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Férias!
Sol sal areia água mar
Uma onda para refrescar
Dois dedos de conversa na esplanada
As férias a esgueirarem-se por entre os dedos
Passam a correr, sem se ver!
Um terço do mês desapareceu num ápice
Os castelos de areia a desfazerem-se nas mãos
A sexta dormida na barriga da tarde
O resto da tarde a comtemplar o mar
A noite a evaporar-se como se fosse álcool
Os planos a saírem furados
Mais de metade dos projetos ficaram por executar
A ida aos museus ficou para melhores dias
Foram muitas e boas as horas passadas com as tias
Por muito que tivesse esticado os dias não consegui melhorias
Os minutos as horas os dias os meses os anos já estão completamente esticados
Cada vez somos mais solicitados
É a televisão é o cinema o teatro a praia o campo o sol a lua o diabo o vento
Cada um rouba um bocado do nosso tempo, e aquele aquém não dermos atenção fica zangado
Este é o triste fado de quem tem um mês de férias e não fica o resto do ano desocupado
Há tanto que fazer por todo o lado!
Nem que seja passar umas boas horas a meditar deitado
Com o cansaço das correrias do progresso já nem dão um abraço
Não há tempo não há amor nem amizade nem espaço
Para muitas pessoas perder um segundo é um embaraço
Como se não tivessem todo o tempo para descansarem do cansaço
Quando finalmente se preparam para saborear o tempo, este já acabou ou é escaço
O nosso tempo é medido por um baraço
Que vai encolhendo até acabar
É por isso que não o devemos desperdiçar
Mestria é saber gastá-lo.
José Silva Costa
Tempo!
Estas flores, que te dou, simbolizam o meu amor
Têm o perfume dos teus beijos
A alegria dos teus olhos
As suas pétalas são macias como os teus cabelos
Dos teus lábios saem bonitas palavras
Que produzem sinfonias emocionais
E nos transportam para constelações nunca vistas
Meu amor, tu és a mais bonita flor
Aquela que escolhi para estar sempre a meu lado
O caminho, que já percorremos, alado
Com cravos e rosas embalado
Vamos caminhando por este céu estrelado
Colhendo os doces frutos dos muitos anos vividos
É tão bonito ver as nossas flores a crescerem
Bonitas e perfumadas que dá tanto gosto ver
Outras sementes vão germinar e florescer
Todos os dias vão amanhecer
Florir, sorrir, caminhar, ver tudo a evoluir
Como se a caminhada nunca acabasse
A lua e sol querem abraçar-se
Para melhor iluminarem o mundo
Criar uma nova filosofia
Baseada na fraternidade e solidariedade
Para que todos vivam em harmonia
Seja qual for o credo, a cor, a idade
Nestes tempos que exigem verdade e igualdade
Em que entidades milenares têm sido questionadas
Os seus dirigentes têm pedido desculpa pelas barbaridades cometidas
Sofrimentos revelados com a força do momento e a ajuda do vento
É neste contesto, neste leste e oeste, que, felizmente, ainda, podemos ver a solidariedade
Sem darmos o devido valor ao facto de podermos viajar, neste nosso espaço, sem peias nem embaraço
Oxalá, possamos continuar, em paz, a viver, trabalhar, estudar, nesta nossa Europa, num livre abraço.
José Silva Costa
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