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Abril 2025
Abril colorido, florido, que ficará, para sempre, associado à Liberdade
Foi um grito, pelo mundo, ouvido, foi o alívio de muitos séculos de escravidão
A Revolução dos cravos, em que os canhões estiveram calados
Os corações floriram nos lábios dos que nunca tinham gritado Liberdade
Foi gritado, por todo o lado, em todos os continentes, por gentes diferentes
Uma ditadura, podre, caiu na rua, com a ajuda de um molho de cravos vermelhos
Todos estavam incrédulos com o que estava a acontecer, todos saíram à rua, para ver
Um punhado de militares, cansados da guerra, queriam entregar o poder ao povo
Um povo amordaçado, viciado no fado, nunca tinha tido poder, só sabia o que era sofrer
Nem sabia como o exercer, o ditador sempre lhe disse: “ se soubessem quanto custa mandar, preferiam obedecer”
Sofrer, calar, trabalhar, morrer, rezar, nada de pensar, nem de falar em liberdade, quanto mais votar
Estaria o mundo a desabar, para alguém se lembrar, que o povo, melhor vida, queria
O poder tem subir e descer, como os alcatruzes da nora que, enquanto uns sobem outros descem
Os militares deram o poder ao povo, mas ele não sabia como o exercer, em 1966, nas primeiras eleições universais e livres, foram ver como era, quase todos foram votar
Depois, começaram a faltar, a deixar nas mãos dos outros a sua escolha, como se puder votar, não fosse muito bom, para aproveitar a única altura em que temos o puder, e a pudéssemos desperdiçar!
Muitos, nunca exerceram o seu poder, esquecem-se de que votar é um dever. Mais, uma obrigação de contribuir, para a governança do país, cujos políticos não conseguem cumprir as legislaturas, fazendo com que o país esteja cada vez mais atrasado, sempre parado
Os que tiveram a sorte de nascer em democracia, não fazem ideia do que é viver em ditadura
Quem não quiser viver em ditadura, não pode deixar que sejam os ditadores escolherem os destinos do país, eles estão sempre à espreita, se poderem abocanhar o poder, nunca mais o largam
Não nos faltam exemplos, alguns recentes. Quem quiser Liberdade, tem de a defender, com unhas e dentes.
José Siva Costa
O perfume da vida
Os olhos são flores, onde acariciamos o amor
Nos nossos olhares navegam todos os mares
São eles que amortecem as tempestades
Não envelhecem, são jovens em todas as idades!
Os peitos são jeitos de embalar
Os lábios são o mar, onde gosto de navegar
Os cabelos são fios de ouro, onde os meus dedos se gostam de aninhar
Todo o teu corpo é um sonho, onde perco o olhar
Com os nossos beijos queimamos os sentidos
As tuas palavras são melodias, para os meus ouvidos
No respirar dos sonhos, deitamos o futuro
Juntos, escalámos todos os muros
Nos longos anos duros
Que a idade nos premiou, com descanso
Com o perfume de rosas e cravos
Com os olhos rasos de alegria
Regamos os nossos perfumados canteiros
Que felicidade!
Ver nos últimos anos da idade
Continuarem a crescer os frutos das sementes
Que plantámos na mocidade.
José Silva Costa
Tempo!
Estas flores, que te dou, simbolizam o meu amor
Têm o perfume dos teus beijos
A alegria dos teus olhos
As suas pétalas são macias como os teus cabelos
Dos teus lábios saem bonitas palavras
Que produzem sinfonias emocionais
E nos transportam para constelações nunca vistas
Meu amor, tu és a mais bonita flor
Aquela que escolhi para estar sempre a meu lado
O caminho, que já percorremos, alado
Com cravos e rosas embalado
Vamos caminhando por este céu estrelado
Colhendo os doces frutos dos muitos anos vividos
É tão bonito ver as nossas flores a crescerem
Bonitas e perfumadas que dá tanto gosto ver
Outras sementes vão germinar e florescer
Todos os dias vão amanhecer
Florir, sorrir, caminhar, ver tudo a evoluir
Como se a caminhada nunca acabasse
A lua e sol querem abraçar-se
Para melhor iluminarem o mundo
Criar uma nova filosofia
Baseada na fraternidade e solidariedade
Para que todos vivam em harmonia
Seja qual for o credo, a cor, a idade
Nestes tempos que exigem verdade e igualdade
Em que entidades milenares têm sido questionadas
Os seus dirigentes têm pedido desculpa pelas barbaridades cometidas
Sofrimentos revelados com a força do momento e a ajuda do vento
É neste contesto, neste leste e oeste, que, felizmente, ainda, podemos ver a solidariedade
Sem darmos o devido valor ao facto de podermos viajar, neste nosso espaço, sem peias nem embaraço
Oxalá, possamos continuar, em paz, a viver, trabalhar, estudar, nesta nossa Europa, num livre abraço.
José Silva Costa
Vinte e cinco de Abril de 2016
Este ano vais florir
Sob a bandeira de um Governo de Esquerda
Mais sensível aos dramas socias, do que aos financeiros
Gente Lusa, agarrai com pujança!
Esta grande mudança
Mostrando, que com trabalho e muito tino
Podeis, de novo, espantar o Mundo
Porque, quem fez uma revolução
Com cravos vermelhos e beijos
Tem sabedoria para afirmar:
Não é fechando a fronteira
Que se acaba com a asneira
Ninguém pediu para nascer aqui ou acolá!
Trabalhemos com afinco
Homens e mulheres
Lado a lado
Para construirmos
Um Mundo melhor
Mais feliz!
Sem ódios nem preconceitos
Estamos todos, à Natureza, sujeitos
“ Fazer bem, sem olhar a quem”
Deve ser a nossa Bandeira.
José Silva Costa
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