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Namorar
Namorar
Não se pode
Comemorar
Num só dia
Devemos
Fazê-lo
Todos os dias
É como respirar
Não se pode parar
Namorar é vital
Para a saúde
Para a mente
Para toda a gente
Ao amor
Ninguém fica indiferente
É fogo
É semente
É esperança
É dor
Namorar
Tem muito valor
Namorar
É como tratar uma flor
Precisa de muito carinho
De muito amor
De saber apreciar
O amor
Da sua perfumada flor
Em que idade for
O amor
Será sempre
O melhor da vida.
José Silva Costa
Namorados
Flores para os nossos amores
Não só no dia dos namorados
Mas em todos os dias do ano
Passeios, na natureza, com os nosso namorados/as
Mas em todas as horas, nas vinte e quatro horas
Partilhar todas as tarefas, no lar, com as nossas companheiras/os
Mas em todos os minutos, horas, dias e meses do ano
Acabar com a violência doméstica, o amor não provoca dor
Mas em todos os segundos de todas as horas
Celebremos o namoro em todos os segundos do ano
Mas sempre com a alegria do primeiro dia
Viver a dois é uma arte, para que o tempo não nos farte
Fazer ao outro o que gostamos que nos façam!
Admirar, todos os dias, as nossas namoradas/os
Dar, dar, sem pensar em receber, é como semear
Mais tarde ou mais cedo a colheita será a dobrar
Ser amável a todo o momento, esse é o segredo
É difícil, mas vale a pena, porque a vida é uma linda rosa
Que vamos saboreando pétala a pétala com alegria e entusiasmo
A vida a dois é partilha, é amor, é solidariedade, é ternura
Bom dia dos namorados para todos e todas, todos os dias.
José Silva Costa
Terramotos e guerras
Tanta morte, tanta dor
Muitos milhares de mortos, um horror!
Tanta destruição, em mais de uma nação
Numas é a loucura dos homens, com a sua desmesurada ambição
Noutras são as leis da natureza ajustando as suas posições
Sem quererem saber dos prejuízos, dos aís e das aflições
Sem quererem saber se são homens, mulheres, crianças ou mães
Os que não morrem ficam em terríveis condições
Sem casa nem pão, ao frio, na escuridão, à espera do que lhes darão
Não nos chegavam as desgraças que não dependem da nossa mão?
Por que razão as armas conseguem exercer tanta sedução?
Porque têm o poder que todos queremos ter
Ser mais forte que o outro, poder mandar, poder ser admirado, respeitado
Não por o que sou, mas pelo poder que tenho, pelo medo que consigo transmitir
Pelo mal que posso provocar, e de que muitos se conseguem orgulhar
E não vale apena apelar a mudanças para que todos sejamos humanos
Porque tem sido assim ao longo dos séculos, sem grandes alterações
Quando já estávamos esperançados que a Europa tivesse aprendido alguma coisa com as Grandes guerras, voltou a loucura, a destruição, a dor, a morte…………
Com falsos pretextos de que se sentem intimidados, de que vão socorrer quem quer uma parcela de terreno, para poder ser Presidente, nem que para isso tenha de matar muita gente
Estamos sempre prontos para apoiar guerrilhas de independências, de separações, nem que sejam de Freguesias, não para melhorar a vida das pessoas, mas para alimentar as nossas vaidades
Quem é que não quer ser Presidente, seja do que for?
Como se o diálogo não servisse para nada, e muitas vezes não serve, porque quem tem o poder mantem a arrogância de não responder. É tão bom mandar!
Quando assim é, só o som das armas o consegue acordar
Depois, o difícil é calá-las!
José Silva Costa
Amor & Guerra (23)
A Bárbara e a Sara continuavam a descobrir a bonita cidade de Lunda, tendo como guia o Firmino, que estava admirado da Bárbara não ficar grávida
Não sabia como abordar o assunto, uma vez que ela já tinha tido a Sara, talvez o problema não fosse dela. Quando, ainda, não provaram que são reprodutivas, o que se pensa é que o problema é da mulher, o que não era o caso da Bárbara, que já tinha dado à luz uma linda menina
Mas, como desejava muito ter uma filha ou um filho dela, teve de se encher de coragem e dizer-lhe que estranhava ela não ficar grávida
Ela disse-lhe que, também, estava admirada. Mas, como já tinha tido a Sara, não lhe tinha dito nada, porque o problema poderia não ser dela
Perguntou-lhe se se lembrava de ter tido papeira. Respondeu-lhe que tinha tido e que estivera muito mal
Aconselhou a ir ao médico, para ver o que dizia, e se lhe mandava fazer exames, porque quando a papeira atinge os testículos, pode provocar a infertilidade
Quando pensou que o problema poderia não ser dela, não sentiu a tristeza, que se abateu sobre ele, quando ela lhe disse que a papeira provocava infertilidade, coisa que não sabia
Decidiu marcar uma consulta, queria ter a certeza, se podia ou não ser pai, o que tanto desejava
Foi ao médico, que lhe prescreveu as análises. Feitas as análises, estava ansioso que chegasse o dia de saber os resultados. A Bárbara tudo fazia para o animar. Mas, nada o animava, desde que soubera, que a papeira lhe poderia ter provocado a infertilidade, que não era o mesmo homem
Ao receber os resultados, o pior cenário concretizou-se, não poderia ser pai. A Bárbara tentou suavizar-lhe a dor, dizendo que já tinham uma linda filha, e que ela nem conhecia outro pai
O Firmino concordou, a partir daquele momento, a Sara seria a única filha deles, e tudo faria para ser um pai exemplar
Daí em diante, a alegria voltou a reinar, era preciso aproveitar todos os momentos com a sua rainha e a princesa, tinha de lhes proporcionar dias felizes
Só não podiam passear mais tempo juntos, porque a Sara não podai faltar às aulas, como aluna exemplar e muito inteligente, tinha um lugar guardado numa das melhores Universidades
Na cabeça da Bárbara e do Firmino já se construíam grandes cenários, para o futuro brilhante da Sara, enquanto ela ainda estava completamente descansada sobre o assunto, não sabendo, ainda, o que escolher para o seu futuro
Muitos pais não deixam os filhos ser crianças, sobrecarregam-nos, com tantas atividades, extra curriculares não permitindo que brinquem em liberdade, não tendo oportunidade de saborear o ar livre, da rua
Hoje, os bebés nascem, já, com um horário a cumprir, têm de se levantar cedo, para irem para o berçário, não os deixam dormir até o sono sorrir.
Continua.
Carlos do Carmo deixou-nos
O País está de luto
Lisboa ficou viúva
Perdeu o seu cantor
É tão grande a sua dor!
Ela era a sua flor
Aquele que mais a cantou
Que a todos encantou
Cada esquina o escutou
Lisboa, com ele, dançou!
Ruas e vielas, com ele, ficaram mais belas
Hoje, ninguém saiu à rua!
A cidade ficou nua
Lavada em lágrimas, chorou em casa
Não se conforma com a perda da sua voz
Nos jardins, todas as rosas choram lágrimas perfumadas
Nos seus perfumes, as suas canções, ficarão eternizadas
Nas ruas, praças, colinas e elevadores serão lembradas
Por todos continuarão a ser cantadas
Pelas gaivotas, para o mundo, serão levadas
Para sempre, ficarão gravadas, nas calçadas!
José Silva Costa
Rosas de Maio
Rosas de Maio
Tanto amar
Ventos do sul
Tanta dor
Tanto perfume
No chão, derramado
Por rosas de fogo
No Alentejo, queimado
Rosas de Maio, por que chorais?
Se todos os anos voltais
Com novos perfumes, mais …..
Só, as humanas não voltam mais!
Rosas de ventre inchado
Trarão ao mundo
Tanto bebé inacabado
Que, com leite e ternura, será criado
Rosas, por que me deixais?
Triste, sozinho, abandonado
À espera do dia prometido
O dia perfumado
Rosas, rosas de Maio
O mês mais perfumado
Por que não vindes, todos os meses?
Trazer-me novas e perfumes do meu amor.
José Silva Costa
A quem morreu por sonhar
A vida, pelo sonho
O sonho comanda a vida
Sonham com a liberdade
Respirar em liberdade
Trabalhar em liberdade
Escolher em liberdade
Viver em liberdade
Dormir em liberdade
Estudar em liberdade
Fugir da arbitrariedade
Ter personalidade
Fugir da pena de morte
Fugir da prisão perpétua
Deixar de ser, só, mais um
Poder sonhar voar
Poder decidir
Poder ir à lua
Poder dormir, livremente, na rua
Para tudo isto fazer
Só uma coisa pode acontecer
Fugir!
E, há sempre, alguém que queira ajudar
Que nos proponha, num camião, viajar
A melhor maneira de, num país livre, entrar
Quando não temos autorização, para lá estar
Mas, esqueceram-se de, o frigorífico, desligar
Todos os sonhos ficaram por realizar
Quantos sonhos acabaram por matar!
Mas, os sonhos nunca vão acabar.
José Silva Costa
Os incêndios
O dia dezassete de Junho e quinze de Outubro de 2017, não deviam ter existido
A Natureza, passado um ano, vai dando sinais de recuperar
Os rouxinóis voltaram a ouvir-se cantar
O verde, aqui e além vai rompendo, querendo o negro tapar
Mas, os humanos não conseguem recuperar
Há muito desanimo, muita tristeza, por apagar
Como recuperar a perda de um filho? Diz um pai
Para muitos sobreviventes, já nada conta
Tudo acabou com as labaredas, que tudo comeram
Nada, depois de tantas perdas, faz sentido
Apenas esperam que o tempo faça o seu trabalho
Em todos aqueles rostos há demasiada dor
As imagens mostram-nos o horror
Por mais,que todos as queiram esquecer
Elas teimam em permanecer.
José Silva Costa
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