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O futuro é hoje (8)
A Adelaide disse que, substituir o plástico por o papel, não era uma boa solução
Temos de privilegiar a reutilização, por isso, o melhor é voltar a usar os sacos de pano para o pão, e guardanapos e lenços de pano
Assim como em muitas circunstâncias, teremos de deixar de usar o carro particular, passar a andar nos transportes públicos
Tomar banho todos os dias é muito agradável, mas pode de ser um luxo a que tenhamos de abdicar
Se a água continuar a escassear, teremos de a guardar para outras utilizações mais importantes
Só nos restam os rios, há muito que secámos as fontes
A demografia é um grande problema, que os políticos têm de tentar resolver
A pandemia veio agravar a situação, em 2020 morreram 123.358 e nasceram, apenas, 84.426, um saldo negativo de 38.932, que não fez encolher a população, graças ao saldo migratório, que conseguiu que o saldo fosse positivo, com mais 2.243
Depois de mais de dois meses do início das aulas, 20 a 30 mil alunos continuam sem aulas, por falta de professores. Como é que nos vamos aproximar dos países do Norte da Europa, que têm noventa por cento da população licenciada?
Falam de inovação, de empregos melhor renumerados, para sairmos da cauda da Europa
Mas, com o é que vão faze-lo, se nem sequer são capazes de assegurarem educação à população? Sem professores os alunos dificilmente conseguirão obter conhecimentos, para a tão propalada inovação
Parece que a grande ambição do primeiro-ministro é que tenhamos cinquenta por cento dos portugueses licenciados daqui a não sei quantos anos
O Ministro da educação já encontrou a solução, diz que vai criar uma task-force, mais uma palavra mágica, que resolve todos os problemas, na hora
De um lado, é um sinal de que a França está a inclinar-se em direção a uma ideologia "acordada" ao estilo americano, do outro, está uma nova geração de cidadãos que adotam o não-binário como norma.
A introdução de um pronome não binário — iel — no Le Petit Robert, um conceituado dicionário francês, desencadeou uma forte discussão de linguistas no país, uns a favor, outros contra.
Le Petit Robert introduziu o pronome “iel” — a junção de “il” (ele) e “elle” (ela) — na sua edição online no mês passado e, embora o termo esteja a ganhar popularidade entre os jovens, ainda está longe de ser amplamente usado, ou mesmo compreendido, por muitos falantes de francês.
Embora a princípio a mudança tenha passado despercebida, um forte debate estalou esta semana numa nação que se orgulha da sua tradição de direitos humanos, mas que também protege ferozmente a sua herança cultural da intromissão estrangeira.
De um lado estão os tradicionalistas, incluindo alguns líderes políticos, que criticam a medida como um sinal de que a França está a inclinar-se em direção a uma ideologia “acordada” ao estilo americano, do outro, está uma nova geração de cidadãos que adotam o não-binário como norma.
Segundo esta é também uma forma de “confrontar a Academia Francesa, que permanece no seu canto conservador e continua a ignorar e a desprezar os usuários da língua francesa”.
Por seu turno, o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, não partilha da mesma ideia, tendo escrito na sua conta do Twitter que “a escrita inclusiva não é o futuro da língua francesa”.
O ex-professor de direito, de 56 anos, alertou que os alunos não deveriam usar “iel” como um termo válido, apesar da sua inclusão em Le Robert, visto como uma autoridade linguística em francês desde 1967.
François Jolivet, um legislador do partido centrista do presidente Emmanuel Macron, também deixou claro o seu desgosto, afirmando que os pronomes não binários são “um sinal preocupante de que a França está a adotar uma ideologia ‘acordada'”.
Jolivet escreveu uma carta ao bastião da língua francesa, a Academie Française com 400 anos, alegando que a “campanha solitária de Le Robert é uma intrusão ideológica óbvia que mina a língua comum e a sua influência”.
O diretor geral das edições Le Robert, Charles Bimbenet, veio, por seu turno, em defesa do dicionário na quarta-feira através de um comunicado.
“Longe de ditar quais os termos que devem ser usados, Le Petit Robert estava a elucidar o significado da palavra, agora que está crescendo em todo o país”, referiu.
Uma vez que “o significado da palavra “iel” não pode ser compreendido lendo-o sozinho”, disse Bimbenet, acrescentando que “pareceu útil especificar o seu significado para aqueles que o encontram, se desejam usá-lo ou … rejeitá-lo”.
A missão do Le Peiti Robert é “observar e relatar a evolução de uma língua francesa mutável e diversa”, disse Charles Bimbenet.
Em 2017, a Academie Française alertou que movimentos para tornar a língua francesa mais neutra em termos de género criariam “uma língua desunida, com expressões díspares, que podiam criar confusão ou ilegibilidade“.
Línguas com género, como o francês, são vistas como um obstáculo particular para os defensores de termos não binários, pois todos os substantivos são categorizados como masculinos ou femininos, ao contrário do inglês.
( Observador, 19/11/2021)
Continua
As Mães!
Tanta gente preocupada com a falta de nascimentos!
Mas, ninguém preocupado com a falta de creches!
Hoje, ao contrário do que aconteceu noutros séculos
Quase todas as mulheres para além de trabalharem em casa, tem necessidade de ter um, ou mais empregos
E, ainda, por cima, algumas ficam, sozinhas, com os filhos nos braços
Porque são quase sempre elas que ficam com a guarda dor filhos, quando o casal se desentende
Não tendo nenhum familiar a quem os deixar, uma ama ou creche, têm de procurar
Como o Estado não assegura creches, para todos, ao privado têm de recorrer
Na Amadora, às portas de Lisboa, mais uma creche, ilegal, foi fechada
As mães disseram que sabiam que a creche era ilegal, mas não têm alternativa
A creche funcionava das 5 às 23 horas!
Há senhoras que começam a trabalhar muito cedo, principalmente nas limpezas!
Uma das mães disse que tinha de ter dois empregos, para poder sobreviver!
Este é o drama de um país pobre, que sonha ser rico
Que desbarata o dinheiro em coisas inúteis
Não tendo como prioridade as infraestruturas
Ainda temos dois dias, para questionar os partidos, que querem os nossos votos, para sabermos o que pensam sobre estes problemas, que tanto preocupam os pais!
José Silva Costa
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