
Cada vez mais quentes
A afetarem as mentes
Tanta demissão
Pode comprometer a corrupção
Haja esperança
Nesta Nação
Quando o crime não compensar
Pode ser que o deixem de praticar
Este povo tem tido muito azar
Mas um dia ainda vai brilhar
Uma vez que tudo está a mudar
Só temos de esperar
Que as novas gerações
Educadas com tantas pressões
Sejam capazes de inverter as situações
Dar valor a quem o tem
Em vez de esperar empurrões
Não liguem aos sermões
Não tenham ilusões
Procurem novas soluções
Os velhos são uns foliões.
José Silva Costa
Bela
Bela é a lua
Que ilumina a rua
Onde nasce e fica nua
Bela é a vizinha
Que me prende
Sempre que vem à janela
Mas nunca falei com ela
Na esperança de que um dia
Ela adivinhe o quanto gosto dela.
Bela é a que encontra uma companhia
Com quem partilha a tristeza e a alegria
Cuja felicidade brilha mais que a luz do dia.
José Silva Costa
Verão cinzento
Há nuvens negras, neste agosto cinzento
Há quem tenha de trabalhar
Todos os dias, de sol a sol, para angariar o sustento
Há quem viva à conta do Orçamento
Que busque, lá fora, o que não tem cá dentro:
Espetadores, porque as praias têm estado entregues ao tempo
Que tenha forçado um evento
Para uma exibição contra o momento
Que exemplo!
A política deveria ser um exercício exemplar
Mas, tornou-se num espetáculo nojento
Muito pouco compatível com este tempo
Em que, muitos povos, correm de um lado para o outro
À procura de segurança, pão, casa, paz
À procura de um coração que os abrace
À procura de um sítio onde nasça a esperança.
José Silva Costa
Desespero
Fogem de tudo: da fome, da guerra, das ditaduras, dos abusos
Percorrem um Continente, descalços, rotos, esfomeados
Arriscam a vida para conseguirem concretizar o sonho
Entrarem na mais cobiçada menina: A Europa
Tentam-no por todos os meios: Terra, Mar, Ar
Há poucos dias, cem jovens conseguiram-no
Saltaram a vedação de Ceuta!
A sangrarem de pernas e braços choravam e saltavam de contentes
Como é que há gente, que recuse ajudar esta gente?
A nossa Pátria é onde formos felizes
Seja bem-vindo, quem vier por bem.
José Ilva Costa
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