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Novembro de 2008
Minha quarta sinfonia
Nos teus olhos toda a magia
Quatro Primaveras, num Universo sem harmonia
Meu hino à alegria
Contigo o século XXI marcou a sua entrada
A palavra crise é a mais pronunciada
Tudo são incertezas, ninguém sabe nada
Uma nova ordem tem de ser inventada
Do muito fizeram nada
A situação é desesperada
A incerteza precisa ser ajudada.
O teu sorriso é promessa de futuro
O teu olhar é o paraíso
Quando abres essas duas estrelas
Toda a humanidade é tocada
A Terra toda irradiada
E a humanidade hipnotizada
Minha flor encantada.
José Silva Costa
Comendadores
Comendadores, pessoas de muitos valores
Muitas vezes acumulados à custa dos que não têm a ambição de serem comendadores
Enquanto os comentadores vivem em bons palácios
Os que lhos constroem vivem a enganar a fome
Aqueles que nasceram com a arte de ganharem muito dinheiro
Espezinhando os outros, querem ser admirados, como se fossem deuses
A vaidade e a ambição não têm, por ninguém, contemplação
Joe Berardo, que em África, fez jus a “em terra de cegos, quem vê é rei”
Conseguiu uma fortuna, deixou África, e veio, para o seu país, pavonear-se
Criou um Museu de Arte Moderna, e teve a arte de alugá-lo ao Estado
Ambicionava ser dono de um Banco
Viu, na compra do Banco Comercial Português, um futuro estrelado
Não tendo dinheiro para alcançar o sonho
Recorreu ao dinheiro do Estado
À Caixa Geral de Depósitos, pediu, muito dinheiro, emprestado
Para comprar as ações do BCP
Mas a ambição desmesurada deu para o torto
O valor das ações deu um grande trambolhão
E, o comendador deixou-nos um buraco de duzentos e oitenta milhões
Que já pagamos, com muito suor, perda de emprego, de casa e de carros
Porque, em último caso, através dos nossos impostos, nós somos a garantia real
Para alimentar os sonhos, as vaidades de alguns
Todos, os que levaram Bancos à falência, continuam a pavonear-se com as medalhas ao peito
Sem que a justiça os consiga prender
Os administradores eram: Carlos Santos Ferreira, Maldonado Gonelha, Armando Vara, Celeste Cardona, Francisco Bandeira, José Ramalho, Norberto Rosa, e Vítor Fernandes
José Silva Costa
Tanto trabalho, para tão poucos dias!
Estou de acordo com as trinta e cinco horas
Não nascemos, para, só, trabalhar
Também temos o direito de, o mundo, olhar
Por que razão só pensa em, os dividendos, aumentar?
Com as novas tecnologias, não está sempre a produção a aumentar!
Todos têm direito a um posto de trabalho
O desemprego só gera desigualdades
Quem é que não se sente inferior por não conseguir contribuir para a produtividade?
Portanto, menos horas de trabalho! Ocupação para todos
Já basta, quererem que nos reformemos aos cem anos!
A história da sustentabilidade está muito mal contada
Os jovens têm direito a sonhar com realizações, que só o trabalho lhes pode dar
Para quê, com trabalho, os velhos, matar?
Deixem-nos, ao menos, uns minutos descansar, quando já não podem andar
Ninguém cá vai ficar, mesmo que queira este e o outro mundo abarcar!
Vamos, o Planeta, ajudar, não estragando hoje, o que amanhã nos faltará
O desperdício é o nosso pior vício, com a fantasia de que isso, mostra ao outro que existo
Mais solidariedade, mais humildade, mais humanidade é o que precisamos, na realidade
Quanto mais o fosso entre ricos e pobres diminuir, mais a alegria nos vai unir
A alegria de ver mais gente feliz, faz um Mundo novo emergir
Ninguém encafuado, em muros, condomínios, arame farpado ou assustado, se sente realizado
Este pequeno e pobre espaço, de todos, por todos tem de ser bem dividido e administrado.
José Silva Costa
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