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Flores

por cheia, em 14.06.24

Flores vermelhas

 

Flores quentes de Junho

Amores doces de verão

Apertam o meu coração

Beijos eternos te verão

Os meus olhos rasos de comoção

Nos teus rosáceos lábios de romã

Deposito os meus desejos

Ver-te feliz são os meus ensejos

Na formosura dos teus beijos

Aqueço todo o meu corpo

Na silhueta do teu olhar

Vejo todos os meus sonhos a navegar

Minha flor, quão doce é o amor

Embalado pela tua formosura

No ar puro da tua doçura

Onde colocamos a noite segura

Com a lua esguia à mistura

A iluminar os beijos na tua cintura

De bailarina de dança do ventre

Nas mil umas noites dormidas no vento

Os bonitos sonhos foram o nosso sustento

Nos teus sedosos cabelos coloco um beijo sedento

Meu amor, minha flor, somos o fermento

Abraçados continuaremos a desafiar o momento.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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publicado às 07:50

Natal

por cheia, em 25.12.23

Natal

 

Neste dia, para todos, saúde paz e alegria

Chegou o mais radioso e longo dia

Para todas as crianças do Mundo, um dia de magia

Com ou sem Pai Natal, ninguém é indiferente a este dia

Não há coração que não sinta alegria, quando faz uma boa ação

Vamos dar as mãos e fazer um grande cordão, para celebrar esta ocasião

Cada dia tem de ter uma celebração: olhar para o próximo, como irmão

Todos os dias houve o teu coração

Não descanses enquanto vires pessoas a dormirem na rua, no chão

A pobreza não tem razão de ser

Todos necessitamos de pão

O Natal é um dia de amor

Mas não te esqueças de quem não tem um lar

Para dividir com o seu amor

Porque o Mundo está um horror

Há uma grande desumanização

Já ninguém fala, nem pelo telefone

Era tão bom ouvir as vozes

Agora, só se envia e recebe mensagens

Para lermos, no frio e mudo telemóvel

Para muitos a única companhia.

 

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

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publicado às 08:02

Balela

por cheia, em 30.10.23

Barbárie

 

Aperta a mão ao teu irmão

Não mates o teu irmão

Tu e ele têm coração

As guerras são horrores em contramão

Nenhuma terá razão

Só matam, não dão pão

As vitórias são uma ilusão

Não sejas carne para canhão

Dá a mão ao teu irmão

Quem vos manda para a guerra não entra nela

O heroísmo é uma balela

O mundo morre por causa dela

A bala vai e vem

Mata o homem, a mulher e a criança, também

Tanta destruição de tanta habitação

Tanto suor em vão

O trabalho e o sonho de uma vida

Tanta canseira, num segundo destruída

Por seres mais forte, não espezinhes o teu vizinho

Porque podes ficar sozinho

Sem teres quem te dê a mão

Numa dura e triste ocasião

A vida é mais importante que toda a raiva arrefecida

E que todo o ódio acumulado, extravasado, pelo tempo adiado

Nada justifica a brutalidade das invasões

Nem retaliações, para matar as populações.

 

José Silva Costa

 

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publicado às 07:55

Apertos de mão

por cheia, em 17.07.23

Apertos de mão

 

 

Perfume quente de verão

O sol brilha e enche o coração

Encontros de amigos e apertos de mão

As férias são a mais bela missão

Vamos gozá-las com toda a atenção

Há sempre o perigo de uma má condução

Se não cumprirmos as regras, perdemos a razão

Ninguém devia andar em contramão

Julho quente, no sol transparente, na areia reluzente

É o mar refrescante, que atrai tanta gente

É no calor quente, que a praia se enche no crescente

Toda a alegria ajuda a aumentar a corrente, que a gente sente

E o vento é de todos o mais valente, que na brisa da tarde massaja a mente

É na hora da sexta, que o sol é mais quente e adormece as ondas do poente

É na explosão da germinação de uma semente, que o mundo fica mais quente

Cada nova vida traz a esperança de um mundo mais florescente

Se no mundo não houvessem guerras, nem fome, tudo seria tão diferente

Por que razão há tanta violência? Só pode ser por o mundo estar doente

Por todo o lado tanta morte, tanta destruição, quando há tanta falta de pão

Todo o dinheiro para a construção, não de casas, mas de canhões para as destruir

E, mesmo assim, o mundo continua, alegremente, a dançar e sorrir!

As crianças de tão assustadas, sem pais nem mães, não conseguem dormir

Parem com todas as guerras, seja em França, na Palestina, na Ucrânia ou no Sudão.

 

José Silva Costa

 

 

 

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publicado às 07:41

A natureza!

por cheia, em 03.04.23

Primavera

 

Campos verdejantes, salpicados de papoilas vermelhas

Manhãs acordadas, pela passarada endiabrada

Com cantorias para encantarem as namoradas

O amor é a mais poderosa força, que nos faz concentrar todas aa nossas energias, para conquistarmos uma parceira

Somos capazes de subir todas as montanhas, derrubar todas as barreiras

A paixão é uma atração, que nos acelera o coração

Na primavera, se ouvirmos e observarmos a natureza!

Veremos como o acasalamento transforma a dura realidade em pura beleza

As batalhas, entre os machos por uma fêmea, são atos cheios de emoção

Parece haver uma distribuição das tarefas para a construção dos ninhos

Feitos com tanto amor e carinho, tão perfeitos e fofinhos, para acomodarem, primeiro, os ovos, depois os filhinhos

Já nós, muitas vezes, primeiro fazemos os filhos, e só depois construímos os ninhos 

Árvores floridas, pela paisagem perdidas, a baloiçar os seus bonitos ramos

Perfumes por todo o lado, com flores de todas as cores, embalo de todos os sonhadores

Dias de sol, de alegria, de passeios por entre a luz fugidia das árvores a namorarem

Como se tudo tivesse parado, e só houvesse tempo para o momento aproveitar

Deixemos as nossas prioridades, saiamos das nossas prisões, aproveitemos as ocasiões

A primavera espera por nós, lá fora, ao vento, ao sol, para nos oferecer a sua beleza

Toda a sua luxúria, encantamento, exaltação, momentos poéticos, puros e únicos!

 

José Silva Costa

 

 

  

 

 

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publicado às 07:57

Girassóis

por cheia, em 27.02.23

  Coração

 

Oh homens sem coração!

Parem com a destruição

Das casas que, agasalho, são

Parem com as guerras

Que matam mulheres, crianças, homens e a ilusão

Não queiram ser criminosos, sem salvação!

Não semeiem horrores, que só dão dores

Semeiem campos de trigo, que dão pão

Não matem os girassóis, que são bonitas flores

Oh homens com coração!

Deem as mãos.

 

José Silva Costa

      

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publicado às 07:55

A Natureza

por cheia, em 16.12.22

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Natureza à Escuta Antologia de Poesia Volume II


"Natureza à Escuta”!


A natureza é a beleza da nossa casa comum
Todos dependemos desse teto, para cada um
Um lugar, em que todos somos responsáveis pela sua saúde
Não adianta culpar este ou aquele, cada um tem de fazer a sua parte
Temos de assegurar o futuro, com engenho, ciência e arte
Tudo está nas nossas mãos, na nossa determinação, sem elas não há salvação
Ouvir todas as opiniões, escolher as melhores soluções, escutar o nosso coração
Paremos com a louca corrida do aumento da temperatura, porque estamos perto da
rutura
Mas, ninguém pense que a transição não tem muitas alterações e muitos custos
Vale mais lutarmos todos juntos, que mais tarde não conseguirmos conter os sustos
Temos como acelerador a juventude, que muitos não ouvem, porque querem, os
seus interesses, defender
Acautelar o bem comum, sem olhar para quem está a passar, é essencial e
determinante
Aproveitemos as tecnologias, sem medos nem receios, o mundo está cheio de freios
de diamante
O futuro é feito de sonhos, com humanismo, aventura e espirito desafiante
O maior desafio é vencer o imobilismo, há muito quem não goste de mudanças
Criamos hábitos, alterá-los é motivo de preocupação, não gostamos de andanças
Um engodo pode fazer-nos sair da hibernação
Um forte objetivo, uma boa explicação e uma boa governação
Podem fazer com que comecemos a ouvir e compreender a natureza
Com alegria, com determinação, com mais firmeza e sem tristeza
Vamos todos dar as mãos pelo planeta e pela natureza.

 

A minha participação na obra "Naturea à Escuta" - Antologia de Poesia, volume II, do Instituto Cultural de Évora

Uma obra publicada em versão e-book, sustentável e amiga do ambiente,  pode ser lida em qualquer Continente.

 

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publicado às 07:49

O coração!

por cheia, em 25.08.22

O coração!

 

Passas no passo do teu encanto encantado

Ninguém fica indiferente à tua beleza, nem à leveza do perfume ajustado

Não perco um passo do teu passeio, num cintilante encantamento

Que bem empregue esse meu tempo!

Encostado à sombra do teu passo apertado

Segurando a lua da tarde, bebo, do teu perfume, demasiado

Fico extasiado, vendo-te desaparecer, por entre o montado

Todos os dias a mesma tortura, ensaio umas palavras de admiração

Mas quando estás perto, a minha boca não as consegue pronunciar

Só oiço o bater do coração, a querer do peito saltar

Pelo teu olhar, sei que te apercebeste do meu mal-estar

Mas tu continuas na tua altivez de para mim não quereres olhar

Pareces feliz por conseguires fingir que nunca me viste

Sabendo que todos os dias te enfeitas para provocares a minha timidez

Sentes que o meu olhar queima a tua pele, e isso faz com que não queiras quebrar o encantamento

Mas, um dia encho-me de força e sigo-te até onde for o teu pensamento

Sempre quero ver se és capaz de nem sequer me dares um cumprimento

Boa tarde, como está, precisa de ajuda, onde mora, boa noite, até amanhã

Sabes que uma palavra tua pode ser a minha salvação

Mas, por enquanto vais fazer- me sofrer, para ver se é verdadeira a minha admiração por ti

Vou continuar, por o tempo que for preciso, a vigiar os teus passos, na certeza de que um dia me vais compensar por todo este esforço

É o meu coração que diz, que um dia se vai unir ao teu

Os corações não se enganam!

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 07:57

Maio

por cheia, em 27.05.22

Maio

Maio maduro maio

Sol quente raiado

Flores por todo o lado

Um perfume empoeirado

Sardinheiras no beirado do telhado

As abelhas no seu bailado

O sol chega à noite cansado

São muitas horas a aquecer o relvado

As manhãs acordam de peito inchado

A temperatura sobe ao sobrado

E o trânsito ficou bloqueado

Todos querem, nas praias, um bocado

O calor está muito torrado

Excedeu-se no bronzeado

O vento continua calado

Alguém tem de dar conta do recado!

O Orçamento será hoje aprovado

Com a maioria absoluta está tudo controlado

Está bastante atrasado

O do ano que vem já deveria estar a ser gizado

Mas, com tanta inflação não há antevisão

Não vale a pena fazer a previsão

Melhor seria fazer o Orçamento, para o próprio ano, depois do verão

Quando aquece o coração

E os aumentos dos ordenados e das pensões subirão acima de um tostão

Para fazer face ao aumento do pão

Para acabar com a contestação

Mas as greves continuarão!

José Silva Costa

 

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publicado às 08:00

As guerras!

por cheia, em 28.02.22

Jovens mães carregam os filhos com a ajuda do brilho das estrelas

 (do poema o fulgor da Língua/ o Estado do Mundo)

 

As guerras

Nas guerras não há coração, nem razão

Matam, indiscriminadamente, por impulsão

A culpa é de quem construiu o canhão

Disparam, como se fosse para o ar, contra o irmão

Mais tarde, com todos os horrores, terão de conviver

Mas, por muito que chorem, não haverá perdão

Porque tinham de pensar, antes de, utilizar, a mão

Os gritos dos filhos, agarrados às mães, nunca mais o deixarão

Acompanhá-los-ão, para onde quer que vão

Foi brutal e triste a sua missão

Matar, nunca será de louvar!

Tudo devemos fazer para o evitar

Quem consegue suportar e ver?

A separação: crianças a gritarem, agarrados aos pais e às mães

Mas, os pais têm de ficar, para matar ou morrer

As mães seguirão, à procurar de quem lhes dê uma mão

de um lugar em paz, onde os possam criar

Onde, quem encontrarão, com coração, que as ajude a suportar a dor da separação?

Como suportar a humilhação dos ditadores assassinos, que lhes roubaram os companheiros,

os pais dos filhos, os seus cheiros, os seus beijos, os seus projetos?

Com os filhos nos braços, sem terem onde os agasalhar, sem nada para lhes dar

Têm de ser muito fortes, para tanto desespero conseguirem suportar!

Mas, serão eles que lhes darão a força necessária, para os criarem, com os seus sorrisos, beijos e a palavra mais doce e mais pronunciada: Mãe!

Que grande castigo! Dos que não têm cabeça nem coração que, por muito que falem, nunca encontrarão, palavras suficientes, para justificarem os disparates, os horrores, as mãos ensanguentadas, os ouvidos cheios de gritos, dos assassinatos cometidos.

 

 

José Silva Costa

 

 

  

 

  

 

 

 

  

 

 

 

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publicado às 08:00


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