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A natureza!

por cheia, em 03.04.23

Primavera

 

Campos verdejantes, salpicados de papoilas vermelhas

Manhãs acordadas, pela passarada endiabrada

Com cantorias para encantarem as namoradas

O amor é a mais poderosa força, que nos faz concentrar todas aa nossas energias, para conquistarmos uma parceira

Somos capazes de subir todas as montanhas, derrubar todas as barreiras

A paixão é uma atração, que nos acelera o coração

Na primavera, se ouvirmos e observarmos a natureza!

Veremos como o acasalamento transforma a dura realidade em pura beleza

As batalhas, entre os machos por uma fêmea, são atos cheios de emoção

Parece haver uma distribuição das tarefas para a construção dos ninhos

Feitos com tanto amor e carinho, tão perfeitos e fofinhos, para acomodarem, primeiro, os ovos, depois os filhinhos

Já nós, muitas vezes, primeiro fazemos os filhos, e só depois construímos os ninhos 

Árvores floridas, pela paisagem perdidas, a baloiçar os seus bonitos ramos

Perfumes por todo o lado, com flores de todas as cores, embalo de todos os sonhadores

Dias de sol, de alegria, de passeios por entre a luz fugidia das árvores a namorarem

Como se tudo tivesse parado, e só houvesse tempo para o momento aproveitar

Deixemos as nossas prioridades, saiamos das nossas prisões, aproveitemos as ocasiões

A primavera espera por nós, lá fora, ao vento, ao sol, para nos oferecer a sua beleza

Toda a sua luxúria, encantamento, exaltação, momentos poéticos, puros e únicos!

 

José Silva Costa

 

 

  

 

 

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publicado às 07:57

Girassóis

por cheia, em 27.02.23

  Coração

 

Oh homens sem coração!

Parem com a destruição

Das casas que, agasalho, são

Parem com as guerras

Que matam mulheres, crianças, homens e a ilusão

Não queiram ser criminosos, sem salvação!

Não semeiem horrores, que só dão dores

Semeiem campos de trigo, que dão pão

Não matem os girassóis, que são bonitas flores

Oh homens com coração!

Deem as mãos.

 

José Silva Costa

      

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publicado às 07:55

A Natureza

por cheia, em 16.12.22

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Natureza à Escuta Antologia de Poesia Volume II


"Natureza à Escuta”!


A natureza é a beleza da nossa casa comum
Todos dependemos desse teto, para cada um
Um lugar, em que todos somos responsáveis pela sua saúde
Não adianta culpar este ou aquele, cada um tem de fazer a sua parte
Temos de assegurar o futuro, com engenho, ciência e arte
Tudo está nas nossas mãos, na nossa determinação, sem elas não há salvação
Ouvir todas as opiniões, escolher as melhores soluções, escutar o nosso coração
Paremos com a louca corrida do aumento da temperatura, porque estamos perto da
rutura
Mas, ninguém pense que a transição não tem muitas alterações e muitos custos
Vale mais lutarmos todos juntos, que mais tarde não conseguirmos conter os sustos
Temos como acelerador a juventude, que muitos não ouvem, porque querem, os
seus interesses, defender
Acautelar o bem comum, sem olhar para quem está a passar, é essencial e
determinante
Aproveitemos as tecnologias, sem medos nem receios, o mundo está cheio de freios
de diamante
O futuro é feito de sonhos, com humanismo, aventura e espirito desafiante
O maior desafio é vencer o imobilismo, há muito quem não goste de mudanças
Criamos hábitos, alterá-los é motivo de preocupação, não gostamos de andanças
Um engodo pode fazer-nos sair da hibernação
Um forte objetivo, uma boa explicação e uma boa governação
Podem fazer com que comecemos a ouvir e compreender a natureza
Com alegria, com determinação, com mais firmeza e sem tristeza
Vamos todos dar as mãos pelo planeta e pela natureza.

 

A minha participação na obra "Naturea à Escuta" - Antologia de Poesia, volume II, do Instituto Cultural de Évora

Uma obra publicada em versão e-book, sustentável e amiga do ambiente,  pode ser lida em qualquer Continente.

 

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publicado às 07:49

O coração!

por cheia, em 25.08.22

O coração!

 

Passas no passo do teu encanto encantado

Ninguém fica indiferente à tua beleza, nem à leveza do perfume ajustado

Não perco um passo do teu passeio, num cintilante encantamento

Que bem empregue esse meu tempo!

Encostado à sombra do teu passo apertado

Segurando a lua da tarde, bebo, do teu perfume, demasiado

Fico extasiado, vendo-te desaparecer, por entre o montado

Todos os dias a mesma tortura, ensaio umas palavras de admiração

Mas quando estás perto, a minha boca não as consegue pronunciar

Só oiço o bater do coração, a querer do peito saltar

Pelo teu olhar, sei que te apercebeste do meu mal-estar

Mas tu continuas na tua altivez de para mim não quereres olhar

Pareces feliz por conseguires fingir que nunca me viste

Sabendo que todos os dias te enfeitas para provocares a minha timidez

Sentes que o meu olhar queima a tua pele, e isso faz com que não queiras quebrar o encantamento

Mas, um dia encho-me de força e sigo-te até onde for o teu pensamento

Sempre quero ver se és capaz de nem sequer me dares um cumprimento

Boa tarde, como está, precisa de ajuda, onde mora, boa noite, até amanhã

Sabes que uma palavra tua pode ser a minha salvação

Mas, por enquanto vais fazer- me sofrer, para ver se é verdadeira a minha admiração por ti

Vou continuar, por o tempo que for preciso, a vigiar os teus passos, na certeza de que um dia me vais compensar por todo este esforço

É o meu coração que diz, que um dia se vai unir ao teu

Os corações não se enganam!

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:57

Maio

por cheia, em 27.05.22

Maio

Maio maduro maio

Sol quente raiado

Flores por todo o lado

Um perfume empoeirado

Sardinheiras no beirado do telhado

As abelhas no seu bailado

O sol chega à noite cansado

São muitas horas a aquecer o relvado

As manhãs acordam de peito inchado

A temperatura sobe ao sobrado

E o trânsito ficou bloqueado

Todos querem, nas praias, um bocado

O calor está muito torrado

Excedeu-se no bronzeado

O vento continua calado

Alguém tem de dar conta do recado!

O Orçamento será hoje aprovado

Com a maioria absoluta está tudo controlado

Está bastante atrasado

O do ano que vem já deveria estar a ser gizado

Mas, com tanta inflação não há antevisão

Não vale a pena fazer a previsão

Melhor seria fazer o Orçamento, para o próprio ano, depois do verão

Quando aquece o coração

E os aumentos dos ordenados e das pensões subirão acima de um tostão

Para fazer face ao aumento do pão

Para acabar com a contestação

Mas as greves continuarão!

José Silva Costa

 

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publicado às 08:00

As guerras!

por cheia, em 28.02.22

Jovens mães carregam os filhos com a ajuda do brilho das estrelas

 (do poema o fulgor da Língua/ o Estado do Mundo)

 

As guerras

Nas guerras não há coração, nem razão

Matam, indiscriminadamente, por impulsão

A culpa é de quem construiu o canhão

Disparam, como se fosse para o ar, contra o irmão

Mais tarde, com todos os horrores, terão de conviver

Mas, por muito que chorem, não haverá perdão

Porque tinham de pensar, antes de, utilizar, a mão

Os gritos dos filhos, agarrados às mães, nunca mais o deixarão

Acompanhá-los-ão, para onde quer que vão

Foi brutal e triste a sua missão

Matar, nunca será de louvar!

Tudo devemos fazer para o evitar

Quem consegue suportar e ver?

A separação: crianças a gritarem, agarrados aos pais e às mães

Mas, os pais têm de ficar, para matar ou morrer

As mães seguirão, à procurar de quem lhes dê uma mão

de um lugar em paz, onde os possam criar

Onde, quem encontrarão, com coração, que as ajude a suportar a dor da separação?

Como suportar a humilhação dos ditadores assassinos, que lhes roubaram os companheiros,

os pais dos filhos, os seus cheiros, os seus beijos, os seus projetos?

Com os filhos nos braços, sem terem onde os agasalhar, sem nada para lhes dar

Têm de ser muito fortes, para tanto desespero conseguirem suportar!

Mas, serão eles que lhes darão a força necessária, para os criarem, com os seus sorrisos, beijos e a palavra mais doce e mais pronunciada: Mãe!

Que grande castigo! Dos que não têm cabeça nem coração que, por muito que falem, nunca encontrarão, palavras suficientes, para justificarem os disparates, os horrores, as mãos ensanguentadas, os ouvidos cheios de gritos, dos assassinatos cometidos.

 

 

José Silva Costa

 

 

  

 

  

 

 

 

  

 

 

 

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publicado às 08:00

O dia seguinte

por cheia, em 27.12.21

Passou o Natal

Amanhã, já ninguém se lembrará

De desejar um Feliz Natal

De colher uma flor para beijar

De pronunciar o verbo amar

A correria vai-nos obrigar a nem para o outro olhar

A competição, não perder o lugar, a ambição

Não nos permitem ao outro dar a mão para se levantar

Para o ano, vamo-nos, novamente, do Natal, lembrar

Ah! Como a publicidade gosta do Natal

E de todos os momentos que massajam o coração

O consumismo, sempre, à mão

Para alegrar o Natal de toda a população

Ao menos, todos têm, um dia no ano

Para se esquecerem da solidão

Para se esquecerem dos filhos e dos netos

Que lhes levou a emigração

Sempre tão lembrados, pela Nação

Quando mandam, para os Bancos, as suas economias

Para ajudarem a pagar os juros da dívida

Que não é para pagar, mas para gerir

Uma dívida, que já faz parte do nosso sorrir

Ano após ano, tantos milhões, tantas promessas

Mas, os milhões de pobres não diminui

Mas, para o ano é que é!

Vamo-nos ver livres do vírus

Vamos ficar mais ricos

Vamos ser mais solidários

Vamos voltar a sorrir, apertar a mão, beijar, abraçar, ouvir os corações.

José Silva Costa

 

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publicado às 08:00

Folhas caídas

por cheia, em 04.10.21

Folhas caídas

 

O vento a uivar pelas esquinas

As árvores a tiritarem de frio

Despidas, com o céu vazio

À espera do último arrepio

Sem folhas, mas aprumadas de brio

O vento com o seu assobio

A avisar, que o tempo é esguio

Que a água procura o rio

Com pressa de, ao mar, chegar

É aí que quer ficar

Até as nuvens a voltarem

A derramar, novamente, sobre a terra

Assim se completa mais um ciclo da água

Folhas caídas, árvores despidas

Alamedas atapetadas de folhas molhadas

 Que perderam o brilho, estão amarguradas

Destroçadas por serem espezinhadas

De um dia para o outro perderam a sua função

Tiram-lhes o coração

Agora, são lixo no chão

Choram, perderam a ilusão

De que eram úteis e eternas

Perderam as pernas, perderam tudo

Não voltam a vestir as árvores

Não voltam a ter a admiração do Mundo.

 

José Silva Costa

 

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publicado às 07:54

O amor

por cheia, em 02.09.21

O amor

 

O teu jardim tem bonitas rosas!

Mas tu és a mais bela e perfumada

Quem me dera ser o jardineiro

Do teu bonito canteiro

Poder tratar delas o dia inteiro

Para ficarem ainda mais belas

Na esperança de que ficasses muito agradada

Sei que nos separa uma grande escada

Mas, se conseguisse abrir o teu coração

Poderia ser que descesses do teu pedestal

Me viesses cumprimentar: apertar a mão

Para sentires o bater do meu coração

Ver nos meus olhos quanto te amo

Dizer-te porque passo os dias a espreitar as tuas rosas

Como me alimento, apenas, do seu perfume

Tudo, só para ver se te vejo

Se advinhas o meu desejo

Ver de perto os teus olhos da cor do mel

Esperar o tempo que for necessário

 Para um dia contigo namorar

Beijar os teus rubros lábios

Poder ficar, para sempre, contigo

 

José  Silva Costa

 

 

 

     

 

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publicado às 07:56

Amor & guerra (8)

por cheia, em 03.04.21

Amor & Guerra (8)

 

O Januário sentou-se ao lado do condutor do jeep, como se fosse buscar a mulher e a filha à maternidade

A freira não sabia do que se tratava, por isso perguntou-lhe o que desejava, vimos  buscar a Bárbara e a Sara

A Bárbara ficou admirada de ter sido ele o escalado para a ir buscar, uma vez que antes do parto se justificava a sua presença, caso houvesse necessidade de intervir, se acontecesse algum problema, mas agora não!

O Januário abriu a porta do jeep, pegou na Sara, enquanto a Bárbara entrou e se sentou, deu-

lhe os parabéns por ter uma filha muito bonita

Durante a viagem trocaram algumas palavras sobre o parto, poucas!

O Januário queria pedir-lhe namoro, dizer quanto gostava dela e afiançar-lhe que a ajudaria a criar a linda Sara, como se ela fosse filha dele

A Bárbara ficou muito agradada com os modos e as palavras do Januário, ficando com a pulga atrás da orelha, sobre o interesse nela

Também o seu coração vibrou, quando o Januário abriu a porta do jeep e pegou na Sara, como se fosse sua filha

Por todo o país, em todos os quartéis, eram formados soldados, sargentos e oficiais. O Governo queria ocupar a Colónias quanto antes, porque já se sabia, que mais tarde ou mais cedo a guerra começaria na Guiné e Moçambique

Em Janeiro de 1963 começou a guerra na Guiné, desde o início se viu que era muito mais agressiva que em Angola. Estavam bem armados, tinham o apoio da Guiné Conácri, para onde fugiam, após os combates

Nalguns postos fronteiriços, não permitiam que saíssemos dos abrigos subterrâneos, porque mal aparecíamos à superfície, choviam granadas de morteiro

Na Metrópole, as mulheres começavam a ocupar os empregos,  que antes só eram ocupados pelos homens. Com o constante embarque de homens, para as frentes de combate, a mão-de-obra começava a faltar, fazendo com que os patrões tivessem de recorrer ao trabalho feminino

A Bárbara foi registar a filha, teve de se fazer acompanhar de duas testemunhas, porque naquele tempo, para se registar um filho, eram precisas testemunhas, normalmente os padrinhos

Quando lhe perguntaram o nome do pai disse o que tinha acontecido, fazendo com que fosse registada como filha de pai incógnito

Aquele, pai incógnito, entristeceu a Bárbara, fazendo com que durante a viagem, entre o Registo Civil e a sua residência, tivesse pensado nos muitos filhos de pais incógnitos, que aquela guerra, faria.

 

Continua

 

 

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publicado às 08:20


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