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A Canga
À justiça o que é da justiça
À política o que é da política
À Maçonaria o que é da Maçonaria
À corrupção o que é da corrupção
Para os eleitores fica a canga dos impostos
Que está cada vez mais pesada
Mas as pessoas já não querem conversa para pastar boi
Porque certos políticos nunca mais têm os processos julgados
O que quer dizer que não podemos acreditar na justiça
Até agora os corruptos achavam que estavam protegidos
Pela maçonaria, pelo poder dos partidos, mas os tempos estão mudados
A opinião pública está, cada vez, mais intolerante com a corrupção
Não é preciso ir a Castelo Branco buscar técnicos para a Câmara de Lisboa
Só por que são militantes do partido do presidente da Câmara
A teia da corrupção está muito bem entranhada na sociedade
Vai fazer com que do Programa de Recuperação e Resiliência nada mais fique que os passadiços de madeira, até aos próximos grandes incêndios
Das prometidas infraestruturas até à inovação, do papel não passarão
Dos muitos Hospitais prometidos, o que poderá acontecer é lançarem a primeira pedra, como aconteceu há já 20 anos, com o Hospital de Faro, pelo Sócrates
Da inovação, nem falar! Foi mais uma Agência para enfeitar e os amigos empregar
A Presidente da Agência Nacional de Inovação pediu a demissão, é mais uma baixa nesta desgovernação, não por corrupção, talvez por competência a mais
Ainda não foi desta que deram a machadada final na credibilidade do ensino
O Ministro da Educação bem queria, depois do êxito que foi os alunos portugueses serem os únicos, no mundo, a obterem melhores resultados em tempo de pandemia do que em tempos normais acabar com os exames nacionais era tão bom, para as estatísticas!
Valeu-nos a Ministra da Ciência, que não quis ficar associada a mais facilitismos, que nunca são bons, e na educação ainda pior, porque é como facilitar nos alicerces da casa, que ao mais pequeno abalo pode ir abaixo
Mais uma vez vemos o futuro passar-nos ao lado, sem sermos capazes de ver o dinheiro, da famosa bazuca, ser bem aplicado.
José Silva Costa
Primavera, 20/03/20
Chegou a Primavera
Ficou em casa
Sem campos floridos, nem perfumes
Mas, solidária!
Trouxe-nos água
Para podermos continuar a lavar as mãos
A lembrar-nos que os tempos mudaram
Que estamos todos no mesmo barco
Que nunca estivemos tão ligados
E, o que nos liga não escolhe entre ricos e pobres
Que não se justifica, uns terem tudo e os outros só fome
Que chegou a hora de respeitar a Natureza
Não a destruindo com a força rude da ganancia
Numa exploração desenfreada, matando tudo, não deixando nada
Numa ambição desmesurada, que nunca está saciada
Aproveitamos este interregno, para mudar de rumo
Construir um novo futuro
Aproveitando os novos recursos
Para aprender e trabalhar
A partir de outros locais
Onde a presença não seja vital
Para os transportes não sobrecarregar
Um novo estilo de vida temos de inventar.
José Silva Costa
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